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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Nem tudo vira moda

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Tenho acompanhado a explosão do mercado de ETF no mercado americano. Para quem não conhece, ETF é negociado como uma ação, cujo ativos são compostos de acordo com um determinado índice. Por exemplo, o ETF SPY, equivale a compra das 500 ações que a compõe o SP500, exatamente na proporção estabelecida. A grande vantagem é a facilidade de negociação, liquidez e baixos custos. Uma pesquisa feita com os investidores institucionais americanos apontou 3 pontos para sua preferência. A Greenwich Associates que elaborou esse trabalho, reportou que essa categoria de investidor, detêm 25% de seus ativos em ETFs, um crescimento significativo dos 18,5% de 2017. 1)       Turbulência dos mercados As empresas pesquisadas disseram que administrar riscos e retornos é de longe sua principal prioridade, quando a turbulência tomou conta dos mercados. As tensões entre EUA e a China é elevada, o processo do Brexit continua instável, e receios sobre a economia chinesa e sua dívida, cresceram.

Bota fogo!

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Um estudo elaborado pelo Centro Alemão para a Política Europeia (CEP), aponta que o euro, tem sido um sério obstáculo para o crescimento econômico de quase todos seus membros. A Alemanha e a Holanda, no entanto, se beneficiaram enormemente do euro nos 20 anos desde o seu lançamento, mostrou o estudo. O crédito acionado pela moeda e o investimento crescem, ampliando os benefícios do ambiente de taxas de juros baixas da Alemanha em toda a periferia do bloco. No entanto, essas dívidas tornaram-se difíceis de sustentar após a crise financeira de 2008, com a Grécia, Irlanda, Espanha, Portugal e Chipre forçadas a buscar ajuda financeira à medida que o crescimento desacelerou e o financiamento tornou-se escasso. De acordo com o CEP, durante todo o período desde 1999, os alemães ficaram cumulativamente mais ricos em € 23.000, do que teriam sido, enquanto os holandeses em € 21.000, mais ricos também. Para comparar, italianos e franceses ficaram cada um € 74.000 e € 56.000 mais p

Você investiria numa SPAC?

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Antes que meu amigo pergunte, SPAC – Special Purpose Acquisition Company , são empresas formadas por indivíduos para facilitar investimentos em IPO. Você investiria em uma empresa que não pudesse lhe dizer qual é o seu negócio? O Wall Street Journal publicou uma matéria sobre esse veículo. Alguns, na verdade, estão fazendo isso em quantias recordes. As empresas de cheques em branco, também conhecidas como empresas de aquisição de propósito específico, ou SPACs, são companhias listadas que levantam dinheiro de investidores para ir e comprar uma empresa ainda não identificada. Os retornos para os investidores podem ser enormes, mas, em média, não são excelentes. Investir às cegas parece ser tão arriscado quanto pinta. Em 2017, houve quase US $ 14 bilhões em novas ações listadas em cheques em branco, um recorde, superando a emissão global de US $ 12,3 bilhões em 2007, e dando a impressão de que, tudo está em alta. Entre 2007 e 2017, as listagens foram menores e

Tirando o bode da sala

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No post  saindo-de-fininho , aventei a hipótese do presidente Trump escolher um entre os dois focos de sua batalha: a imposição de tarifas aos chineses, ou as negociações com a Europa sobre a importação de automóveis. O mundo em geral ficou focado no primeiro pois as negociações estão em andamento. Também no post acima, mencionei que parecia mais provável que o foco saísse da China e migrasse para a Europa, haja visto que, os mercados tinham dado seu recado da sua preferência (ou qual a se evitar), com quedas importantes que ocorreram na bolsa de valores até dezembro de 2018. Na noite de domingo, o presidente Trump, antes que fosse anunciado o vencedor do Oscar, afinal queria todo foco para si, publicou o Twitter abaixo. Notem que, já anunciou o local para comemorar o proclamo. Deve estar feliz da vida, pois desde que “acomodou” sua estratégia em relação a China, o SP500 subiu aproximadamente 15%. Do lado Chinês, a bolsa desse país também subiu substancialmente,

