Bitcoin: Reprovado! #bitcoin #eurusd
Quando
o Bitcoin começou a ganhar notoriedade, seus promotores precisavam de alguns
argumentos que justificassem sua existência. Afinal, esse é um ativo – se é que
pode ser chamando dessa forma — que precisa subir sempre para ser atrativo,
caso contrário morre na praia.
O Bitcoin segue a lei da oferta e procura, e a lógica de quem o mantém é o fato da oferta ser limitada. Para os que acreditam que esse argumento é importante, não esqueçam que o fato de oferta ser limitada não garante alta nos preços — a demanda tem que subir. Os últimos dados sobre busca da palavra no Google mostram um desinteresse nos últimos meses.
Nem o Elon Musk está conseguindo criar demanda dizendo, como ontem, que ele detém Bitcoin assim como sua empresa espacial Space X. O máximo que conseguiu desta vez foi uma alta de pouco mais de 4%, e veja, depois de ter caído 55% do preço máximo de U$ 65.000. O movimento especulativo criado nessas situações é ocasionado por traders que acreditam que novos compradores irão surgir, para vender a esses incautos o que compraram, pois se Elon Musk diz manter uma posição, sua próxima ação só pode ser de venda —ou segurar, e não comprar mais.
Mas
o assunto de hoje é ver o comportamento do Bitcoin quando a inflação americana
subiu. O Wall Street Journal publicou um artigo de Paula Vigna, fazendo essa
comparação.
A queda
acentuada do Bitcoin está enfraquecendo o argumento dos defensores da moeda
digital de que é um hedge para a inflação.
A criptomoeda original perdeu cerca de metade de seu valor desde meados de abril, se esvaindo após um rali espetacular que a viu subir acima de US $ 60.000 a partir de cerca de US $ 7.000 no início de 2020.
Os defensores do Bitcoin há anos têm exibido a moeda como um hedge para a inflação igual ao ouro, principalmente porque o bitcoin tem um limite definido no número de unidades que podem ser criadas: 21 milhões. Seu argumento não havia sido testado anteriormente, no entanto, porque a inflação estava em grande parte abaixo da meta de 2% do Federal Reserve desde o lançamento do Bitcoin em 2009.
Agora,
pela primeira vez em anos, a escassez de semicondutores, madeira e
trabalhadores está pressionando os preços ao consumidor, despertando
preocupações com a inflação. Ao mesmo tempo, governos e bancos centrais foram
forçados a gastar trilhões para sustentar suas economias, potencialmente minando
o poder de compra de suas moedas.
O índice
de preços ao consumidor subiu para 5,4% em junho, seu ritmo mais rápido em
13 anos. E as medidas de inflação em 49 países têm aumentado desde o início do
ano, de acordo com o Center for Financial Stability, um think tank sem
fins lucrativos com sede em Nova York.
O Bitcoin está indo no sentido oposto. A moeda digital caiu em cinco dos últimos sete dias e caiu 7,9% em julho, estendendo sua queda de meses. Agora, subiu 10% em 2021.
"As oscilações de preços do Bitcoin parecem estar em grande parte desconectadas dos fundamentos macroeconômicos, incluindo a inflação", disse Eswar Prasad, professor de política comercial da Universidade de Cornell, que escreveu extensivamente sobre moedas. "No momento é difícil prever que as pessoas irão comprar bitcoin como um hedge para a inflação."
Outros
mercados também estão contrariando os padrões tradicionais durante períodos
inflacionários. O ouro caiu 4,8% este ano e 12% em relação ao recorde de agosto.
Os rendimentos dos títulos públicos também caíram nas últimas semanas,
sugerindo que os investidores estão mais preocupados com a desaceleração das
perspectivas de crescimento econômico do que com um aumento da inflação.
"É
um bom ativo se obtido no momento certo como em qualquer boom
especulativo", disse Prasad.
Muitos
investidores concordam que a especulação ainda parece ser o principal motor do
preço do Bitcoin — as pessoas compram criptomoedas porque acreditam que podem
vendê-la a um preço mais alto em dólares mais tarde.
"É
como comprar um bilhete de loteria", disse Leonard Kostovetsky, professor
assistente de economia na Boston College Carroll School of Management, de
bitcoin. "A inflação é provavelmente um motivo para algumas pessoas, mas
está bem abaixo na lista" de razões para comprar.
