What's going on!
Não me recordo há quanto tempo, nos deparamos nos finais de
semana com notícias mostrando a revolta da população de Hong Kong contra as
autoridades locais. Essas manifestações começaram com um determinado objetivo e
agora não se sabe bem o que é demandado.
Não vejo ninguém alertar sobre um problema maior, mas eu não
vejo dessa maneira. Parece que existia uma insatisfação que estava contida, e
agora desafia o comando local. Por trás, sempre tem a mão dos chineses, que
imagino em algum momento deverão intervir, caso essas manifestações não cessem,
ou fiquem contidas a um número pequeno de manifestantes.
No que parece ser a primeira vez, desde que Hong Kong foi
devolvido à China pelo Reino Unido em 1997, o Gabinete de Assuntos de Hong Kong
e Macau, uma autoridade continental que supervisiona os dois territórios
chineses, realizou uma conferência de imprensa na segunda-feira, onde reiterou
que protestos violentos que continuaram até domingo não seriam tolerados pelo
governo de Pequim, segundo reportagem do BBG.
A HKMAO – Hong Kong and Macau Affairs Office, que responde
diretamente ao gabinete da China, reafirmou seu apoio ao governo e à polícia da
cidade durante uma rara conferência de imprensa na segunda-feira. Depois do
briefing, os chefes da autoridade deixaram bruscamente a sala, ignorando as
perguntas feitas pelos jornalistas.
O porta-voz do escritório, Yang Guang, disse que Pequim continua
comprometida com "um país e dois sistemas", a separação de poderes
que levou à governança de Hong Kong desde 1997. Yang acrescentou que a
violência e agitação que abalaram Hong Kong nas últimas oito semanas "foi
muito além do escopo da marcha pacífica e da manifestação, minou a prosperidade
e a estabilidade de Hong Kong e abordou a linha de fundo do princípio de 'um
país e dois sistemas'", disse Yang.
"Nenhuma sociedade civilizada sob o império da lei
jamais permitirá atos de violência."
Segundo o SCMP, Yang disse que o PCC tem três 'esperanças'
para Hong Kong: que segmentos da população comecem a se opor à violência, que
vários setores protejam o Estado de Direito e que a sociedade possa "sair
do conflito político o mais rápido possível".
O que começou como um movimento de protesto para matar o
odiado projeto de extradição de Hong Kong, que daria ao governo da
cidade-estado o poder de extraditar qualquer um para o continente, para
enfrentar a punição por supostos crimes. Os oponentes viram o projeto, que
estava sendo acelerado pela autoridade, teria permitido a Pequim prender
dissidentes viajando por Hong Kong. No início deste mês, a executiva da cidade,
Carrie Lam, apresentou o projeto de retirada, mas se recusou a dar o passo
adicional que o teria retirado da agenda legislativa. Com a possibilidade de
que Lam pudesse recuar assim que os protestos se acalmassem, mais pessoas de
Hong Kong tomaram as ruas para exigir que Lam, que foi escolhida por Pequim
para liderar o governo de Hong Kong, se demitisse e que ela tomasse as medidas
adicionais, para eliminar a legislação para o ciclo atual.
Mas o HKMAO reiterou que os protestos se transformaram em
"atos malignos e criminosos" cometidos por "elementos
radicais".
Enquanto isso, os representantes da HKMAO reconheceram que
Hong Kong deve fazer um trabalho melhor para "resolver as queixas"
dos jovens, pressionando por desenvolvimento econômico, qualidade de vida, e
perspectivas de carreira.
Esta manhã houve preocupação entre os investidores de que o
governo central poderia expressar uma postura mais dura. Mas agora que o HKMAO
atingiu um tom mais moderado que poderia ser descrito como "duro, mas
firme", algumas dessas preocupações se dissiparam.
Ainda assim, a ameaça de que Pequim pudesse mobilizar a
guarnição de tropas do Exército Popular de Libertação estacionadas em Hong Kong,
continuou a pairar sobre os mercados.
Como podem notar, não parece que o problema está solucionado
e nem se quer existe uma agenda definida. Por outro lado, o passo dado por
Pequim, não elimina a possibilidade de intervenção, caso as manifestações
ganhem mais ímpeto.
No momento em que se iniciam as negociações entre EUA e
China, esse incidente não é positivo para os chineses, que até agora não tinha
sofrido nenhum tipo de manifestação. Se o mundo clama por democracia, os
honconguêses estão protestando esse direito que existia enquanto colônia
britânica. Todos sabemos da linha dura chinesa, onde democracia nem deve
existir no dicionário. Espero que esse evento não vire algo mais sério.
No post a-unica-opção,, fiz os seguintes comentários
sobre o dólar: ...
“na opção do triângulo, é necessário o rompimento de R$ 3,80; no caso da
continuidade, será possível abaixo de R$ 3,72. Entre essas cotações é terra de
ninguém” ...
Nesta semana existem dois eventos que poderão de alguma
forma ter algum impacto no dólar: a reunião do FOMC e do COPOM, ambas na
quarta-feira.
É de se notar também que, a posição dos fundos estrangeiros
que era predominantemente vendida no real, desde do início de 2018, passou a
ser levemente positiva no sentido inverso. Isso não necessariamente significa
um compromisso, pois o humor nessa categoria de investidor, pode mudar do dia
para a noite.
Na última semana, a moeda americana negociou dentro do
intervalo que denominei de “terra de ninguém” e por lá se encontra hoje não
existindo nenhuma mudança em relação aos cenários expostos anteriormente.
Mas, o que pode acontecer caso o dólar ultrapasse R$ 3,80? A
princípio as cotações poderiam subir até R$ 3,92. Em ultrapassando esse nível,
se poderia esperar R$ 3,97. Entretanto, o shape destes últimos dias, indicam
que essas projeções ainda contemplam um cenário B.
O Sp500 fechou a 3.020, com queda de 0,16%; o USDBRL a R$
3,7809, com alta de 0,15%; o EURUSD a € 1,1145, com alta de 0,18%; e o our a
U$ 1.426, com alta de 0,57%.
Fique ligado!
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