Bolhas discretas

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Durante a existência desses 7 anos, o Mosca já acompanhou algumas bolhas que ocorreram no mercado financeiro. Talvez a que causou maior impacto foi a do bitcoin. A pouco mais de um ano, essa cryptocurrency tocou na cotação de U$ 20.000. Naquele momento, somente os pessimistas poderiam prever um colapso em seu preço. Não se passava um único dia, no qual as pessoas envolvidas nesse mercado, ou mesmo os curiosos, consultavam quanto estava valendo. Percebi que agora nem acompanho mais. Confesso que abri meu aplicativo para saber qual nível se encontrava, um pouco acima da mínima atingida recentemente, hoje vale aproximadamente U$ 4.000. Para quem ainda tem algum interesse, o gráfico abaixo conta um pouco da história dessa bolha, antevista pelo Mosca. Desde então, não tive conhecimento de nenhum ativo que tivesse entrado num frenesi semelhante. Mas assim como tem as bolhas espalhafatosas existem também as discretas. Na verdade, essa qualificação é função do interesse do p

Past copy

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Ontem foi publicada a minuta da última reunião do Fed realizada no final de janeiro. Foi nessa reunião que a autoridade monetária externou sua dúvida sobre a possível alta de juros neste ano. Extrai alguns trechos que considero interessantes, a fim de analisar o que se poderia, ou não poderia esperar – Quem dá menos! Tema do Mosca para 2019. “Os participantes observaram que alguns riscos para o lado negativo aumentaram, incluindo as possibilidades de uma desaceleração mais acentuada do que o esperado no crescimento econômico global , particularmente na China e na Europa, um rápido declínio dos estímulos da política fiscal ou um novo aperto nas condições do mercado financeiro. Um aumento em algumas incertezas de políticas governamentais estrangeiras e domésticas, incluindo aquelas associadas ao Brexit, uma escalada nas tensões da política de comércio internacional e o potencial para paralisações adicionais do governo federal estendido também foram citadas como riscos descenden

Engenharia Financeira

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Eu nunca entendi bem porque as pessoas usam o termo engenharia financeira para operações que visam pagar menos impostos. Talvez o nome mais correto devesse ser matemática fiscal. Em todo caso, independentemente desse detalhe, as companhias usam consultores com o objetivo de reduzir os impostos de forma legal (nem todos!). Essa prática é totalmente aceitável, haja visto que, a legislação tributária, contem falhas que permitem essa estratégia. Isso faz com que, exista uma espécie de competição entre empresas do mesmo setor, ou mesmo empresas do mesmo porte, em busca de lucros maiores. No final da linha, o objetivo é aumentar a rentabilidade para o acionista. A mídia tem uma influência grande na divulgação dessas “espertezas” no bom sentido. Quando os ganhos são pequenos em montante, ou é generalizado, o impacto nos meios de comunicação é pequeno, agora quando se trata de uma empresa como a Amazon, o buraco é mais embaixo. O presidente Trump nunca escondeu seu desdém pel

Surpresas antigas

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As vezes nos surpreendemos com determinadas notícias, mais pelo seu impacto, do que pelo fato em si. Acredito que não seja surpresa para ninguém que, pelo sucesso obtido pelas empresas tipo Uber, que permitem o compartilhamento de veículos, causariam impacto na indústria automobilística. Entre os mais jovens é nítido o desapego por bens, e o automóvel não é exceção. Na minha casa, entre meus filhos e os da minha esposa, dois de seis não possuem carro. Um percentual de 33% sobre uma amostra grandeeeee! Hahaha ... Não bastasse eles, eu acabei vendendo meu carro, e ficamos somente com um. É verdade que, com a idade, não se usa tanto o automóvel, mas posso garantir que fiz uma ótima decisão, tanto financeiramente como em termos de comodidade. Dito isso, e considerando que nós não somos a única família que agiu dessa forma, não seria previsível que a venda de automóveis sofreria uma queda? Pois bem, uma matéria publicada pela Business Insider reporta que os EUA poderiam en