Menos Mal



O anúncio relativo ao mercado de trabalho americano foi melhor que o esperado.  Os empregadores acrescentaram 1,8 milhão de empregos em julho e a taxa de desemprego caiu para 10,2%, recuperando até agora menos da metade dos empregos perdidos devido à pandemia de coronavírus.
O crescimento do emprego em julho seguiu o ganho combinado da folha de pagamento de 7,5 milhões em maio e junho, pois muitos estados levantaram restrições de bloqueio às empresas. Atualmente, existem 13 milhões a menos de empregos do que em fevereiro, um mês antes do coronavírus atingir a economia dos EUA.
A taxa de desemprego do mês passado mostrou que os americanos estavam voltando ao trabalho. O Departamento do Trabalho disse que os ganhos de emprego ocorreram em hospitalidade, governo, varejo, serviços empresariais e cuidados de saúde.
Ainda assim, o desemprego permanece historicamente alto. Antes do coronavírus levar os EUA a uma profunda recessão este ano, a taxa de desemprego pairava em torno de uma baixa histórica.
Uma análise do Federal Reserve Bank de St. Louis descobriu que os estados com um número maior de casos de infecções por coronavírus desde junho tiveram as mais fracas recuperações de empregos entre o início de junho e o final de julho. Arizona, Flórida e Texas estão entre os estados com os aumentos mais acentuados nos casos de coronavírus e leves recuperações de emprego, segundo o relatório.
Uma pesquisa da Universidade de Cornell constatou separadamente que 31% dos trabalhadores convocados foram demitidos recentemente pela segunda vez, com a maioria dessas demissões ocorrendo em estados sem grandes surtos de vírus.
As novas ofertas de emprego estão aumentando em três categorias principais: trabalhos que estão transformando os negócios, como desenvolvedores de software; trabalhos que estão movendo coisas, como motoristas de entrega; e empregos que estão ajudando pessoas, como médicos.
A recuperação do mercado de trabalho depende da confiança e da capacidade dos empregadores de atender ao desejo dos funcionários de se sentirem seguros ao voltar ao trabalho, disse Becky Frankiewicz, presidente do ManpowerGroup North America.
O Presidente Trump fez algo inusitado e até de certo ponto duvidoso ao dizer na quarta-feira que os resultados do emprego apresentariam “a big number”. Como ele tem acesso as informações com antecedência, se essa atitude não é a divulgação de inside information, o que seria?
Outro fator que chamou minha atenção é a distribuição do desemprego em função da raça ou cor de pele. Posso imaginar argumentos para esse diferencial como: os imigrantes são em menor número e os que se instalam nos EUA vem com pouca instrução. Mas o que dizer dos negros? Parece que a melhor explicação é o racismo que existe naquele país. Isso todos nós já sentimos quando em viagem dizemos que somos brasileiros

Como venho alertando os leitores, o presidente Trump pode ser um perigo até as eleições, com sua popularidade em baixa, situação que tem muita dificuldade para aceitar, procura chamar a atenção a qualquer custo. Hoje pela manhã, o presidente assinou um par de ordens executivas proibindo os residentes dos EUA de fazer negócios com os aplicativos TikTok e WeChat, de propriedade chinesa, a partir de 45 dias, citando o risco de segurança nacional ao deixar expostos os dados pessoais dos americanos.
A tarde ampliou suas ameaças dizendo num discurso “Eu tenho muitos inimigos por aí. Talvez seja a última vez que você me veja por um tempo. Muitos inimigos, muito, muito ricos, não estão felizes com o que estou fazendo”. Ninguém sabe de quem ele está falando, mas é uma ameaça que acabou pesando no mercado no período da tarde.
 Desde a última atualização do ouro, o metal não para de subir, dia após dia, ocorria uma sequência de altas. Porém, hoje parece que o ouro resolve respirar, com uma queda no dia de aproximadamente 3%, se desenhou o já conhecido dos leitores reversal day. O mais interessante é que, do ponto de vista técnico, a máxima de U$ 2.070 era a região esperada para que isso acontecesse.
 No post Out of Business, fiz os seguintes comentários: … “o ouro seguiu o protocolo e agora se encontra na região do primeiro objetivo, um pouco acima conforme destaco na figura abaixo. Caso ultrapasse, o próximo objetivo seria em U$ 1.950, ultrapassando a marca histórica atingida em 2011” ...
Vamos acompanhar a evolução durante os próximos dias para que eu oriente num trade de compra, em condições de um bom risco x retorno.
O SP500 fechou a 3.351, sem variação; o USDBRL a R$ 5,4384, com alta de 2,09%; o EURUSD a 1,1786, com queda de 0,76%; e o ouro a U$ 2.034, com queda de 1,38%.
Fique ligado!

Comentários