Visão a perder de vista #ouro #gold
Ao analisar um gráfico sempre começo pelo longo prazo, de
início quero saber se esse ativo está num movimento ascendente, descendente ou
lateral. O objetivo e saber se o movimento é direcional ou se trata de uma
correção. Com isso em mãos, olho em prazos mais curtos buscando eventuais
oportunidades.
Durante muito tempo acompanhava o mercado de moedas do G7
como foco principal, só nos últimos 5 anos mudei para acompanhar ações. Essas
duas classes de ativos são muito diferentes do ponto de vista técnico, enquanto
a primeira é cíclica – tende a movimentos não direcionais no longo prazo, a
segunda é na maioria direcional.
Como é de conhecimento eu uso a Teoria de Elliot Wave que é
fractal, desta forma, dependendo do prazo de análise qualquer classe de ativo
se enquadra no meu objetivo.
A grande maioria dos leitores do Mosca devem ser
brasileiros, embora boa parte do acesso ocorra nos EUA – essa é uma dúvida
constante saber se são brasileiros ou americanos. Assumindo essa hipótese ‑ a
quase totalidade de brasileiros, é mais que natural que exista um viés em investimentos
na bolsa de valores. No passado não existia dúvida, pois era impossível
investir localmente em ativos internacionais, o que não é o caso hoje em dia
tanto pelos veículos existentes na bolsa local como a facilidade na abertura de
contas no exterior.
Hoje vou me ater ao longo prazo, sendo assim, onde estão as melhores oportunidades: na bolsa local ou na bolsa americana? Vou começar analisando essa última, para tanto o gráfico abaixo do SP500 elaborado pela Trading Analysis uma empresa de serviços na área financeira, tem janela trimestral.
Mesmo que vocês não conheçam a Teoria de Elliot Wave podem observar que o SP500 ainda tem muito “chão pela frente”. A onda (V) em azul deveria chegar acima de 100.000! Não estoure a champanhe porque deveria ocorrer por volta de 2.060 que muito provavelmente (muito mesmo!) não estarei por aqui. Também observem que não será uma linha reta, idas e vindas no meio do caminho.
Para observar o histórico desse índice, Bem Carlson publicou
em seu site A Weath Of Common Sense algumas resultados históricos.
Estes são os
retornos totais de 5 anos para o S&P 500 que remontam a 1926:
E aqui está outra maneira de olhar para esses retornos classificados do pior para o melhor:
A boa notícia é que a maioria das vezes as ações subiram em uma base de 5 anos. Os retornos foram positivos em 88% de todas as janelas de 5 anos.
A má notícia é que a gama de retornos do melhor ao pior tem
sido bastante ampla:
- Pior
retorno em 5 anos: -61%
- Melhor
retorno em 5 anos: +367%
Para ser justo, ambas as janelas de 5 anos ocorreram na
década de 1930, mas mesmo se olharmos para os dados pós-Segunda Guerra Mundial,
ainda há o potencial para uma ampla gama de resultados:
- Pior
retorno em 5 anos: -29%
- Melhor
retorno em 5 anos: +267%
Tenho uma tolerância relativamente alta ao risco. Mas se eu
estou investindo para um objetivo específico no futuro e sei o quanto vou
precisar e quando vou gastar o dinheiro, o mercado de ações é muito arriscado
para mim, a menos que estejamos falando de 5+ anos ou mais.
E como você vai economizar esse dinheiro ao longo do tempo à
medida que se aproxima da data final para gastar com esse novo teto e carro, o
mercado de ações vai ficar ainda mais arriscado. Aqui estão as taxas de ganho
históricas em horizontes de tempo de 1, 2, 3, 4 e 5 anos para as ações dos EUA:
As probabilidades continuam a seu favor, mas a gama de resultados e o potencial de perda aumentam quanto mais curto for o seu horizonte de tempo:
Se você pudesse apenas bancar esses retornos médios ano após ano, você estaria definido, mas o risco de ver uma perda no exato momento em que precisa do seu dinheiro parece pouco atraente. É um nível desnecessário de estresse financeiro para adicionar à sua vida.
Os resultados passados estão conforme a visão técnica, o
mercado nem sempre sobe mesmo num movimento de alta direcional de longo prazo. O
uso dos recursos é particular e quanto mais velho a pessoa maior a chance de precisar
em prazos menores, além disso, existe o fator de tolerância ao risco. Por essas
razões não é recomendado alocar 100% em ações nunca! Um portifólio equilibrado
com renda fixa é desejado. Mas estamos falando da parcela de ações.
Parece que o SP500 passou no teste. Vejamos o Ibovespa, para tanto vou usar minha análise. Observando num horizonte equivalente, a bolsa local deveria atingir o nível de 380 mil ao redor de 2060.
Acredito que não exista dúvida de onde se deve estar, pois o retorno é sensivelmente menor no Brasil, além de estar expresso em real, e do jeito que os governos têm administrado o país o câmbio a R$ 5,00 deve ser uma fração do câmbio em 2060.
No post a-ultima-trincheira-ouro fiz os seguintes
comentários sobre o ouro: ... “ Tudo indica que
estamos no último lance de queda do ouro, como comentei no post acima,
prevaleceu a queda no curto prazo. O objetivo para uma eventual reversão passa
a ser entre U$ 1.830 / U$ 1.815. Tenho que enfatizar que em observações de
janela menor não está claro o desenrolar dessa correção, o que coloca esses
objetivos menos certeiros” ...
Vou expor uma alternativa onde o ouro pode ter atingido a mínima durante esse mês de agosto, não que passou a ser meu cenário base, porém, mais uma hipótese. Nessa situação, estaria na formação das 5 ondas ‑ como pré-condição necessária, destacada no retângulo. Na janela de 1 hora, a quinta onda ocorreria ao redor de U$ 1.985. Vou acompanhar essa hipótese, e caso se torne válida uma correção deve ocorrer onde posso sugerir um trade de compra.
O SP500 fechou a 4.507, com queda de 0,16%; o USDBRL a R$ 4,9503, com alta de 1,25%; o EURUSD a € 1,0842, com queda de 0,74%; e o ouro a U$ 1.939, com queda de 0,14%.
Fique ligado
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