A
movimentação especulativa pode ser vista no volume de negociação de
derivativos, onde os traders não estão tomando posse física do ativo
subjacente, mas estão apenas apostando no preço. O volume de negociação no
mercado de derivativos cripto é de cinco a 20 vezes maior do que o volume de
negociação spot em um determinado dia, disse um estudo do grupo de pesquisa
CyLab da Universidade Carnegie Mellon.
Os
volumes são tão grandes que os movimentos no mercado de derivativos, em grande
parte, impulsionaram a ação geral dos preços, concluiu o estudo.
"É
realmente muito significativo", disse Kyle Soska, pesquisador de
pós-doutorado e principal escritor do relatório CyLab, sobre o mercado de
derivativos. A liquidação de contratos de derivativos, por si só, pode
determinar o preço, disse ele, como aconteceu em abril, quando
US$ 10 bilhões em liquidações em um único dia aceleraram a venda do Bitcoin.
É
claro que os movimentos recentes do bitcoin e da inflação são muito curtos para
tirarmos conclusões, disse Kostovetsky.
"Pode
ser um hedge para a inflação algum dia, mas não agora", disse ele.
O Bitcoin tinha tudo para subir nesse período. Além do fato de a inflação ser uma preocupação ainda sem veredito final, o volume de dinheiro na mão das pessoas aumentou muito por conta dos programas de governo, e esse fator também é valido para as empresas — embora somente algumas se tenham aventurado a adquirir Bitcoin, como a Tesla e outras. O gráfico a seguir aponta o que o americano fez com esses recursos: deixou em conta corrente rendendo 0% — notem que o nível é a inclinação da curva se alterou.
Ora, o Bitcoin é limitado e a oferta de moedas aumentou no mundo inteiro. Se o preço do Bitcoin não subiu nessas condições, não vai ser quando esse excesso de liquidez for retirado.
Continuo
com a mesma ideia sobre as criptomoedas — nem todas, algumas têm utilidades - São
bits depositado numa conta de Blockchain.
Em
relação à inflação recente o Bitcoin foi reprovado! Só terá chance caso a
credibilidade monetária — principalmente a do dólar — for questionada, e esse
momento não chegou.
Mas
tem muita gente que não pensam como eu. Sendo assim, vamos ver o que a análise
técnica nos diz. Antes de entrar nas previsões, queria enfatizar: quem resolve
usar a análise técnica como ferramenta de decisão tem de abrir mão de sua
opinião em favor da opinião do mercado. Esse é um processo muito difícil de se
atingir. Tenho discussões frequentes como os membros do Comitê de Investimentos
de que participo na Rosenberg. Essa opção de delegação de decisão quase nunca é
aceita pelos fundamentalistas.
No
post dinheiro-paralelo, fiz os seguintes comentários sobre o Bitcoin: ...” desde essa última atualização, o bitcoin permaneceu
contido num intervalo restrito. A mínima atingida de U$ 28.800, pode ter sido o
final desse primeiro movimento de queda – A (verde).
Mas isso ainda não está claro. Existe a possibilidade no curto prazo de ainda
ocorrer uma queda que levaria aos nível entre U$ 27.200/U$ 26.000)” ...
O quadro não se alterou muito desde a última publicação. Existe um canal demarcado em verde que age como uma “parede” para cima e para baixo, embora com uma tendência de queda. O primeiro indício que a alta esperada estaria em curso seria o rompimento desse canal. Eu estou acompanhando, e caso surja essa oportunidade talvez faça uma aposta aqui no Mosca, mesmo achando que não tem valor!
No post pelo-mau-motivo, fiz os seguintes comentários sobre o euro: ...” O gráfico a seguir afunila as projeções colocadas acima, indicando ser mais provável o primeiro patamar entre € 1,1660/ € 1,1630 como demarcado no gráfico abaixo. Uma visão de curto prazo poderia sugerir que a correção terminou ontem, mas não posso confirmar ainda” ...
O SP500 fechou a 4.367, com alta de 0,20%; o USDBRL a R$ 5,2122, com alta de 0,47%; o EURUSD a € 1,1768, com queda de 0,21%; e o ouro a U$ 1.806, com alta de 0,19%.
Fique
ligado!
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