Saudades
Até o Wall Street Journal, um respeitado veículo focado
exclusivamente em finanças, publicou em sua primeira página, reportagem sobre a cerimônia de encerramento das Olimpíadas “Brazil closes Summer Games With a Festive Show”,
com esses dizeres fez o destaque. Também não podia ser por menos, eu classifico o evento
como esplendoroso. De forma lúdica, mostrou aspectos da cultura brasileira, que
serviu como roteiro desse jornal para divulgar nosso Folclore. Parabéns aos organizadores,
atingiram seu objetivo.
Especificamente sobre as competições, faria um destaque aos
seguintes atletas brasileiros: Tiago Braz, incrível performance, arriscou
quando não tinha outra opção e cravou uma marca que não tinha conseguido antes,
aliás que esporte difícil!; Isaquias Queiroz, ao se tornar o maior medalhista
do Brasil, um caso de superação; e por último nossa equipe de Vôlei, cujo técnico
Bernardinho, um apaixonado pela sua profissão, soube novamente comandar a
equipe, com “C” maiúsculo. Um exemplo de unidade num esporte onde o emocional
pesa muito.
No campo internacional, Bolt é o atleta mais carismático sem
a menor sombra de dúvida, conquistou o povo brasileiro com sua performance
fora da curva; e Michael Phelps que, até mesmo ele já deve ter perdido a conta
do número de medalhas conquistadas. Com 31 anos tinha abandonado a carreira de
nadador, mas resolveu se preparar para essa Olimpíada e ganhou nada menos que
cinco medalhas de ouro e uma de prata.
Já em termos de países, os EUA como acontece em todas as Olimpíadas,
ficou em primeiro lugar conquistando 121 medalhas, segunda melhor pontuação depois da Olímpiada de Los Angeles.
Acho que eu descobri porque o jogo de basquete fica como o
último esporte a ser disputado antes do término dos jogos. O motivo é que os
preparativos de encerramento já podem ser executados sem correria, uma vez que,
é 100% de certeza que a medalha vai para os americanos. Não tem graça assistir, e como dizia um colega, “é bater em morto. “
Nesta segunda-feira já sinto falta da programação diária,
recheada de atividades esportivas, um cardápio de difícil opção, uma delícia! Mas
acabou e cada um de nós volta a sua rotina. Não existe palavra melhor que
saudades para descrever essa emoção, a mistura entre um sentimento bom nas
lembranças desses momentos, com um vazio por não existirem mais. Valeu Brasil!
Mohamed El-Erian, um respeitado profissional do mundo
financeiro, descreveu o momento dos mercados emergentes, para o Financial Times,
de forma certeira: “Existe algo que os mercados emergentes têm que todo mundo
quer agora, e não é matéria prima ou mão de obra barata – são juros. Quando se têm
juros negativos na Europa e Japão, e taxas zero em outros lugares, a política e
economia desses países se tornam irrelevantes. ”
O gráfico a seguir mostra a evolução dos preços nos EUA para
alguns produtos nos últimos 20 anos. Fica evidente a prevalência da alta de
preços dos serviços contra a de produtos, com margens significativas, como o
caso de TV.
No post crescimento-anêmico, fiz os seguintes
comentários sobre o dólar: ...”Na semana
passada o dólar, depois de atingir a mínima de R$ 3,12, ensaiou uma recuperação,
fechando na sexta-feira, próximo a R$ 3,20. Esse movimento não é suficiente
para reverter a tendência. Como anotei no gráfico acima, é necessário
ultrapassar a região de R$ 3,30 – 3,35, para considerar essa possibilidade, até
lá, novas baixas são mais prováveis”.
Não tenho nada de diferente para acrescentar e para quem
está esperando sacramentar definitivamente o impeachment para investir no
Brasil, estamos a poucos dias disso acontecer. Mas queria compartilhar o
gráfico a seguir, que tem uma visão de mais médio prazo.
Está um pouco colorido, mas vamos lá: atentem-se primeiro as
marcações em rosa, do ponto de vista técnico, três considerações poderiam
indicar que uma reversão do dólar está a caminho, primeiro uma retração de 50%
do movimento de alta indicado; segundo a proporção usual nos movimentos
internos e terceiro um contorno clássico de uma correção.
Se minhas análises de longo prazo estiverem corretas, a alta do dólar
poderia se concretizar agora, com o rompimento da linha traçada em cinza, e
principalmente os níveis de R$ 3,30/ 3,35 – em azul claro; ou ainda
uma continuidade da queda até atingir o nível de R$ 2,80 – em preto.
Quero enfatizar novamente que o movimento que prevalece é de
queda do dólar, mas para que não fiquemos apaixonados pela posição, quis trazer
as ideias que não se podem perder de vista.
O SP500 fechou a 2.182, sem varição; o USDBRL a R$ 3,2008, sem variação; o EURUSD a 1,1317, sem variação; e o ouro a US$ 1.338, com queda de 0,21%.
Fique ligado!
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