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Mostrando postagens de setembro, 2018

O tiro saiu pela culatra

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Ontem foi publicado o saldo da balança comercial americana. Ao invés de diminuir como quer Trump – se for esse realmente seu objetivo, subiu e agora se encontra próximo ao recorde histórico, como se pode verificar a seguir. Para quem é psicólogo ou psiquiatra poderia definir melhor o perfil psíquico do Presidente Trump. Mesmo não tendo formação no assunto, me arrisco a dizer que, ele sofre de importantes problemas nessa área. Notem que não passa um dia sem que algum assunto seja a ele relacionado. Esta semana, a atenção recai sobre a indicação de Kavanaugh para a suprema corte. Esse cidadão está sendo acusado de assédio sexual, por quatro americanas, isso tudo quando ainda era adolescente. Ele nega veemente, mas eu acredito em suas acusadoras, não teriam nenhum motivo para acusa-lo e se exporem, se realmente esse assunto não estivessem entalados nas suas gargantas. Pelo andar da carruagem, provavelmente será aceito pelo senado americano, que é dominado por republic

A lenta morte do euro

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Quem é seguidor do Mosca conhece a minha opinião sobre a União Europeia que criou o euro. Para quem não é tão seguidor eu resumo numa palavra: Desastre! Mas também sei que, não acabará do dia para a noite, pois, por enquanto, está dando para viver. Porém, mais dia menos dia, é provável uma ruptura. Tive acesso a um artigo bem elaborado que estabelece um raciocínio, além de uma cronologia, até essa possível ruptura. A zona do euro é um mamute financeiro frágil. Enquanto seu PIB não é o mesmo que o dos EUA, que gira em torno de US $ 3 trilhões. Os ativos do setor bancário são cerca de 240% do PIB, contra cerca de 90% nos EUA. Os bancos se mantiveram em pé apenas pelo programa de compra de ativos em grande escala ( quantitative easing ou QE) do BCE. No entanto, o BCE está prestes a abandonar seu programa de compra de títulos, o que afetará de forma dramática a dinâmica da dívida e a probabilidade de sobrevivência do euro. A tragédia da zona do euro em três atos A zo

Fed: 0,25% na caçapa

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Enquanto nos brasileiros esperamos os resultados das eleições, que acontecerão dentro de 10 dias, o mercado americano aguarda o resultado da reunião do Fed hoje. Naturalmente, esses eventos não são da mesma importância, o primeiro é muito mais. A disputa eleitoral é tão elevada que entrou literalmente em campo, até os fãs de futebol geralmente apolíticos do país estão sendo arrastados para dentro da polêmica entre Bolsonaro versus Haddad. Nos últimos dias, os torcedores dos maiores times, incluindo Corinthians, Palmeiras e Flamengo, emitiram declarações criticando Jair Bolsonaro. Rodrigo Gonzalez Tapia, presidente da Gaviões da Fiel, o maior fã-clube do Brasil com mais de 100.000 membros, escreveu no Facebook que qualquer um que apoie o candidato “pode deixar a organização”. Ele advertiu que Bolsonaro é autoritário e que o grupo foi fundado em 1969 não apenas para apoiar a equipe, mas também para se opor à ditadura. "Nossos fundadores sofreram muita opressão por le

É possível prognosticar uma recessão?

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É conhecido dentro do mundo acadêmico que, praticamente nenhum economista, conseguiu prever corretamente uma recessão. Isso não o desmerece, mas seguramente indica a dificuldade de se fazer uma previsão sobre esse estado da economia. O que sim se sabe, é que economias evoluem em ciclos, e estatisticamente, depois de um ciclo longo de expansão uma recessão se sucede. Nesse ponto, o crescimento da economia americana é um dos mais longos da história, razão pela qual, em algum momento deve acontecer sua desaceleração. Por outro lado, nunca uma recuperação foi tão fraca quanto a atual, depois da recessão de 2008, onde sistema financeiro estava por um fio. Os bancos centrais ao redor do mundo, injetaram quantias incalculáveis de liquidez a fim de evitar uma enorme deflação. Porém, mais dia menos dia, em algum momento uma recessão deve acontecer, e esses momentos implicam uma série de riscos, que depende da sua profundidade. Uma pesquisa feita pelo Wall Street Journal,

Cadê o Bicho Papão?

