Mudando a postura
Não conheço a história dos países que sediaram as Olimpíadas
no passado, mas certamente a brasileira vem recebendo uma onda de pessimismo,
interna e externamente, provavelmente sem precedentes. Naturalmente, o momento
que vivemos politicamente têm uma influência forte nesse sentimento. Nós
brasileiros estamos enxergando tudo horrível! Parece que permanece uma torcida
contra, para que dê errado.
Ontem assistindo as coberturas feitas pela rede Globo, bem
como as imagens do Centro Olímpico, concluí que existe uma grande dose de
exagero, o local está lindo. Em seguida comecei a me envolver com a tabela de
jogos e a adrenalina circulou mais forte. Foi aí que percebi que,
mesmo com todas as dificuldades que o Rio de Janeiro enfrenta, não tem como uma
competição desse porte não ser um espetáculo. Estou convencido!
Sou capaz de afirmar que vai ser um sucesso, a razão é que
se espera tão pouco, que um resultado mesmo que não espetacular, será
assim encarado. Vamos assumir esse espírito Olímpico e aceitar os
problemas que estamos vivendo. Podem me cobrar, será emocionante, não têm como
ser diferente, é uma Olimpíada!
Na última sexta-feira comentei o nível publicado do
PIB americano, sem uma análise mais detalhada. O mercado ficou de certa forma frustrado,
pois deposita grande esperança que a economia americana estava partindo para
uma recuperação, agora mais consistente. Mas quem foi o vilão? Sabemos que 70%
do PIB é por conta do consumo e não foi esse item que foi o problema, ao contrário recuperou-se sensivelmente nesse trimestre, como podem observar no gráfico abaixo.
O grande responsável foi o investimento, tanto residencial como das empresas, além da formação de estoques.
Do ponto de vista histórico, a ilustração elaborada pelo
Wall Street Journal a seguir, mostra como essa recuperação está sendo a mais
fraca de toda as anteriores, e não se pode deixar de considerar a enorme
injeção de liquidez que vem ocorrendo.
Um indicador acompanhado pelos economistas que sugere a
expansão de uma economia e a velocidade de circulação da moeda, denominado de
M2. Em vários posts no passado apontei essa variável como estando numa
trajetória preocupante de declínio e, como podem verificar a seguir, a
queda continua sem folga, atingindo níveis nunca antes vistos.
Alan Greenspan esteve por 19 anos à frente do FED, embora
seja hoje em dia responsabilizado pela crise imobiliária, ao baixar os juros quando as bolsas caíram precipitadamente em 2001, a fim de evitar um aprofundamento da recessão. porém, é inegável que conhece a economia
americana na palma de sua mão. Na semana passada, em uma entrevista à Bloomberg, disse estar preocupado com um cenário de estagflação nos USA. Para quem não sabe,
isso acontece quando a atividade econômica cai, e a inflação sobe. Talvez o
motivo de sua preocupação se deva a elevação dos custos de mão de obra.
No post Europa-sem-unidade, fiz os seguintes
comentários sobe o ouro: ...” Os pontos a
serem observados para uma eventual posição comprada seriam US$ 1.300/ 1.250,
até lá não vejo nada de interessante a se fazer”...
Sou obrigado a confessar que o ouro está me dando canseira!
Até agora, mesmo tendo externando no começo a ideia de que estaríamos
próximo de uma boa oportunidade de compra, não consegui ganhar nada! Não que eu
esteja na contramão, porém as correções que gostaria de ver acontecendo, não
estão se materializando. Mas não vou desistir nem entrar na emoção comprando,
disciplina!
Na sexta-feira, depois do anuncio do PIB americano, o metal
subiu forte e está próximo das máximas do ano de US$ 1.375. Eu ainda
acredito que será difícil ultrapassar esse nível agora, mas caso consiga, o
ouro pode subir forte depois disso. Vou alterar minha recomendação anterior de
compra para US$ 1.250 – US$ 1.200, e ficar de olho caso o ouro resolva subir
desvairadamente.
- David, Chiiii...
parece que você está na torcida!
As vezes isso acontece, mas não acredito que seja o caso,
uma vez que, disse acima que se o ouro ultrapassar os US$ 1.375, vamos
comprar. E mesmo que ultrapasse, uma correção vai acontecer mais a frente. Nada
sobe, sobe, sem parar! Meus indicadores apontam que existe chance da correção
acontecer antes, mas quem vai dizer isso é o mercado.
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