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Mostrando postagens de junho, 2021

Bitcoin na categoria Desclassificado #ouro

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  Vocês repararam como o assunto das cripto moedas saiu do noticiário? Acredito que o principal motivo seja a queda de preços que ocorreu ultimamente com a perda de quase metade do seu valor. O Mosca no post  e-tudo-papo , publicou um gráfico que impressiona bastante, apontando com que probabilidade o Bitcoin cai no período de um ano. Por exemplo, uma queda de mais de 60% tem 72% de chance de acontecer, quase certo! Para complementar o estudo feito pelo banco Goldman Sachs, a tabela a seguir calcula o risk premium 1 bem como o índice de Sharpe 2 e conclui que o Bitcoin não suporta alocação dentro de um portfólio.   1 é o retorno de um investimento acima da taxa de retorno de ativo livre de risco no qual se considera o título do governo americano. 2 é a razão entre o retorno médio obtido acima da taxa de risco por unidade de volatilidade ou risco total. Então, se o Bitcoin não pode ser considerado uma moeda nem uma commodity, o que poderia ser? Um trabalho elaborado pela Ga

Risco sem controle #SP500

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  É impossível nos esquecermos da Covid-19, principalmente aqui no Brasil, onde a situação está longe do controle, embora os dados mais recentes de infecção e morte estejam cedendo. Tenho a impressão de que não vamos nos livrar desse risco tão cedo. Me recordo no início do ano passado quando a pandemia começou se alastrar. Naquele momento ainda não existia nenhuma vacina e as projeções alertavam que seu desenvolvimento seria demorado podendo levar vários anos. Porém, em menos de um ano, várias estavam disponíveis. O mérito de tal feito foi dado à tecnologia, mas será que algumas etapas foram excluídas pela urgência? Os países desenvolvidos, onde foram observadas quedas expressivas nos indicadores, estão em fase avançada de vacinação. Mas esse bichinho é esperto, vai se modificando de forma a poder infectar novamente mesmo quem já se vacinou. Um exemplo dessa nova variante, a Delta, ocorre em Israel, país que foi considerado modelo em termos de rapidez na vacinação de sua populaçã

Resultado do divórcio #usdbrl

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  Faz 5 anos que o povo inglês decidiu se separar da União Europeia. Foi uma vitória muito apertada o que colocou a decisão em cheque. Durante esse período não consigo lembrar quantos Primeiro Ministro foram obrigados a renunciar por não conseguir chegar a um acordo, até que Boris Johnson assumiu esse posto, e com uma postura mais rígida, chegou a um consenso interno e externo. Valeu a pena para a Inglaterra? A ideia de hoje é analisar o que ocorreu do ponto de vista econômico através de um artigo publicado pelo Deutsche Bank. A semana passada marcou o 5º aniversário da votação do Brexit no Reino Unido. O fascinante a respeito disso é que, embora o populismo tenha diminuído e diminuído repetidamente na última década, as opiniões sobre se o Brexit é uma boa ou má ideia permaneceram notavelmente estáveis ​​ no Reino Unido. Ficar na União Europeia provavelmente manteve uma leve vantagem nas pesquisas durante a maior parte dos ú ltimos cinco anos, mas o recente sucesso da vacina no R

Diversão com alavancagem! #nasdaq100

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As bolsas estão num momento positivo ao redor do mundo, em parte causado pelas baixas taxas de juros, tirando o atrativo dos títulos de renda fixa. Alguns leitores me perguntam, principalmente os mais jovens, se vale contratar empréstimos para aumentar sua exposição. Aqui no Brasil não é muito comum este tipo de costume, tendo em vista as altas taxas de juros que vivenciamos no passado, com performances neutras ou até negativas da bolsa local, o inverso do que ocorre hoje. Mas nos EUA a situação sempre foi diferente, e por lá as pessoas usam deste mecanismo. Um artigo de Barry Ritzholtz em seu site traz alguns dados sobre esse assunto. Vamos começar tirando a seguinte ideia da frente:  Usar uma alavancagem excessiva para especular é uma ideia terrível, e muitas vezes termina com uma perda total de todo o capital . Eu já estava pensando em risco sistêmico e alavancagem quando um artigo (com o gráfico acima) passou no  Twitter . Mas há muito para desenvolver aqui, e apenas grit

Acertar no pernilongo #Ibovespa

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O assunto de hoje tem mais a ver com o longo prazo (longo mesmo), pelo menos no meu horizonte. A mais recente projeção feita pela OECD aponta para 2060 uma elevação significativa de idosos, e nesse caso específico é bem provável que a frase de Keynes - no longo prazo estaremos todos mortos - se aplique a mim — em relação ao Mosca é 100%. Sem me tornar um site de autoajuda, queria compartilhar alguns pensamentos e sensações que ocorrem à medida que ficamos mais velhos. Percebo que tento imaginar como eu vou estar daqui a 10 anos: vou continuar a andar de bike? O Mosca vai existir? E coisas assim. Minha cabeça tem um grande viés matemático — matéria com a qual me identifico. Sendo assim, é intuitivo que meu inconsciente leve em consideração o Time Decay — termo usado no mercado de opções. A figura abaixo explica esse conceito.   Estatisticamente, a cada dia que passa, e pela minha idade, a probabilidade de eu estar chegando ao Time Expiration se eleva. Mas também tenho muita von

O Fed bagunçou o coreto #juros 10 anos

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  FIB – significa na gíria uma inverdade trivial Desde a última quarta-feira, o mercado de renda fixa ficou tonto. Ao findar o comitê de Política Monetária, o Fed anunciou que pode aumentar os juros em 2023, antes do que estava previsto. A taxa de juros dos títulos de 10 anos ameaçou subir e depois deu meia volta e ficou ao redor de 1,5% a.a. Um artigo de James Mackintosh no Wall Street Journal levanta alguns dados relevantes sobre essa indecisão. Supõe-se que o mercado de títulos seja aquele primo mais velho e inteligente que mantém a cabeça no lugar enquanto o mercado de ações voa para todo lado. Não foi bem assim na semana passada. Em vez de uma resposta calma ao  tom um pouco mais altista do Federal Reserve, o rendimento de 10 anos primeiro saltou muito como não se via em meses, depois mergulhou. Na segunda-feira, caiu durante o horário de negociação asiático para a mínima desde fevereiro, antes de saltar todo o caminho de volta. Os movimentos revelam profunda confusão e