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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Flash Back mesmo!

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Faço uma aposta com os leitores com menos de 40 anos. Algum de vocês já viu (ou sabia que existia) cofres de aluguel nos bancos? Se a estatística der mais de 10% ofereço um ano de subscrição grátis do Mosca com direito a todos os vídeos de Youtube do moscatrend!   Outro dia estava com minha filha e perguntei quanto ela carregava de dinheiro na carteira para uma eventualidade. Sua resposta foi 0 e disse “isso é coisa do passado”. Num mundo digital onde as transferências se tornam cada vez mais acessível e sem custo, porque haveria alguém de ir a uma agência bancaria, ou caixa eletrônico correndo o risco de ser assaltado para sacar dinheiro? Mas não é isso que está acontecendo na Europa e principalmente na Alemanha. Os indivíduos cada vez mais estão carregando euros em papel moeda. Mas não somente as pessoas, os bancos ao invés de depositar suas reservas no BCE com juros negativos, preferem manter em espécie. O volume em dinheiro físico dos bancos alemães, atingiram um

Contágio não contabilizado

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O assunto do momento é o coronavírus, com toda razão de ser, pois seu desenrolar pode ter serias consequências a população e aos mercados. Embora o contagio se dá com maior intensidade na China por razões óbvias, outras regiões estão sentindo a contaminação de outra forma, através dos mercados.   As consequências do mortal coronavírus estão atingindo os emergentes, um sinal de ceticismo de que a economia mundial possa facilmente se recuperar do seu pior ano em uma década. Após semanas de esperança de que um agente comercial impulsionasse a economia global, os investidores recuaram das apostas em commodities e mercados emergentes dependentes do consumo chinês. Nos oito dias de negociação até quarta-feira, o cobre industrial caiu mais de 10% e o petróleo Brent, o indicador global dos preços do petróleo, caiu quase 7,5%. Os preços mais baixos dos materiais ameaçam o crescimento de países produtores como Chile e Brasil, e as moedas desses e de outros mercados emergen

O sinal do Dr. Cooper

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Existe uma crença no mercado que, para saber como anda a economia global, veja o que acontece com o preço do cobre, essa commoditie seria o “médico a ser consultado”. O maior fabricante dessa commoditie é a empresa Freeport-McMoRan que pegou uma carona no assunto coronavírus. Suas ações estão à beira de um mercado de baixa (queda de 20%), já que a mesma, alertou sobre a queda dos preços do cobre devido a preocupações com o coronavírus, que afetou gravemente a economia da China. O presidente-executivo da empresa, Richard Adkerson, disse em uma entrevista na terça-feira que o surto de coronavírus na China é um "verdadeiro evento do cisne negro" para a economia global. A China é a maior compradora de metais industriais do mundo e, com grandes setores do setor industrial fechados por causa do vírus e do feriado, a demanda entrou em colapso, reduzindo os preços nas últimas dez sessões, a maior série de perdas desde 1986. No histórico de preços dos últimos

E agora José?

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Um artigo da Bloomberg busca comparar a situação atual do coronavírus com outros momentos de mercado buscando alguma luz do que pode se esperar. O desenrolar de surtos semelhantes de doenças nas últimas décadas seguiu um modelo de mercado reconhecível: existe uma venda de ativos de risco que dura até que a preocupação chegue a um crescendo, em seguida o surto fica sob controle. No momento seguinte é hora de uma recuperação. As vendas causadas por epidemias anteriores criaram oportunidades de compra. Esse é claramente o caso base que muitos investidores ainda estão usando, e a queda de 1,62% do S&P500 na segunda-feira, no índice MSCI All-World, não parece excessiva. Mas mesmo que o coronavírus tenha sido inegavelmente o catalisador dos declínios dos últimos dias, há outras coisas em andamento? Se olharmos para o gráfico a seguir, podemos ver que essa reversão é notavelmente semelhante a uma que começou na mesma data há dois anos. Nas duas ocasiões, o índice S&P 500 s

O imprevisível

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Desde que os principais riscos de mercados foram minimizados, as bolsas ao redor do mundo iniciaram um movimento de alta, quase que sincronizada. Depois de ficar em “banho Maria” por diversos meses anteriormente, o SP500, ícone mundial, rompeu seu limite anterior e imprimindo novas máximas diariamente. Os investidores que estavam céticos passaram a comprar ações, afinal, o que poderia dar errado? Por outro lado, os parâmetros técnicos indicavam cautela. Nesse caso, tanto a bolsa brasileira, o Ibovespa, bem como o SP500, estavam se aproximando de níveis que indicavam forte resistência, conforme eu frisei nos posts e Youtube, durante algumas semanas. Num cenário benigno o investidor procura razões para desconfiar da alta, e acaba chegando à conclusão que nada pode interromper a ascensão. Na verdade, a mente humana é traiçoeira nesses momentos, pois busca eliminar pensamentos que levam ao sofrimento. O que não se considera nessas situações é que o imprevisto faz parte da vid

