Cripto no noticiário "policial" #BTC #Ibovespa

 


É distante o momento em que as criptomoedas estavam no noticiário diário por atingir novas altas. Me recordo que a Bloomberg apresentava os preços em conjunto com entrevistas quase de hora em hora. Mas o que aconteceu com o passar do tempo foi uma perda de interesse por parte do público e, como consequência, uma queda enorme na sua volatilidade.

O alerta dos adeptos para o colapso do dólar — e sendo assim, as cripto seriam o refúgio para manter o poder de compra — se perdeu, pois no auge do processo inflacionário os preços das criptomoedas começaram a cair com a alta de juros.

Minha visão atual é que o estoque de cripto, bem como a adesão de adeptos, permanece estável em razão da baixa volatilidade e perda de argumentos.

Mas novamente houve um problema nas bolsas de cripto esta semana, como relata John Authers na Bloomberg.

Golpe um-dois nas criptomoedas

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos decidiu começar a semana com um estrondo. Não havia nada de criptografado nisso.

Na segunda-feira, o regulador acusou a  Binance Holdings Ltd. e o CEO Changpeng Zhao de gerir mal os fundos dos clientes, enganar os investidores e reguladores e violar as regras de valores mobiliários, tudo embutido em uma queixa de 136 páginas apresentada em um tribunal federal dos EUA em Washington. No ano passado, a Binance foi central para o melodrama em torno da FTX, uma bolsa de criptomoedas rival que faliu de forma espetacular, e parecia destinada a lucrar com seu status de "último homem em pé". Agora, é acusada de mau comportamento muito semelhante aos delitos que derrubaram a FTX.

A SEC disse que a Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo, desrespeitou as regras básicas de know-your-customer (ou KYC) [conheça seu cliente] ao permitir que os americanos abrissem contas e negociassem indevidamente. A Binance se descreveu em um post no blog na segunda-feira como "chateada" com o litígio e pretende defender sua plataforma "vigorosamente".

Naquele dia, o Bitcoin – que vinha desfrutando de um rali em linha com o boom das ações de tecnologia este ano – teve sua queda mais acentuada em quase três meses.




Havia mais por vir. Na terça-feira, o órgão acusou a  Coinbase Global de administrar uma bolsa ilegal, uma medida que poderia tornar as negociações dos americanos muito mais difíceis. Em  um processo de 101 páginas movido em um tribunal federal em Nova York, a SEC alegou que a Coinbase burlou as regras ao permitir que os usuários negociassem vários tokens criptográficos que, na verdade, eram títulos não registrados. A Coinbase agora lida com 150 tokens criptográficos diferentes, muitos dos quais são efetivamente moedas sem a escassez embutida do Bitcoin. A Coinbase caiu 12% no dia (tendo caído quase 20% imediatamente após a notícia). Valendo até US$ 75 bilhões no final de 2021, seu valor de mercado agora é de US$ 12 bilhões.

O movimento contra a Coinbase, a maior corretora de criptomoedas dos EUA e – excepcionalmente para uma empresa de criptomoedas – uma companhia de capital aberto, não é uma grande surpresa depois que o presidente da SEC, Gary Gensler, disse repetidamente que a maioria dos tokens estava sujeita à supervisão de sua agência. Se os tokens criptográficos são valores mobiliários tem sido um debate de longa data. Em março, a Coinbase já havia recebido um "aviso Wells" (de que a SEC iria abrir um processo contra ela), e disse ser decepcionante.

O colega da Bloomberg, Yueqi Yang, analisou a lista de tokens digitais que Gensler considerou títulos não registrados em relação a ambos os casos, que agora abrangem mais de US$ 120 bilhões. Isso equivale à capitalização total do mercado de ações de um pequeno país próspero. Se esses títulos fossem um mercado de ações, eles ficariam entre a Áustria e a Irlanda. Se este não é um mercado formal de valores mobiliários, então certamente está cada vez mais se comportando desse jeito, e atraindo esses fundos. A SEC citou mais de uma dúzia de moedas, incluindo o BNB da Binance — que tem um valor de mercado de US$ 44 bilhões — a stablecoin BUSD, o ADA da Cardano, o SOL da Solana, o MATIC da Polygon, o FIL da Filecoin e o ALGO da Algorand. Se a SEC conseguir o que quer, serão prejudicados os planos de negócios de muitos que planejam construir no setor.

Aqui está a parte interessante, no entanto. Yang escreve: "Gensler disse que o Bitcoin, a maior criptomoeda, não é coberto pelas regras de valores mobiliários da agência. No entanto, ele tem sido menos inequívoco em relação ao Ether, o segundo maior token digital”. Isso poderia ser um negócio ainda maior; todo o Ethereum em circulação atualmente tem um valor acima de US$ 220 bilhões.

Para Fiona Cincotta, analista sênior de mercado da City Index, a regulamentação ambígua está tornando a indústria cripto "vítima de seu próprio sucesso", o que reflete sua crescente maturidade. "Os controles só tendem a apertar a partir daqui."

A escolha da SEC de processar as duas empresas de peso do setor — que se tornaram ainda mais proeminentes após o espetacular colapso da  FTX em novembro — faz sentido, de acordo com Stephane Ouellette, presidente-executivo da FRNT Financial Inc., uma plataforma institucional focada em ativos digitais.

