Sem nada a perder



Chega de política, vou dar um descanso aos eleitores, que como eu, devem estar abarrotados de mensagens sobre esse assunto. Sinto que as pessoas já estão razoavelmente convencidas do que vão fazer no 2º turno: branco ou preto, ou melhor vermelho. O segundo turno, já poderia ser hoje!

Há alguns anos, a Grécia fazia parte do noticiário diário, quando estava em situação dramática e próxima a abandonar o euro. Naquele momento, as autoridades de Bruxelas costuraram um acordo financeiro, dando um tempo para colocar a economia nos eixos, quer dizer, não descarrilhar.

Porém, enquanto a Grécia dependesse do apoio da UE, o primeiro-ministro Alexis Tsipras evitara levantar uma questão. Mas agora, após o fim do terceiro programa de resgate, Atenas está pronta para tomar iniciativas para reivindicar 280 bilhões da Alemanha pelos reparos da 2º Guerra Mundial.

A questão está ressurgindo alguns dias antes da visita oficial do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, a Atenas, onde ele se reunirá com o presidente da República, Prokopis Pavlopoulos e Tsipras.

Der Spiegel diz que não é coincidência que os dois políticos gregos de maior escalão tenham levantado a questão nos últimos dias. Isso marca o início de uma longa campanha que, segundo a revista alemã, começará em novembro.

O Parlamento grego vai aprovar um relatório de auditoria pronto desde agosto de 2016, segundo o qual a Grécia tem direito a 269,5 mil milhões de euros de reparações da Segunda Guerra Mundial. Além disso, a Grécia exige o pagamento de um empréstimo de ocupação de € 10,3 bilhões.

O relatório permaneceu em sigilo durante os últimos dois anos, mas Tsipras parece pronto para trazê-lo de volta à superfície e iniciar uma campanha de reparações de guerra, diz Der Spiegel.

Na segunda fase, a Grécia pretende apresentar seus argumentos em organizações mundiais como o Parlamento Europeu, o Conselho Europeu e a ONU.

Na terceira fase, a Grécia planeja pedir à Alemanha que negocie reparações de guerra. Por seu turno, o governo alemão deverá rejeitar o pedido. Já no passado, ficou claro que a Grécia não tem o direito legal de pedir indenização pela Segunda Guerra Mundial.

Na opinião de alguns advogados gregos, essa negação alemã pode abrir o caminho para o caso ser levado perante a Corte Internacional de Justiça em Haia, diz a revista alemã.

Essas são atitudes de desespero, pois já imaginaram cálculos semelhantes feitos pela França, Inglaterra, e outros países europeus. E os alemães, não poderiam fazer o mesmo, já que perderam a Guerra? Sem contar as inúmeras outras guerras ao redor do mundo. Como se diz em linguagem coloquial seria o samba do crioulo doido.

Mas o que tem por traz de tudo isso? A inveja da situação alemã quando comparada aos outros países da Europa. Como a empregabilidade da população é um dos principais pontos de conflito, enquanto países como a Grécia, França, Itália, Espanha, Portugal tem taxas de desemprego acima de dois dígitos, veja a seguir a da Alemanha.


Ao ler hoje, um relatório da Gavekal, seu título chamou a minha atenção I love the euro”. Conhecendo a posição dessa casa, principalmente de um dos principais mentores, Charles Gave, fiquei curioso. Veja a seguir seus argumentos.

“By now surely almost everyone, except perhaps Jacques Delors and Jean-Claude Trichet, must accept that the euro is the greatest monetary mistake governments have imposed on their unsuspecting populations since then Chancellor of the Exchequer Winston Churchill took Britain back onto the gold standard in 1925”.

“As an economist, and as a citizen, I have said from the start that the euro project is an attempt to destroy the diverse Europe that I have always loved, and to replace it with a monster of rigidity and technocracy, which I hate”.

“But as a speculator, I have to admit that I absolutely adore the euro. Time after time, it has created massively distorted false prices, which have allowed me to make money without taking risk. It’s been the gift that’s kept on giving”.

O Mosca não podia estar mais de acordo com esses argumentos. Sempre enfatizo que, conhecer opiniões de pessoas que acertam é tão valioso como alguém que erra muito, ambos são informações importantes de lucro. No segundo caso, basta fazer ao contrário, o que se aplica no conceito acima levantado pela Gavekal, sobre o euro.

A Gavekal reafirma os mesmos princípios do Mosca. Compromisso sempre com o bolso! Hahaha ....

Atualmente, o diferencial de juros entre os títulos de governo americanos e europeus estão num extremo que justificaria uma queda da moeda única, o que está de acordo no curto prazo, com a nossa ideia. Só estamos buscando um melhor momento para vender.



No post os-sem-opção, fiz os seguintes comentários sobre o SP500: ...” O primeiro nível seria 3.250, uma alta de 13% dos níveis atuais, e caso seja ultrapassado, o próximo ponto seria 3.650, uma alta nada desprezível de 27%” .... Imaginava que ao ultrapassar o nível de 2.920, o índice continuaria subindo. Mas não foi o que aconteceu. Agora encontra-se flertando novamente sobre a barreira de 2.875 (linha vermelha no gráfico abaixo).


Quando o mercado não se comporta da maneira que se espera é imperativo fazer uma reavaliação. No caso especifico, pode ser que esteja testando novamente esse ponto de 2.875, o que seria agora considerado como suporte na linguagem técnica.

O mercado acionário americano vem apresentando diversos sinais que justificam cautela máxima. Sendo assim, fui rever os stoploss. Felizmente estão de acordo, seriam exatamente os que eu sugeri antes. Não se pode esquecer que coloquei fichas dobradas nesse mercado.

Não existe nenhum indicador ainda de perigo maior, apenas de atenção, essa é a razão que permaneço com as posições. O que vem assustando o mercado é a alta dos juros de 10 anos, mas eu não fico tão alarmado. Venho repetindo que a alta dos juros preocupa se for pelo mal motivo, a inflação, o que não é o caso. Porém, é o mercado quem manda.

Hoje pela manhã, recebi um relatório do Deutsche Bank, que faz uma associação da alta dos juros com a diminuição de liquidez ocasionada pelos BC’s “Maybe it wasn’t savings glut or secular stagnation or low productivity that were holding down US 10-year rates for the past decade. Maybe it was simply the enormous amounts of QE carried out by the Fed and ECB and other central banks” Pode ser.

Ontem na reunião da Rosenberg, expus a possibilidade de o juro de 10 anos atingir 4,3% a.a., caso ultrapasse a marca dos 3,30% / 3,35%. Essa previsão teve um impacto pior do que anunciar que o Haddad tinha se tornado Presidente! Hahaha .... Afinal, a maioria das pessoas é da “nova guarda”. No meu caso, como já assinei contrato de empréstimo em LIBOR a 20% a.a., esse juro é baixinho.

Mas vamos imaginar que o FED coloque o juro dos FED funds em 3% / 3,5% a.a., qual seria o problema se a taxa de juros dos títulos de 10 anos estiver em 4,3%, uma vez que, a economia estiver indo muito bem? Aliás, essa é a previsão para os juros de Jamie Dimon, Presidente do JP Morgan. Good time is back!

O SP500 fechou a 2.880, com queda de 0,14%; o USDBRL a R$ 3,7158, com queda de 1,11%; o EURUSD a 1,1490, sem variação; e o ouro a U$ 1.189, sem variação.

Fique ligado!

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