Onde está Wally


Muito se tem falado sobre a queda do partcipation rate no mercado de trabalho americano, este indicador mede qual a proporção de cidadãos que estão trabalhando comparado com o total da população. Como pode-se ver a seguir, este índice está em queda desde o ano 2000, porém acelerou-se após a recessão de 2008. A grande dúvida que fica no ar é se estas pessoas retornariam ao mercado de trabalho no futuro, quando o emprego criado for acima do nível de crescimento da população. A quantidade estimada é de 5,8 milhões de americanos nesta situação.


Efetuando-se a estratificação por faixa etária,  nos leva a algumas hipóteses, 30% do total tem uma idade superior a 55 anos, neste grupo é possível que estas pessoas decidiram se aposentar antecipadamente em função da falta de oportunidades, assim nunca mais retornariam ao mercado de trabalho. Porém, os outros 70%, com idade inferior a esta, espera-se que em algum momento retornem.


O cálculo correto de qual seria a taxa de desemprego, que eu denomino de potencial, é praticamente impossível de calcular, pois não se tem as informações do que estes excluídos estão fazendo. Sem entrar no critério, vou direto aos resultados do estudo anexo Shedlock-140311-Missing-in-Action.php. Em cálculo conservador chega-se a 8% , mas o mais provável é que esteja na casa dos 8,5% a 9%, muito distante do dado oficial de 6,7%.

O FED tem estes estudos com mais detalhes, esta é a razão que se vem cogitando, pelo abandono do objetivo colocado de 6,5%, uma vez que este potencial "estoque" de trabalhadores, poderá retornar a qualquer momento à ativa. A pergunta que eles devem estar se fazendo é a mesma da série de livros infantis criada pelo ilustrador britânico Martin Handford, onde está Wally?

Voltando aos mercados, e depois de mais uma noite tensa na Asia, com queda das bolsas no Japão e nos preços das commodities, onde está o real? Hahahah.... Na última atualização sobre o USDBRL, no post confusão-patrimonial, fiz o seguinte comentário: ...O que espero daqui em diante? Três possibilidades, a primeira uma queda até o nível de R$ 2,25, a segunda R$ 2,15, que parece o mais provável, e por último R$ 2,00/R$ 1,90... Desde então chegou a mínima de R$ 2,30 e agora encontra-se a R$ 2,3650, será que perdemos a oportunidade de compra do dólar?

Devo confessar que não encontrei ninguém que está trabalhando com esta retração do dólar, e quando perguntam a minha previsão, é muito interessante a reação. Ao mencionar o primeiro objetivo de R$ 2,25, um certo ar de ceticismo é aparente, no segundo de R$ 2,15, o interlocutor já desconfiado da minha credibilidade pergunta: ..."Sera????"... agora, o melhor é quando comento o terceiro intervalo de R$ 1,90/R$ 2,10: ..."Você está louco? o BC não vai deixar!"...

- David, estou com este cara, você está louco!
Será? Vejamos então, o fato de estar todo mundo prevendo que o dólar vai subir é positivo para minhas previsões, afinal eles não são mais compradores; segundo que o dólar no exterior não esta com a bola toda, pelo menos neste momento, assim é factível este movimento no curto prazo. Somente um aprofundamento dos receios com a China, poderiam colocar "gasolina" no dólar, e como ninguém sabe o que vai acontecer, prefiro os gráficos que as opiniões dos comprados.

Mas posso estar errado, e esta míni queda de R$ 2,45 a R$ 2,30, foi uma correção "manca". Se o dólar começar a subir, vamos ficar de olho nos R$ 2,40 e jogo a toalha acima de R$ 2,455, enquanto isso, mantenha o rumo.

O SP500 fechou a 1.868, sem alteração; o USDBRL a R$ 2,3579, com uma queda de 0,25%; o EURUSD a 1,3904, com alta de 0,32%; e o ouro a US$ 1.366, com alta de 1,24%.
Fique ligado!

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