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Mostrando postagens de maio, 2021

A Amazon desafia a regra? #usdbrl

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  Hoje os mercados estão fechados nos EUA, onde se comemora o Memorial Day. Nesses dias, pouca coisa acontece ao redor do mundo em termos de movimentos. Vou aproveitar para dividir um artigo de Tara Lachapelle na Bloomberg sobre o que pretende a Amazon com sua última aquisição — a MGM, estúdio de cinema com longa história. Desde Hollywood até cuidados de saúde, a Amazon.com Inc. parece estar crescendo tentáculos a uma taxa acelerada. A varejista online adquiriu a MGM, um remanescente histórico da era de ouro do cinema, por US$ 8,45 bilhões, sua segunda maior aquisição depois do Whole Foods Market. A maioria das empresas em meio a uma expansão estratégica tão importante pararia por aí, mas não a Amazon. Dizem que está elaborando seu próximo plano para abrir farmácias nos EUA e se aprofundar na distribuição de medicamentos. São as manchetes só desta semana — o conglomerado de US$ 1,6 trilhão estende seu alcance muito mais distante. E agora, enquanto o fundador da Amazon prepara sua s

Loteria "Vacinal" #nasdaq100

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  Realmente acho que vivemos no país errado, essa conclusão é válida por uma série de motivos que não escasseiam, mas a falta de vacinas é o do momento. Ao ler as notícias do dia, que são poucas, um artigo publicado pelo Washington Post chamou minha atenção. O anúncio do governador de Ohio, Mike DeWine, na semana passada, de que seu estado usaria  uma loteria  para persuadir mais pessoas a serem vacinadas, abre novos caminhos na luta para alcançar pessoas hesitantes. A partir de 26 de maio, cinco pessoas levarão para casa US$ 1 milhão em cinco semanas consecutivas; qualquer um com pelo menos uma dose será elegível. Além disso, cinco cidadãos de Ohio vacinados com menos de 18 anos receberão uma bolsa de quatro anos na faculdade, doada em um modelo paralelo. Como é que, além de não faltar vacinas existe incentivo para quem tomar? Para um brasileiro isso parece Fake News. Quero meu visto! Um trabalho elaborado pela Verde Asset por Daniel Leichenring aponta para um outro problema na

Mamãe eu quero! #Ibovespa

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Temos observado uma mudança importante por parte das pessoas em relação a poluição do planeta. Uma sigla que se torna mais popular dia a dia, a ESG — Environmental, Social and Governance — faz parte de muitos fundos, indicando que as empresas onde investem seguem esse protocolo. A entrada de recursos nesses ETF específicos, cujo valor foi de US$ 22 bilhões, só neste ano mais que dobrou. Segundo a Reuters, a demanda para investir em instrumentos sustentáveis cresceu 19% neste ano, atingindo a marca de U$ 2,0 trilhões no primeiro trimestre. A demanda tem sido tão elevada pela sociedade que o assunto transbordou os negócios e foi cair na Justiça, como relata o artigo de Sarah McFarlane e outros publicado pelo Wall Street Journal. A Exxon Mobil Corp. e a Royal Dutch  Shell   sofreram derrotas significativas na quarta-feira, à medida que grupos ambientais e investidores ativistas intensificam a pressão sobre a indústria petrolífera para lidar com as preocupaçõ

Uma miragem #eurousd

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É impressionante como alguns dogmas econômicos estão sendo desafiados nos últimos tempos. Se eu tivesse que escolher, acredito que os juro negativo é o mais chocante. Me recordo uma passagem da minha vida econômica ao redor de 1987, quando trabalhava na Tendencia e o diretor de investimentos propôs uma operação com risco aparentemente muito baixo. A ideia era vender uma opção de venda relativa aos juros do título governamental japonês (não me recordo o vencimento) recebendo um prêmio. O nível de juros do exercício dessa opção era de 0,25% a.a. No mercado à vista, a taxa se encontrava próxima desse nível, e a aposta era de que não poderia cair mais— afinal, quanto se poderia perder? Me recordo que naquele momento esse diretor disse “quanto pode cair os juros, menor que zero impossível!”. Ainda bem que não fizemos essa operação nos dias de hoje! Ontem, o spread dos rendimentos de 10 anos dos títulos da Grécia caiu para seu nível mais baixo desde 2008, a apenas 107 pontos-base. Isso

Queda inesperada #btc #SP500

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  Alguns leitores pediram que eu desse minha visão do que ocorreu recentemente com as criptomoedas. Eu expliquei que não tinha grande conhecimento dos motivos para a queda e que minha opinião poderia estar errada. Mas eles insistiram. Para responder, fui buscar opiniões de analistas que respeito. Embora não tivesse encontrado nada que pudesse me convencer, encontrei no artigo de Ben Carlson algo que pode ser instrutivo. Ao invés de buscar as razões, por que não tirar as lições desse evento? Aqui estão quatro lições deste último episódio de carnificina cripto: 1. Você tem que ficar no jogo para sobreviver como investidor.  O último lugar em que você quer encontrar-se como um investidor é a posição de ser forçado a vender. Existem dois tipos de vendedores forçados: (1) aqueles que vendem em pânico porque suas emoções tomam conta deles e (2) aqueles com alavancagem demais. Sempre haverá investidores que liquidarão seus ativos de risco no pior momento possível durante uma queda d

Os detalhes importam #usdbrl

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  Com exceção da discussão sobre inflação e, claro, das recentes quedas nas criptomoedas, não tem muita coisa acontecendo na área de investimentos. Talvez estivéssemos acostumados com o tweeters tresloucados do ex-presidente Trump, e a falta deles esteja sendo percebida. Melhor assim! Sobre a inflação, minha sensação é de que vamos conviver com essa ambiguidade por muito tempo, pois não parece haver recrudescimento à vista, e o Fed disposto a não piscar. Ficaremos com a sensação de que a autoridade monetária está ficando muito “ behind the curve ”, basta ver o que está espelhado no mercado: a expectativa do CPI para os próximos 5 anos, praticamente nada inferior a 2,5% a.a. (78% de probabilidade). Por outro lado, as taxas de juros de curto prazo estão beirando 0% desde março, como se pode notar no gráfico a seguir, que contém as taxas de juros das Letras do Tesouro de 3 meses. Como consequência desse cenário, de certa forma antagônico, onde se espera inflação mais elevada, porém ju

Sem garantia perene #nasdaq100

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  É impressionante a concentração de valor de mercado que existe nas grandes empresas. Um artigo de Tom Orlik e outros na Bloomberg traz à tona a evolução das 50 maiores empresas nos últimos 20 anos. Os maiores negócios do mundo estavam indo bem até a chegada do Covid-19. Agora eles estão ainda melhor. As 50 maiores empresas agregaram US $ 4,5 trilhões de capitalização no mercado de ações, em 2020, levando seu valor combinado para cerca de 28% do produto interno bruto global. Três décadas atrás, o número equivalente era inferior a 5%. Essa é apenas uma medida de como as empresas superstar passaram a dominar a economia mundial, de acordo com um novo estudo da Bloomberg Economics que mapeia a mudança de seu papel. As descobertas fornecem munição para os formuladores de políticas empenhados em controlar os gigantes — incluindo um governo dos EUA que está buscando reunir apoio global para  impostos mais altos sobre os lucros corporativos. As maiores empresas têm registrado em gera