O VAR eleitoral
Uma polemica se alastrou nestes últimos dias de campanha. O
Jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria induzindo que o candidato
Bolsonaro teria usando caixa 2 para impulsionar sua popularidade através do
WhatsApp.
Vou usar uma metáfora do futebol. Se Bolsonaro e PT fossem
dois times de futebol, e na disputa o primeiro tempo, o jogo já está praticamente
ganho, o PT pede ao Juiz (TSE) que use o VAR, pois acredita que foi
prejudicado. Sua demanda é que a torcida adversária está usando um sistema de
som potente (WhatsApp) e isso atrapalhou seu goleiro a tal ponto de comprometer
o resultado. E mais, que quem pagou por esse aparelho de som foi o time
adversário (Bolsonaro – caixa 2).
Eu até entendo que o PT queria associar esses gastos do
WhatsApp (se é que aconteceram) ao candidato adversário, afinal essa é a
pratica que eles mais se utilizam para financiar suas campanhas. Em outras
palavras, pessoas desonestas tendem a agir partindo do pressuposto que todo
mundo é assim. Não passa pela sua cabeça que os próprios empresários quiseram
pagar esses serviços do seu próprio bolso. Como dizer que é caixa 2 se o
Bolsonaro nem captou esses recursos? Podem esquecer esse assunto, e é melhor
focar no jogo, pois podem perder de goleada, a partida ainda não terminou!
A China publicou a evolução de seu PIB no mês de setembro em
6,5%. Pelo teor das matérias publicadas sobre esse assunto, parece que foi um
horror, pois esperava-se 6,6%. Eu só consigo entender esse espanto por um
motivo: O mundo está tão desesperado para crescer, que se lá desacelera, tem
impacto no resto do mundo. Se isso é ruim, o crescimento do resto do mundo é um
desastre. Come on!
A expansão econômica da China desacelerou para o ritmo mais
fraco desde a crise financeira, com os principais reguladores financeiros
lançando um esforço extraordinariamente coordenado para acalmar os investidores
nervosos.
A taxa de crescimento no terceiro trimestre caiu, ficando
aquém das expectativas do mercado. O crescimento da produção industrial e do
consumo enfraqueceu no trimestre, enquanto as exportações se mantiveram apesar
da briga comercial do país com os EUA.
Pouco antes de os dados serem divulgados, o governador do
Banco Popular da China, Yi Gang, o chefe regulador do setor bancário, Guo
Shuqing, e o alto executivo de valores mobiliários Liu Shiyu emitiram
declarações pedindo aos investidores que permanecessem calmos. Guo disse que as
recentes "flutuações anormais" nos mercados acionários chineses não
refletem os fundamentos econômicos do país e o "sistema financeiro
estável". O Shanghai Composite Index, caiu 25% até agora este ano. Na
abertura de hoje caiu até 1,1%, mas se recuperou no final da manhã.
Restaurar a confiança do mercado está provando ser um dos
maiores desafios econômicos para a liderança da China. Logo depois que os
comentários dos mandarins financeiros foram divulgados, a Agência de Notícias
Xinhua publicou uma entrevista com o vice-primeiro-ministro Liu He, o capitão
econômico do presidente Xi Jinping, onde disse que a situação econômica geral
permaneceu estável. O Sr. Liu tentou dissipar as preocupações sobre o impacto
do conflito comercial latente com os EUA na China.
"Francamente, o impacto psicológico é maior do que o
impacto real", disse ele. "Neste momento, a China e os EUA estão em
contato."
Washington e Pequim estão se preparando para uma reunião
entre o presidente Trump e o sr. Xi na reunião do grupo dos 20 líderes em
Buenos Aires no final de novembro.
O crescimento trimestral de 6,5% é o mais baixo desde o
primeiro trimestre de 2009 e é uma má notícia para os líderes chineses que se
preparam para um prolongado conflito comercial com Washington. Enquanto a
economia permanece no caminho certo para atingir a meta de crescimento anual de
6,5%, o desempenho do terceiro trimestre mostrou mais sinais de fraqueza - uma
melhora na produção industrial, desaceleração nas vendas no varejo,
investimentos ambiciosos e aumento do padrão corporativo. Isso poderia limitar
o espaço de manobra de Pequim ao negociar com os EUA, cuja economia está
crescendo de forma robusta.
Se o crescimento continuar a diminuir, as autoridades
chinesas e os assessores do governo dizem que Pequim está pronta para lançar
mais medidas pró-crescimento, como liberar mais recursos para os bancos,
aumentar os gastos do governo em infra-estrutura e reduzir as alíquotas
corporativas. No entanto, essas medidas podem agravar ainda mais os problemas
da dívida do país. Do mesmo modo, as crescentes dívidas corporativas e de
governos locais estão ameaçando a saúde de longo prazo da segunda maior
economia do mundo.