Olhando os processos de perto, é difícil perder uma diferença distinta de tom. A SEC não está sendo branda com a Coinbase; ela busca uma regra que exija que a empresa cumpra as leis de valores mobiliários e abra mão de "ganhos ilícitos". Mas ainda há uma grande diferença na forma como é escolhido para enfrentar as duas plataformas. Matt Levine, da Bloomberg Opinion, detalhou sua análise aqui. Entre seus principais pontos estão os seguintes:

A queixa da SEC contra a Coinbase [uma empresa pública listada na Nasdaq e sujeita a regras corporativas básicas] é muito seca e focada inteiramente no fato de que a Coinbase não se registrou como uma bolsa de valores. Mais uma vez, na visão da SEC, todas as corretoras de criptomoedas estão violando a lei de valores mobiliários dos EUA. Mas a Coinbase está fazendo isso educadamente e, relativamente falando, inofensivamente. Não totalmente inofensivo. Mas relativamente.




Com a Binance, que por muito tempo não declarou nenhuma sede e parecia ter escapado das autoridades simplesmente por causa de sua falta de uma localização definível, o órgão de vigilância foi mais direto e agressivo. "A queixa da SEC contra a Binance inclui algumas alegações de que a Binance estava fazendo coisas ruins. A Binance tem alguns operadores associados", escreveu Levine. "E a SEC dá a entender que eles se meteram em coisas suspeitas."

Qual será a consequência para o valor do Bitcoin e dos outros tokens? A curto prazo, não tem sido tão ruim. O Bitcoin teve um grande salto após a notícia da Coinbase. Matt Maley, estrategista-chefe de mercado da Miller Tabak + Co., afirmou:

Os baixistas da cripto devem estar mais frustrados do que os altistas. O Bitcoin está basicamente de volta ao nível em que era negociado antes do processo da Binance ser anunciado. Mesmo que a notícia tenha sido horrível para a classe de ativos, ela se manteve extremamente bem.

A real intenção das autoridades regulatórias americanas não é clara se pretendem implantar suas regras nesse mercado ou se querem ter acesso ao cadastro dos clientes que transacionam com esse ativos. Pela sua universalidade, a ação da SEC é limitada aos detentores americanos, ficando de fora russos, chineses, norte coreanos etc.

Uma ilustração recente que chamou minha atenção é a correlação entre as principais moedas – tenho que confessar não conhecer sua grande maioria. Observando esses resultados, se nota a baixa correlação entre eles, com exceção do Ethereum que acaba tendo uma utilidade pratica através do blockchain.




Mas vamos ao que interessa. Na última atualização que fiz sobre o bitcoin no post: http://acertartime-ganhando-não-se-mexe comentei: ... “Se a onda 5 em verde terminou, o que parece ter acontecido, demarquei com o retângulo os níveis onde deve surgir uma oportunidade de compra U$ 20,9 mil/ U$ 19,7 mil/ U$ 18,6 mil. Faz muito tempo que não tinha um call de alta para bitcoin, e mesmo não sendo um fã das cripto, a análise técnica sugere alta, então vamos nessa” ...




A reversão após as 5 ondas não ocorreu da maneira que eu estava imaginando. Isso implicou que o término dessa alta acontecesse mais acima na casa dos 30 mil, por outro lado, na opção que considero mais provável indica que uma correção mais acentuada deve ocorrer, o que levaria o bitcoin na casa dos 20 mil, onde poderia surgir uma oportunidade de compra. Esse raciocínio está demarcado pela linha verde.




A grande questão no futuro irá surgir quando o bitcoin atingir 40 mil (B), se vai seguir em frente comprometendo esse cenário atual ou vai cair de forma precípua na onda (C) – não visível no gráfico para a casa dos U$ 5 mil, que é esse cenário que estou trabalhando. Mas isso é uma dúvida para o próximo ano.

No post podemos-confiar fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ...” em correções os objetivos vão sendo atualizados conforme o movimento se desenvolve. Sendo assim, os novos objetivos passam a ser entre 105,8 mil/ 104,2 mil. No curto prazo a queda atual deveria ser contida ao redor de 106 mil - a) em seguida uma alta que deve levar a 110,0 mi/110,7 mil - b) finalizando com o nível acima - c)” ... ...” Para o leitor ter uma ideia, o número de opções que tenho para a bolsa brasileira é o maior de todos os outros mercados” ...




Eu acabei enfatizando o último parágrafo acima pois tive que mudar de cenário, uma vez que, o que eu estava trabalhando ficou inviabilizado. Para o leitor do Mosca que já sabe que a busca é por 5 ondas, a alta mais recente fez com que até o momento existam 7 ondas, sendo assim, esse movimento é uma correção, inibindo minha ideia de compra.

Por que frisei até o momento? A razão se deve ao fato de que a alta iniciada não se reverteu, e somente quando isso ocorrer posso contar as ondas com segurança.




Como ficamos então? Fui buscar uma outra alternativa, e até prova em contrário é a que vou trabalhar. Como poderão notar a seguir, essa contempla o término de um triângulo onde o próximo movimento seria de queda. Se esse for o caso, destaquei um intervalo entre 117 mil/120,6 mil onde ela poderia ocorrer. Caso a bolsa ultrapasse 120.750, terei que buscar uma nova alternativa dentre as várias que tenho.




O SP500 fechou a 4.267, com queda de 0,38%; o USDBRL a R$ 4,9328, com alta de 0,23%; o EURUSD a € 1,0694, sem variação; e o ouro a U$ 1.940, com queda de 1,13%.

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