Seus dez mais dez

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Ao ouvir essa frase sabemos que se trata de um repique no jogo de poker. Essa situação acontece quando um dos jogadores tem um jogo muito alto, considerando seus oponentes, e um deles faz uma aposta dando oportunidade para se dobre sua aposta. Será que o retorno dos investimentos continuara a ser tão elevado quanto nos últimos anos? Um artigo publicado Michael Batnick, levanta esse assunto para o mercado americano. A perspectiva de menores retornos futuros para investidores nos EUA é dita há anos. A tese por trás disso é bastante direta; altos retornos recentes, juntamente com altas avaliações no mercado de ações e baixas taxas de juros no mercado de títulos, não conduzem a retornos acima da média. Considere o seguinte: Uma carteira apenas nos EUA 60/40 – 60% em ações e 40% em bonds, acumulou 10,5% nos últimos 10 anos. O CAPE (*) ratio é de 30,9 O título de dez anos está atualmente rendendo 1,8% (*) O CAPE ratio é uma medida de avaliação que usa o lucro re

A recente alta da inflação preocupa?

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A alta das proteínas no final de 2019 impactou a inflação dos últimos dois meses, criando algum temor que uma elevação de preços em níveis superiores aos objetivos traçados pelo governo, pudesse ocorrer. Em dezembro, o IPCA subiu 1,15% terminado o ano em 4,31%, ligeiramente superior a meta de 4,25%. Uma análise mais detalhada dos subitens desse relatório, leva a crer que, não existe qualquer suspeita do retorno da inflação, ficando restrito a elevação substantiva do preço da carne. Hoje foi publicado o IPCA-15 do mês de janeiro em 0,71%, muito próximo a expectativa do mercado em 0,71%. Em bases anuais manteve-se próximo ao nível anterior de 4,34%. Destaque para desaceleração do grupo Alimentação e Bebidas (2,59% para 1,83%), contando com o arrefecimento mais célere do item carnes (17,71% para 4,83%). Os preços livres (1,06% para 0,82%) contaram com a desaceleração do subgrupo de alimentação no domicílio (3,62% para 2,30%) e dos serviços (0,61% para 0,49%). O

Insiders na contra mão

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Eu raramente tive informações privilegiadas em minha vida profissional, em alguns dos casos decidi não usá-las pois temia algum tipo de represália. No passado era comum era comum essa prática no mercado brasileiro. Certa vez, um alto executivo de um banco, detinha em mãos o teor de uma medida a ser adotada pelo governo. Caso fosse implementada, teria impacto sobre as taxas de juros vigentes. Com essa informação, resolveu se posicionar considerando essa informação. Acontece que sua fonte devia ser um dos membros do grupo que participaria dessa decisão. Esse grupo acabou tomando medidas diferentes que levaram o mercado em direção oposta. Ao receber um exemplar do documento original disse: “está errada eu tenho uma cópia do original”. Acontece que a dele não era assinada e o grupo tomou uma decisão diferente. Como se diz em linguagem coloquial o tiro saiu pela culatra. A Pesquisa Anual Global de CEOs da Price waterhouse Coopers (PWC) revelou que o pessimismo entre mais d

Qualquer motivo é um motivo

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As bolsas ao redor do mundo estão em trajetória ascendente nos últimos meses. Pouco a pouco, o risco de uma recessão foi perdendo força, além dos riscos de uma eventual ruptura do Brexit na Inglaterra e um não acordo parcial entre EUA e China foram colocados de lado. Como se houvesse uma transformação total, os argumentos negativos são substituídos pelos positivos, e a sensação que começa a prevalecer é que nada pode fazer o mercado recuar. O céu passa a ser o limite. Um novo vírus apareceu na China, o Wuhan, que levou a morte 6 pessoas e 15 médicos foram infectados. Semelhante ao SARS, as autoridades chinesas confirmaram que o Corona vírus pode ser transmitido por contato humano, e a doença mortal está se espalhando para outras nações asiáticas. Na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, alguns casos foram observados fazendo com que as autoridades temessem as repercussões do SARS em 2018. A consulta sobre esse assunto cresceu muito recentemente. As bolsas ao redor