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Antes de começar a operar as moedas do G10, minha experiência no mercado cambial se resumia a cotação entre o dólar e a moeda brasileira. Nos anos 80 e 90 não existia um câmbio livre pois as cotações eram fixadas pelo governo. Como se estuda em economia, sendo a taxa “administrada”, por default era a reserva em dólares que oscilava. Assim, se a cotação era baixa, apareciam mais compradores. Achei interessante a proposta de Mauro Benevides, economista do Ciro Gomes, que planeja um comitê para fixar a taxa cambial. Realmente lhe desejo boa sorte, pois a ideia é totalmente sem sentido, não entendo como esse economista obteve seu diploma! Ao me expor no mercado de moedas mundial percebi que, para comprar uma moeda era necessário vender outra. Parece algo obvio, porém, quando nos damos conta, parece muito arriscado. Por exemplo, atualmente o dólar está se fortalecendo em relação a maioria das moedas. Em situações como esta, ao comprar o dólar, se escolhe qual são as moedas a v

Intenção real

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A renomada casa de pesquisas econômicas, Gavekal, publicou uma matéria com uma visão mais ampla sobre as reais intensões do presidente americano, em relação a sua política de implementar sansões econômicas, através do aumento de alíquotas de importação. Caso essa visão esteja correta, suas consequências tem um aspecto de mais longo prazo e com consequências diferentes das que os analistas visionam. Existem razões para pensar que nenhum acordo é desejável: Primeiro, a estratégia comercial dos EUA contra a China é impulsionada não pelos caprichos de Trump ou cálculos políticos, mas por uma poderosa coalizão de segurança e autoridades econômicas que acreditam que os EUA estão entrando em um conflito existencial com a China, por uma dominância da economia global, tecnológica e geopolítica. Este grupo tem habilmente canalizado o desejo de Trump de décadas de guerra sobre os salários, em uma única frente contra a China, enquanto acariciava os menos importantes objetivos com a EU

Os "sem opção"

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Tenho notado que parte do eleitorado estará numa situação difícil no 2º turno, levando-se em consideração as pesquisas recentes. Esse caso é mais latente para os brasileiros que não querem o PT de volta ao governo, mesmo que seja de direita ou de esquerda. Hoje vou publicar algumas simulações usando como base a última pesquisa do banco BTG divulgada ontem. Esse modelo será atualizado resumidamente no Mosca, daqui em diante. Inicialmente vou agrupar os votos que denominei de direita, contemplando os seguintes candidatos: Bolsonaro, Alkmin, Amoedo, Álvaro Dias, Meireles, cabo Daciolo. Os votos da esquerda, com os seguintes candidatos: Haddad, Ciro e Marina. Outro grupo importante são os que não escolheram ninguém ou não sabem, que denominei de indecisos. Pela pesquisa do BTG, Bolsonaro está com 33% e Haddad com 16%. O remanescente de direita somaria 15% enquanto o de esquerda 19%. O que esse último pessoal vai fazer no segundo turno? Noto que o pessoal de direita, q

PSDB rebaixado para a série B

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A disputa eleitoral entra em sua reta final sem que haja uma ideia muito clara de quem poderá ser o próximo presidente. Ao que tudo indica, teremos uma disputa entre Bolsonaro x Haddad no segundo turno. Noto em minha rede social um certo desespero do pessoal de centro-direita. Com uma rejeição ainda grande pelos votantes de Alkmin, em assumir uma posição para o Bolsonaro, “imploram” para votar no tucano. Noto esse movimento e concluo que, essas pessoas não estão observando a realidade política. Gostaria de dar o meu recado: Nós somos minorias, de nada adianta pedir votos nesses grupos. Como diz meu amigo, é como enxugar gelo. Cabe um parêntese ao PSDB, que derrocada! Esse partido está pagando por todos seus erros feitos nos últimos anos. Nunca conseguiu recuperar-se em âmbito nacional depois que Fernando Henrique deixou a presidência há 12 anos. Pior, nos últimos anos não tomou uma posição clara, pois também tem o seu rabo preso na corrupção. Hoje a pesquisa do BTG ap

D+1

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Ser flexível e realista é uma virtude que pessoas que as tem, tomam decisões melhores. Com o dólar batendo na casa dos R$ 4,20, o mercado financeiro não poderia deixar seu recado mais claro, a chance de Bolsonaro ser presidente é menor que a de Ciro ou Haddad. Não nos resta negar essa hipótese mas procurar entender os impactos que esses cenários podem ter. Já identifiquei qual é o candidato menos, menos, menos ruim. Notem que, não é uma tarefa fácil, pois qualquer um dos dois significa ter que engolir goela abaixo. Muito bem, nessa situação praticamente sem opção fico com o Ciro. Sendo assim, teremos que pensar como seria o dia D+1 se Haddad vencer as eleições, a pior das piores opções. Talvez vislumbre que, durante 100 dias buscara algum entendimento com o mercado e as empresas, afinal, existem bilhões de dólares investidos por essas companhias aqui, e nenhum deles quer ter que explicar para seus acionistas que suas aquisições viraram pó. Do lado do PT, também não querem