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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Concorrência a vista #nasdaq100

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  Sempre que existe sucesso em algum produto ou ideia que atrai muita gente, o surgimento da concorrência é questão de tempo. A história é repleta desses casos, e na maioria das vezes quem permanece na dianteira não é quem inventa. Mesmo na era digital, eu acredito que o mesmo fenômeno deva acontecer, e o melhor exemplo são as criptomoedas que têm chamado a atenção dia a dia. O Bitcoin vem tentando se firmar como moeda — embora ainda esteja longe de adquirir esse status, dada sua pequena penetrabilidade e principalmente elevada volatilidade. Agora o que ocorreria se alguém como o Fed resolvesse criar uma moeda digital — o Fedcoin? É esse o assunto que trago hoje com um artigo de Noah Smith na Bloomberg. A secretária do Tesouro, Janet  Yellen, mencionou recentemente  a ideia de criar o chamado dólar digital — uma nova forma de moeda eletrônica que facilitaria o sistema de pagamento para os americanos e, presumivelmente, competiria com o Bitcoin e outras criptomoedas. Mas há pouca

Quando os países querem a mesma coisa #eurusd

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  Antes de mais nada, vale uma explicação dos efeitos da taxa de câmbio na economia. Quando uma moeda se valoriza em relação a outra, os produtos importados pela primeira ficam mais baratos enquanto os produtos exportados mais caros. Isso parece difícil de entender à primeira vista, vou dar um exemplo. Suponha que a taxa de câmbio entre o país A e o país B seja A/B = $1,00. Agora imagine a seguinte relação de trocas: - país A vende para B canetas cujo preço é RA = $ 2,00. Fazendo o câmbio na cotação atual, as canetas custam RB = $ 2,00 - país B vende para A softwares cujo preço é RB = $ 10,00. Efetuando o câmbio na cotação atual, os softwares custam RA = $ 10,00 Vamos imaginar que a moeda A se valorize 10% em relação a B, desta forma a cotação passa a ser agora A/B = $ 1,10 Vamos ver o que acontece com os preços dos produtos em cada país, com essa nova cotação. As canetas no país B passam a custar mais caro, de RB = $ 2,00 para RB = $ 2,20, enquanto o software no país A pas

Você sabe o que é NFT? #Ibovespa

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  O leitor poderia se perguntar por que é importante saber o significado dessa sigla. A resposta está no texto a seguir. O significado em inglês, Non-Fungible Token ou Tokens não fungíveis, aplica-se a ativos digitais que representam uma ampla gama de itens tangíveis e intangíveis únicos, desde figurinhas esportivas colecionáveis até imóveis virtuais. Um dos principais benefícios de possuir um colecionável digital versus um colecionável físico como um cartão Pokemon ou uma moeda rara cunhada é que cada NFT contém informações que a tornam distinta de qualquer outra NFT e facilmente verificável. Isso torna inútil a criação e circulação de colecionáveis falsos porque cada item pode ser rastreado até o emissor original. Ao contrário das criptomoedas regulares, os NFTs não podem ser diretamente trocados entre si. Isso porque nenhum dos dois NFTs são idênticos – mesmo aqueles que existem na mesma plataforma, jogo ou na mesma coleção. Pense neles como ingressos para o festival. Cada in

Saiu mal na fita #SP500

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  Jim Reid, do Deutsche Bank, publicou um extenso estudo — 800 anos! — sobre a inflação em diversos países. Afinal, esse é o assunto mais quente do mercado. O relatório de hoje mostra que, na maioria de nossas vidas, vivemos um período muito inflacionário em relação à história de longo prazo, mesmo que nem sempre tenha sido assim, especialmente nos últimos anos. Antes do início do século XX, os preços geralmente aumentavam muito lentamente ao longo do tempo e, na verdade, costumavam ficar estáveis ​​ por longos per í odos. Por exemplo, no Reino Unido, o n í vel geral de pre ç os permaneceu praticamente inalterado entre 1800 e 1938. No entanto, a infla çã o subiu em todo o mundo em vários momentos do século XX. Os preços do Reino Unido desde 1938 aumentaram em um múltiplo de 50 (+ 4885%) e, dos 25 países onde temos dados de inflação contínua até 1900, o Reino Unido é na verdade um de apenas 5 países da amostra a não experimentar inflação extrema em um determinado ano (nós definirmos

Pré-julgamento #usdbrl

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  Neste final de semana, participei de um call sobre criptomoedas. Um grupo de colegas me perguntou se conhecia alguém para explicar como funciona o bitcoin. Eu indiquei Alexandre Vasarhelyi, um colaborador da época de Deutsche Bank hoje sócio da empresa BLP, que possui um fundo para esse fim. Foi excepcional. Vasarhelyi fez uma exposição excelente e mostrou profundo conhecimento sobre o assunto. A maior parte dos participantes ficou propensa a fazer uma aposta. Mas antes de se animarem, vejam meus argumentos a seguir. Eu continuo com uma visão cética sobre o bitcoin, mas se cada vez mais pessoas acreditam, isso indica que ainda pode valorizar mais. Esse é o princípio da análise gráfica, e se eu consigo fazer uma avaliação, qual a diferença sobre outro ativo? Mas talvez o que mais justifica um envolvimento é que existem 8.000 “moedas” diferentes, cujo objetivo não é o mesmo que o bitcoin. Como enfatizou Vasarhelyi “eu não sei qual dessas moedas irá continuar no futuro, pode até