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Mostrando postagens de setembro, 2023

As viúvas do Lehman Brothers #nasdaq100 #usdbrl

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  Hoje faz 15 anos que o Banco Lehmann Brothers quebrou, me lembro bem desse dia foi um grande stress. Antes dele, o Fed interveio de forma indireta “convidando” alguns bancos a comprarem instituições financeiras que estavam a beira da falência, tais como: Bank of America comprou a Merrill Lynch – uma das maiores corretoras americanas, o JP Morgan comprou a Bear Sterns, e outras. O mercado acreditava que a Lehman seria comprada por alguém no mesmo esquema de vantagens, mas o governo deixou quebrar a maior falência da história americana. O que aconteceu depois desses 15 anos foi tema de John Authers na Bloomberg. Como muitos que trabalham com finanças, minha vida passou a ter um calendário fixo: pré e pós-Lehman. Quando há 15 anos surgiu a notícia de que o Lehman Brothers tinha de facto falido, sem comprador disposto e sem resgate do governo, as coisas mudaram. Todos sabíamos que sim. A crise já durava pelo menos 18 meses e não chegaria ao seu ápice por mais seis meses, mas foi o cola

Será uma armadilha? #EURUSD

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  A recomendação de investimento em bonds americanos proliferam, não passa um dia sem que algum analista enfatize a oportunidade de ouro. O argumento base para tanto se dá pelo elevado nível de juros que o Fed impôs depois que se conscientizou de que não havia nada de temporário e, como o ciclo de alta terminou ou estaria muito próximo de acontecer, o que se pode esperar na sequência é queda dos juros. Foi sempre assim, por que agora seria diferente? Me considero um outsider neste aspecto, talvez décadas de experiencia com inflação alta podem estar por traz do meu ceticismo, mas sei que a queda da inflação não é tarefa fácil nem rápida, principalmente quando se passaram décadas com ela controlada e baixa na casa dos 2% a.a., como é o caso da americana. Também dentro do grupo que acredita na queda dos juros estão os mais céticos, que esperam uma recessão mais adiante. Vou comentar diversas fontes hoje que sustentam parcela do meu ceticismo. Ontem foi publicado o CPI, do qual John Au

Com bala na agulha #Ibovespa

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  O grande receio do mercado é que o consumidor americano tenha gastado toda sua poupança e daqui a pouco vá diminuir seus gastos. Se isso ocorrer, o impacto é grande, pois esse segmento representa mais de 70% do PIB. Porém, ainda existe bala na agulha, como comenta Conor Sen na Bloomberg. As famílias ainda estão colhendo os benefícios de alta dos preços de residência e não estão com vontade de poupar. Isso é uma boa notícia para a economia. Indiscutivelmente, a maior questão sobre a economia dos EUA agora é se os consumidores podem manter seu ritmo de gastos. Os pagamentos de empréstimos estudantis recomeçam em outubro . Espera-se que o excesso de poupança da era da pandemia se esgote   já neste trimestre. A taxa de poupança pessoal, que estava em torno de 9% antes da pandemia, era de 3,5% em julho, não muito longe das mínimas históricas estabelecidas em meados dos anos 2000. Se há uma razão para permanecer otimista em relação aos gastos das famílias, é que a estrutura de "

África: na zona do rebaixamento (sempre!) #SP500

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  Na existência do Mosca , não me recordo de ter feito nenhum post sobre a África, um continente que deverá ter 1/3 da população no final deste século. Foi bairrismo meu? Não, como relata Javier Blas na Bloomberg, foi mais uma década perdida. Será que vai mudar? Acho difícil neste mundo de tecnologia, onde o que vale é o estudo e não a mão de obra sem qualificação. Quem sabe. Como o Brasil, vai virar o fornecedor de commodities para o mundo. O mal-estar social e político do continente é sintoma de suas dificuldades econômicas – não a causa. A série de golpes de Estado que assolam a África subsaariana - pelo menos nove tentativas em três anos - mais um mal-estar político em todo o continente provocaram alguns questionamentos. O que deu errado? Muitos ponderaram uma miríade de fatores, desde a crescente influência russa até a corrupção contínua. Mas esses são sintomas, não causas, do que realmente aflige o continente: a crise econômica. A dependência total das commodities tem se m

O jogo continua #usdbrl

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  O placar no jogo da inflação americana está 2 x 2. Depois de começar o jogo perdendo por 2 X 0, o Fed empatou o jogo. Mas diferente do futebol, esse jogo não termina, é uma luta constante. Nesta semana haverá a publicação desses dados, cuja projeções são de pequena alta por conta da elevação do preço dos combustíveis, passando de 3,2% a.a. para 3,6% a.a.; em trajetória inversa, o índice que exclui gasolina e alimentos deve apresentar um decréscimo de 4,7% a.a. para 4,3% a.a., e é neste último que o mercado estará mais focado. Os economistas acreditam que esse indicador deverá retroceder de forma lenta ao patamar desejado de 2% a.a pelo Fed. Mohamed El Erian comenta na Bloomberg que a batalha da última milha não será moleza. Todos os olhos nesta semana estarão voltados para a divulgação na quarta-feira do índice de preços ao consumidor dos EUA referente a agosto, especialmente após a forte redução da inflação de 9,1% em junho de 2022 para pouco mais de 3% em julho. Os mercados est