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Mostrando postagens de outubro, 2019

A mais valiosa opção de venda

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Hoje é dia de Halloween comemoração tradicional americana que se incorporou aos costumes brasileiros. O conceito por traz da celebração é que os portões do céu se abrem a meia-noite, permitindo que as almas dos que já foram retornem para se reunir com suas famílias. Os enfeites são macabros: teias de aranha, zumbis, vampiros, múmias, tumbas e abóboras. Resumindo, hoje é o dia das Bruxas! Ontem o Fed entregou o que o mercado gostaria, reduziu a taxa de juros, e se colocou numa posição neutra para o futuro, além de deixar implícito que não existe recessão nos EUA, ao contrário, a economia está bem. As bolsas em consequência, atingiram máxima histórica naquele país. Os resultados do 3º trimestre das empresas que são publicados nesse período, estão superando as expectativas. Embora os lucros estejam a caminho de declinar pelo terceiro trimestre consecutivo, cerca de 75% das 280 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados até quarta-feira de manhã superaram as expectativ

Qual o argumento!

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Pela manhã foi publicado os dados do PIB americano, crescendo a uma taxa anualizada de 1,9% a.a., no 3º trimestre. Este resultado ficou acima da expectativa dos analistas. O interessante é que o Presidente Trump, alguns minutos antes da publicação, tuitou “ The Greatest Economy in American History”. Essa sua insinuação poderia levar a uma especulação que tinha o resultado antes da publicação, e isso não seria impossível, embora seja pouco provável. A alta do PIB real no terceiro trimestre refletiu aumentos nos gastos do consumidor, gastos do governo, investimentos em moradias e exportações, enquanto o investimento das empresas e os estoques diminuíram. As importações aumentaram, embora o comércio líquido tenha subtraído o PIB pelo segundo trimestre consecutivo. O aumento nos gastos do consumidor refletiu aumentos nos bens (principalmente bens e veículos recreativos, alimentos e bebidas) e nos serviços (liderados por serviços de saúde, habitação e serviços públicos). No

Quem tira mais!

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Há menos de 12 meses, quando preparava as previsões para 2019, fui a busca de um tema. Naquele momento o Fed ainda estava com expectativa de novas altas nos juros, embora o mercado já apontava que o ciclo de alta tinha terminado. Os economistas de diversos bancos tinham previsões ainda de alta. Essa foi a razão da escolha do tema “Quem dá menos” no post a-ilusão-das-previsões : ... “se alguém pudesse antever qual será a taxa de juros no final de 2019, eu poderia traçar um possível cenário econômico compatível. Como isso não é possível, vamos observar “quem dá menos”, se o mercado, o Fed ou os economistas” ... Novamente o mercado estava mais certo que os outros participantes, todo mundo deu muito menos, se pudesse, o tema que espelharia melhor esse ano seria “Quem tira mais”! Amanhã existem dois eventos de muita importância em termos de política monetária. Tanto o Fed como o BCB farão o anuncio da taxa de juros, onde ambos devem reduzir. Vou começar pelo Brasil. Se os EUA

O Penúltimo Tango em Buenos Aires

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A America Latina sempre foi uma região sem muita credibilidade junto a comunidade internacional. Motivos não faltaram para tamanha desconfiança e generalização dessa imagem. O Brasil ficou quase duas décadas sob o comando da esquerda. No início de seu mandato, Lula conseguiu enganar o fraco Presidente americano Barak Obama. Certa ocasião, Obama apontando seu dedo para o Lula disse “esse é o cara”. Talvez o que tenha faltado era completar “ esse é o cara mais corrupto da face da terra”. Nós conseguimos nos livrar desse mal na última eleição quando Jair Bolsonaro assumiu o país. Não morro de amores por ele, tenho diversas divergências, mas sou fã da equipe econômica que vem fazendo um excelente trabalho. Estamos no caminho certo, basta ter um pouco mais de paciência e torcer para o cenário externo não estragar a festa. Mesmo com essas ressalvas em relação ao presidente, ao ver o que acontece ao redor de nós, fico muito feliz! Além do Chile, com manifestações violentas nos ú

Sempre alerta

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O risco de recessão retrocedeu nas últimas semanas, a principal razão foi a publicação de dados melhores da economia americana. Sabemos que não existe nenhum modelo para prever com antecedência quando uma irá ocorrer. Os economistas que fizeram no passado previsões nesse sentido de forma assertiva, foi pura sorte, tanto é verdade que foi um evento de uma única vez, nunca mais acertaram. Mas isso não é suficiente para relaxar, as condições econômicas mundiais são precárias, e o risco seguramente é maior agora. Como diz o ditado popular, ficar com “ um olho no peixe e outro no gato” é recomendável. A economia americana depende muito do consumo. Um povo que aprende desde criança a consumir e se endividar, uma queda seria perigosa. O índice de consumo publicado pela Bloomberg fornece um certo conforto prevendo que as vendas de Natal devem ser robusta. Um dos bancos que tinha um call muito forte sobre a recessão, o Morgan Stanley, recuou nessa perspectiva. Como se pode

