Robô não pega Covid! #ouro
O Mosca
tem uma visão de longo prazo que está em curso nas economias mundiais. Essa
ideia tem como consequência mudanças que irão afetar inúmeros setores da
economia, bem como criar oportunidades em novos negócios. Se eu pudesse resumir
de forma simples, haverá menos empregos e mais automação e personalização nos
produtos e serviços em detrimento dos grandes conglomerados atuais.
A
reabertura da economia pode dar uma falsa ideia de que o mundo voltou ao que
era — sim, é verdade, mas com mudanças. Neste início ninguém quer pensar em
nada, apenas poder voltar a ser livre: ir a restaurantes, viajar, comprar. Mas
mesmo nesses segmentos já podemos notar mudanças.
As
empresa americanas estão tendo dificuldade de encontrar funcionários para seus
negócios, embora a taxa de desemprego ainda se encontre elevada. As explicações
são várias, porém é esse o resultado no curto prazo.
Um
artigo publicado de Lauren Weber no Wall Street Journal traz um outro lado não
observado.
As
vagas de emprego estão em um
nível recorde,
deixando a impressão de que os empregadores estão contratando como nunca. Mas
muitas empresas que demitiram trabalhadores durante a pandemia já estão
prevendo que precisarão de menos funcionários no futuro.
Assim
como os choques econômicos do passado, a recessão induzida pela pandemia foi um
catalisador para os empregadores investirem em automação e implementarem outras
mudanças projetadas para conter as contratações. Em indústrias que vão de
hotéis a aeroespaciais e restaurantes, as empresas revisaram suas operações e
descobriram maneiras de economizar em custos de mão-de-obra a longo prazo.
Dados econômicos mostram que as empresas aprenderam a fazer mais com menos nos últimos 16 meses ou mais. A produção quase se recuperou para níveis pré-pandemia no primeiro trimestre de 2021 — uma queda de apenas 0,5% em relação ao final de 2019 — embora os trabalhadores dos EUA tenham trabalhado 4,3% menos horas do que antes da crise de saúde.
As mudanças exigirão que muitos trabalhadores se adaptem. Embora o mercado de trabalho seja forte agora para profissionais altamente remunerados e trabalhadores de serviços de baixa remuneração, nem todos podem encontrar uma combinação para suas habilidades, experiência ou localização, criando um paradoxo de desemprego relativamente alto combinado com vagas recordes de emprego. Economistas dizem que pode ser um processo prolongado para alguns trabalhadores demitidos encontrar empregos ou adquirir as habilidades necessárias para novas carreiras.
Raytheon Technologies Corp., o maior
fornecedor aeroespacial dos EUA em vendas, demitiu 21.000 funcionários e
empreiteiros em 2020, em meio a um declínio drástico nas viagens aéreas.
Raytheon disse em janeiro que os esforços para modernizar suas fábricas e
operações administrativas aumentariam as margens de lucro e reduziriam a
necessidade de trazer de volta todos esses empregos. A empresa disse que a
maioria, se não todos os 4.500 trabalhadores contratados que foram dispensados
em 2020, não seriam chamados de volta.
"Temos
mais de 500 projetos de automação de equipamentos e atualização de equipamentos
que planejamos implantar nos próximos três a cinco anos". Entre eles, a
empresa está conectando mais de 20.000 equipamentos em suas redes para que os
dados sejam coletados automaticamente e enviados a engenheiros, inspetores de qualidade
e outros. Algumas dessas atividades de coleta de dados eram previamente executadas
por trabalhadores contratados que, em muitos casos, não serão mais necessários.
A
Raytheon planeja adicionar as pessoas de volta seletivamente enquanto reatribui
funcionários atuais cujos empregos são automatizados. A empresa disse que
alguns projetos se concentram na qualidade, bem como na economia de
mão-de-obra, por exemplo, automatizando a montagem ou produção de peças
complexas onde a precisão pode ser melhorada através da tecnologia.
Em
setores de baixos salários, como hospitalidade e lazer, o movimento para
reduzir os custos com pessoal é impulsionado em parte pela escassez de mão-de-obra de curto prazo e
expectativas de que os salários continuarão subindo devido a uma combinação de
forças de mercado e possíveis mudanças nas leis locais e federais.
Em
maio de 2020, quando o Covid-19 surgiu nos EUA e as indústrias de viagens e
hospitalidade afundaram, o executivo-chefe da Host Hotels & Resorts Inc., uma grande
operadora de hotéis Hyatt e Marriott, descreveu a pandemia "de fato como
uma oportunidade para redefinir o modelo operacional do hotel".
O
CEO Jim Risoleo disse que a rede hoteleira planejava limitar a limpeza em
muitas de suas propriedades e reconfigurar suas operações de alimentos e
bebidas. "Daqui para frente, vão mesmo ter que pedir para arrumar o quarto
em vez de optar por dispensá-los". A empresa também reduziu em 2020 a
equipe de gestão em 30% no departamento de alimentos e bebidas e disse que as
mudanças seriam permanentes.