"O governo está claramente se preocupando com a perda
de ritmo de crescimento", disse Eswar Prasad, economista da Universidade
de Cornell que faz consultoria com autoridades chinesas. Mas os riscos
financeiros crescentes podem restringir a capacidade da China de facilitar
ainda mais sua política monetária, disse Prasad. Isso sugere que “a política
fiscal deve ter um papel anticíclico mais forte”.
Com a desaceleração palpável e uma mortalha pela briga
comercial, os consumidores chineses têm apertado os bolsos. As vendas no varejo
cresceram 9,3% nos três primeiros trimestres de 2018, uma queda acentuada de
10,4% no mesmo período do ano anterior. A queda deste ano nos mercados de ações
da China, de acordo com economistas e analistas, também está afetando os
consumidores. As vendas de carros, por exemplo, caíram pelo terceiro mês
consecutivo em setembro, colocando o país no caminho para seu primeiro declínio
anual nas vendas de veículos de passageiros em quase três décadas.
As exportações, no entanto, foram inesperadas no terceiro
trimestre. As vendas externas de empresas chinesas aumentaram em média 11,7% em
relação ao ano anterior, uma ligeira melhora em relação à média mensal de 11,5%
do trimestre anterior.
Grande parte dessa alta, no entanto, veio de fabricantes
competindo para preencher pedidos de férias e despachar mercadorias antes que o
conflito comercial piorasse. Isso, na verdade, é antecipação do crescimento
futuro.
A briga comercial entre Washington e Pequim subiu além da
retórica nos últimos meses, à imposição de tarifas sobre uma ampla gama de
produtos de cada país, com penalidades comerciais de U$ 250 bilhões em produtos
chineses e U$ 110 bilhões em produtos dos EUA. Trump está ameaçando aumentar as
tarifas em janeiro para 25% dos atuais 10% na maioria desses bens e colocar tarifas
sobre um adicional de U$ 257 bilhões em produtos chineses, submetendo todas as
importações chinesas dos EUA a tais penalidades.
A impressão que eu tenho é que, toda essa movimentação da
China foi no sentido de não mostrar fraqueza aos EUA nesse momento.
Considerando o conflito entre esses dois países, se ficar a impressão que a
China está numa posição mais fraca, permitiria ao Presidente Trump imaginar
mais maldades.
No post /para-quem-assistiu-o-debate-de-ontem, fiz os seguintes comentários
sobre os juros de 10 anos: ...” O primeiro objetivo seria a 3,23%” ... ...” A área
grifada em verde é o local onde poderia acontecer uma reversão, entre 3,23% a
3,35%, caso os juros ultrapassem essa região o próximo ponto seria a 3,5%”
... Naquele momento fui compelido a diminuir a posição pela metade.
Com uma visão de curto prazo, posso construir um cenário
tanto para uma correção mais extensa, como uma consolidação para atingir novos
níveis. No gráfico a seguir, mostro essas duas possibilidades.
O Cenário traçado em verde não nos permitirá aumentar a
posição parcial que liquidamos há alguns dias. Uma hipótese de formação em
triangulo é possível, e depois de pequenas idas e vindas, o juro poderia romper
para cima, buscando o nível projetado de 3,3%/3,35%.
Já o cenário traçado em vermelho, os juros poderiam se
aproximar de nosso stoploss a 3,08%, porém permitiria uma eventual entrada em
uma nova posição.
Para dizer a verdade, prefiro o cenário verde. Não que eu
seja palmeirense, mas garante melhor nossos resultados e elimina outras
hipóteses de queda mais extensas, da qual não comentei.
No post meia-volta, tracei um cenário de longo prazo
para os juros. Lá frisei a importância do nível de 3,35% ...” Se a taxa ultrapassar esse ponto ( 3,35%),
o próximo nível de curto prazo seria 3,5%. Subsequentemente, posso ir traçando
níveis superiores” ... ...” basta subir à 4% que algo extremamente importante
em termos técnico, terá ocorrido, o final do mercado de baixa de juros.
Estaríamos entrando num outro ciclo, o de alta” ...
Coloquem em local visível 3,35%, e se puderem um alerta,
caso os juros atinjam esse nível.
O SP500 fechou a 2.767, sem variação; o USDBRL a R$ 3,714,
com queda de 0,20%; o EURUSD a € 1,1513, com alta de 0,53%; e o ouro a
U$ 1.225, sem variação.
Fique ligado!
Comentários
Postar um comentário