Vida promissora

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A economia não é uma ciência exata, o principal motivo é oriundo de se objetivo ao buscar desenvolvimento econômico e social, visando que, a população de um país, viva de maneira “descente”. Ocorre que esse objetivo foi de certa forma desvirtuado pelo capitalismo pois acabou pendendo mais pela economia e menos pelo social. Antes que meu amigo pergunte se o Mosca está tendendo para o Marxismo, esclareço que não estou fazendo uma crítica ao modelo Capitalista, mas sim apresentado as suas consequências nos dias de hoje. A globalização em conjunto com a tecnologia vem destruindo empregos sem que haja uma tendência de reversão. Não é necessário muito cálculo para que se chegue a uma situação extremamente perigosa, onde momentos semelhantes no passado, levaram as guerras. De uma forma muito pragmática, as guerras são momentos de grande avanço além de ocorrer a elevação na renda média da forma mais nociva que é a morte. Como poderia ser isso evitado? Uma ideia é diminuir o

Boia furada

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O investidor americano estava acostumado a ter um portfólio cuja proporção sugerida como ideal era de 40% em ações e 60% em renda fixa. Essa estratégia se mostrou sábia em momentos onde a bolsa sofreu quedas, pois nesses momentos os títulos de renda fixa se valorizavam amenizando a perda. Em linguagem técnica os bonds tinham uma correlação inversa com a bolsa.   À medida que o crescimento econômico global diminui e as populações das economias de mercado desenvolvido envelhecem, ativos tradicionalmente mais seguros, como títulos, cresceram em popularidade e ajudaram a criar uma "bolha" no mercado de títulos que ameaça inviabilizar os retornos dos investidores que mantêm uma divisão típica de 60 a 40. A premissa básica de toda carteira 60/40 é que os títulos podem se proteger contra riscos ao crescimento econômico e as ações podem proteger contra a inflação. Mas essa suposição só foi verdadeira nas últimas duas décadas e, na maior parte, falsa nos últimos 65 anos.

Protestos estão na moda

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Em 2019 ocorreram protestos em várias partes do mundo. Foram grandes e muitas vezes manifestações violentas. Aconteceram no Líbano, Chile, Espanha, Haiti, Iraque, Sudão, Rússia, Egito, Uganda, Indonésia, Ucrânia, Peru, Hong Kong, Zimbábue, Colômbia, França, Turquia, Venezuela, Holanda, Etiópia, Brasil, Argélia e Equador, entre outros lugares, sem que exista uma relação quanto o grau de desenvolvimento, riqueza ou nível cultural. Qual seria o motivo? Uma matéria publicada pela Bloomberg aborda sobre esse assunto. Uma possibilidade é que tudo isso seja uma coincidência aleatória. Outra é que as notícias de tais protestos estão agora muito mais dispersas e, portanto, parecem mais difundidas. Mas também vale a pena considerar que causa ou causas esses protestos podem compartilhar - e mais importante, os meios que eles têm para espalhar sua preocupação. Um tema frequente são as pessoas que se opõem a um aumento de preço. No Equador, um ponto focal dos protestos tem sido a dema

Dependemos da sorte?

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A distribuição da riqueza segue um padrão bem conhecido, às vezes chamado de regra 80:20: 80% da riqueza pertence a 20% da população. De fato, um relatório do ano passado concluiu que apenas oito homens tinham uma riqueza total equivalente à dos 3,8 bilhões de pessoas mais pobres do mundo. Isso parece ocorrer em todas as sociedades, em todas as escalas. É um padrão bem estudado, chamado lei do poder, que surge em uma ampla gama de fenômenos sociais. Mas a distribuição da riqueza está entre as mais controversas por causa das questões levantadas sobre justiça e mérito. Por que tão poucas pessoas deveriam ter tanta riqueza? A resposta convencional é que vivemos em uma meritocracia na qual as pessoas são recompensadas por seu talento, inteligência, esforço e assim por diante. Com o tempo, muitas pessoas pensam, isso se traduz na distribuição de riqueza que observamos, embora uma boa dose de sorte possa desempenhar um papel. Mas existe um problema com essa ideia: enquant

Tomografia para fundos de investimento

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Ao escolher um fundo para investimento quase a totalidade dos investidores, bem como dos gestores, baseiam no retorno passado. Não é só isso, mas é muito importante. Contrariamente, provavelmente você não investiria num fundo que vem perdendo! Toda lamina contendo as informações de um fundo contem em letras minúsculas os dizeres “resultados passados não são garantia de resultados futuros”. Mas, posso dizer por toda experiência que, em algum momento o gestor vai errar, e isso você não sabe de antemão. Em uma de minhas pesquisas recentes, tive acesso ao resultado de um estudo acadêmico que me surpreendeu. Em 2005, três acadêmicos publicaram um artigo notável. "Julgando os gestores de fundos pela empresa que mantêm em seu portfólio", de Randolph Cohen, Joshua Coval e Lubos Pastor, revelando um método poderoso de prever o desempenho futuro dos fundos de ações nos EUA. Quando os autores classificaram os fundos pela nova medida do artigo, a porção que continha os fund