Outras
cadeias estão se movendo na mesma direção, em parte para enfrentar os desafios
atuais na contratação de pessoal. Na semana passada, a Hilton Worldwide Holdings Inc. anunciou um
programa CleanStay, dizendo que a maioria de suas propriedades nos EUA estão
adotando "uma política de limpeza flexível", com serviço diário
disponível mediante solicitação. "As limpezas profundas completas serão
realizadas antes do check-in e em cada quinto dia para estadias
prolongadas", disse.
A
limpeza diária ainda será gratuita para quem o solicitar. Mas as empresas
Hilton "terão maior margem e exigirão menos mão-de-obra do que antes do
Covid", disse o CEO Christopher Nassetta em uma teleconferência em
fevereiro. A empresa se recusou a comentar quantas arrumadeiras empregaria a
menos assim que todas as mudanças fossem implementadas.
A
Unite Here, um sindicato que representa os trabalhadores do hotel, publicou um
relatório em junho estimando que o fim da limpeza diária de quartos poderia resultar
em uma perda em todo o setor de até 180.000 empregos, com base no número de
empregos pré-pandemia, em uma força de trabalho que consiste principalmente de
mulheres negras e hispânicas, muitas delas imigrantes. O sindicato negociou
acordos com alguns hotéis e localidades para exigir limpeza diária.
Os
restaurantes tornaram-se rápidos adotantes da tecnologia durante a pandemia, à
medida que duas forças — escassez de mão-de-obra que está aumentando os
salários e o desejo de reduzir o contato próximo entre clientes e funcionários
— elevam o retorno desses investimentos.
Na
rede de restaurantes e entretenimento Dave & Buster's Entertainment Inc., os
clientes agora usam tablets digitais para
pedir comida e bebida, permitindo que os gerentes agendem menos servidores,
disse a diretora de operações da empresa, Margo Manning, em uma ligação com
investidores em junho. A Applebee's agora está usando tablets para permitir que
os clientes paguem em suas mesas sem chamar um garçom.
O
código tributário dos EUA incentiva investimentos em automação, particularmente
após os cortes de impostos do governo Trump, disse Daron Acemoglu, economista
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts que estuda o impacto da automação
sobre os trabalhadores. As empresas pagam cerca de 25 centavos em impostos por
cada dólar que pagam aos trabalhadores, em comparação com 5 centavos por cada
dólar gasto em máquinas porque as empresas podem abater investimentos de
capital, disse ele.
Dada
a despesa e a complexidade de grandes projetos de automação, eles nem sempre
são a solução certa para empresas que enfrentam escassez de trabalhadores ou
querem reduzir custos, disse Acemoglu. Mas há muitas etapas de automação
fragmentada que as empresas podem tomar, que se tornam mais econômicas, acrescentou.
"Se você vai tentar renovar completamente sua fábrica, isso é muito caro.
Mas se você é um varejista e introduzir 10 quiosques de checkout, isso não é
muito caro."
No
artigo existem vários exemplos de como as empresas rumam para soluções
mecânicas em detrimento de humanos. Nós, sentados no escritório, não saberemos
dizer onde irá ocorrer nem tampouco quais serviços serão substituídos, mas o
sentido parece inevitável, e de forma lenta esse movimento deverá avançar.
Notem que essa direção nos negócios é deflacionária.
Um
outro ponto que irá pesar nesse sentido, e de acordo com minha ideia, a Covid
deverá permanecer por muito tempo entre nós. Embora exista uma tendência,
provocada pela vacinação em massa, de ser menos letal, não irá eliminar os
cuidados a serem tomados para as pessoas que forem infectadas, permanecendo um
longo período ausente do trabalho.
Já
existiam muitas vantagens em substituir os robôs por humanos: robô não pede
aumento, é mais eficiente, não tem sindicato. Agora, não faltar no trabalho,
tem um peso adicional daqui em diante, afinal, robô não pega Covid!
No
post hbitcoin-na-categoria-desclassificado, fiz os seguintes comentários sobre o ouro:
...” O objetivo final dessa extensão de correção
deveria levar o metal ao nível de U$ 1.570/U$ 1.540, que será mais bem
calculado conforme o andamento. No curto prazo, o término da onda A não deve
ter ocorrido ainda, provavelmente ocorreria a U$ 1.660” ...
Passados alguns dias, o ouro parece estar seguindo os passos imaginados. O que alterou foram os níveis a serem atingidos. No gráfico a seguir aponto o novos níveis dentro do retângulo, além da trajetória em laranja.
Os leitores já estão cansados de saber que operar dentro de uma correção está sujeito a surpresas das mais diversas formas. Essa é a razão pela qual opero pouco, e quando o faço é em situações que apresentam um bom risco retorno.
No
caso específico, a atualização dos objetivos, com menor perspectiva de queda, foi
originada pelo fato da onda “a” amarela, anotada com a flecha, ter sido muito
menor do que o imaginado. Enquanto originalmente eu projetava seu término em U$
1.660, agora projeto U$ 1.690/U$ 1.680.
Por
enquanto vou observar, mas talvez me aventure num trade de venda, caso o metal
atinja U$ 1.850 – término da onda “b”.
O
SP500 fechou a 4.360, com queda de 0,33%; o USDBRL a R$ 5,1140, com alta de 0,87%;
o EURUSD a € 1,1810, com queda de 0,21%; e o ouro a U$
1.828, com alta de 0,10%.
Fique
ligado!
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