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Mostrando postagens de setembro, 2019

Primeiro Lugar

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A autoestima dos brasileiros é bastante baixa. Uma reflexão sobre os motivos nos leva a algumas hipóteses: será fruto de décadas de admiração dos importados? (quando eu era jovem qualquer produto americano era considerado o máximo, lembram da calça Lee?); será a elevada corrupção que vivemos nessas últimas décadas? (ou desde 1500!); ou serão os resultados globais, onde na grande maioria das vezes nos encontramos nos últimos lugares? Vocês devem estar curiosos para saber o que teria feito o Mosca escolher esse título? Pois bem, a Bloomberg realizou um trabalho para identificar qual seria a moeda mais beneficiada caso um acordo entre EUA e China for assinado. O real será a moeda emergente mais forte no caso de um acordo, enquanto o baht tailandês e o shekel israelense estão entre os que menos responderem, mostra uma análise da Bloomberg. Com base na sensibilidade ao yuan, durante os períodos de mercados direcionados pelo fluxo de notícias comerciais, as moedas exportad

Efeito colateral

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Estamos acompanhando a abertura do processo de impeachment contra o Presidente Donald Trump – sempre ele chamando a atenção! Desta vez parece que se meteu numa enrascada com consequências mais sérias. A Presidente da Câmera dos deputados, Nancy Pelosi, que é do Partido democrático, está no comando desse processo. O risco existe para os dois lados: no do presidente o impacto na sua intenção de reeleger, do lado dos democratas, se o mesmo for inocentado, os eleitores poderiam alegar que o processo foi uma caça às bruxas por democratas vencidos. É importante frisar que o partido republicano tem a maioria do Senado o que diminui as chances de seu impeachment. É quase certo que um processo de impeachment será iniciado contra o presidente Donald Trump. Embora o resultado seja incerto, os mercados financeiros atualmente assumem que Trump terá pouco tempo para outras questões até as próximas eleições e que sua situação política enfraqueceu consideravelmente. Na realidade, isso

O prejuízo que dá lucro

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Não é a primeira vez que o mercado entra na onda de emissão de ações através de um IPO. Na bolha do ano 2000, que se denomina como Dot-Com, várias empresas abriam seu capital através desse processo. Naquele momento, a métrica para valorização era o número de acessos por parte do público. Após atingir uma máxima em março daquele ano, o índice Nasdaq Composite, que reúne ações em sua maioria da área de tecnologia, caiu 75% durante 2 ½ anos, como se pode ser visto no gráfico abaixo. Mais recentemente a onda são as Unicorns, empresas cujo valor é superior a U$ 1,0 bilhão, que pipocam diariamente na bolsa americana. A Bloomberg publicou um artigo com título sugestivo: As companhias com prejuízo correspondem as maiores emissões desde a era Dot-Com . As ações não lucrativas da classe de IPOs de 2019 já levantaram o maior volume de recursos de qualquer ano, desde pelo menos 2000. E ainda há mais por vir: outras 107 empresas registradas em 2019 para abrir seu capital, entr

Dois pesos duas medidas

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O lucro de uma companhia pode variar tremendamente em relação a uma outra, até dentro do mesmo setor. O mesmo se aplica entre setores, mas algo estranho aconteceu nos EUA. Os lucros operacionais para a economia geral permanecem praticamente estáveis desde 2014. No entanto, durante o mesmo período de 5 anos, estima-se que os lucros operacionais das empresas do SP500 aumentaram em um terço. Os dados de lucros mostram um aumento dos ganhos para as empresas que compõem o índice SP 500, enquanto os lucros de milhões de outras empresas estão estagnados, se não estiverem em contração. Como pode ser? Os ganhos das empresas do SP 500 são "reais" ou os artifícios contábeis estão inflando-os? De acordo com os dados de lucro corporativo do Bureau of Economic Analysis (BEA), os lucros operacionais de todas as corporações dos EUA (grandes e pequenas e públicas e privadas) totalizaram US $ 2,13 trilhões no segundo trimestre de 2019 (em azul), essencialmente inalterados em rel

De mal a pior

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A Europa tem um problema crônico cuja sua solução é difícil para não dizer impossível. Quando da implantação da moeda única. Foi cometido um erro clássico ao tentar manter um câmbio fixo para países tão diferentes. Os políticos tinham o desejo de equalizar essas economias. Para um observador de fora parecia algo inviável, como fazer para um italiano ser tão competitivo como um alemão, ou o trabalhador francês aceitar as regras de mercado em seu contrato de trabalho. Para não implodir o sistema, e depois da grande recessão de 2008, o BCE tomou medidas no sentido de desvalorizar o euro. Essa ação beneficiou pouco os países do Club Med (lembram da nomenclatura?), em detrimento de subsidiar a indústria Alemã. Como o consumo dentro do bloco cresce de forma anêmica, esse último país resolveu descarregar sua produção através das exportações. Esse é nitidamente um equilíbrio instável, pois qualquer problema externo afeta a maior economia do bloco que por sua vez transborda seus e

O voto do robô

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Ultimamente pouco se tem comentado sobre a evolução dos robôs, com a crescente preocupação do mundo estar à beira de uma recessão, este assunto foi colocado de lado. Porém como um exército que marcha rumo ao seu destino, os robôs continuam a substituir os humanos.   A campanha de Donald Trump foi baseada na ideia que os empregos transferidos dos EUA para a China deveriam voltar ao país de origem. A guerra comercial travada entre esses dois países é uma tática usada pelo presidente americano nesse sentido. Porém, a situação do mercado de trabalho Chinês já não é mais a mesma que se imaginava no passado. Desde a virada do século, o crescente domínio econômico da China certamente parece um mandato do céu. Como um setor manufatureiro dos EUA foi destruído pelo chamado Choque da China, os trabalhadores americanos viram seus empregos desaparecerem. Mas muita coisa mudou desde o início dos anos 2000. A China não é a força invencível que era antes. De acordo com a empresa de

Acabou a moleza

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O post de ontem é um alerta aos investidores que daqui em diante será necessário correr mais risco em seus investimentos. Se essa não for sua decisão e ainda quiser manter a tranquilidade do CDI é importante estar consciente que não ganhar é quase o mesmo que perder, e que daqui alguns anos, quando encontrar um amigo que fez a mudança, vai ter que ouvir suas histórias de como foi astuto ao mudar seus investimentos. Mas como fazer essa transição? Primeiro e mais importante é saber que seu horizonte de avaliação terá que se alongar, pense em prazos de 2 anos ou mais para começar; segundo que terá que descobrir seu perfil de risco e montar uma carteira com alocação compatível com suas necessidades (os bancos mais aparelhados poderá te ajudar); e por último esqueça do x% CDI, isso ficará fora de moda daqui a pouco, será substituído por CDI + x%. Recomendo também a leitura de material internacional sobre Asset Allocation . Um artigo acadêmico que tive acesso no passado chegou à

Procura-se uma porta de entrada

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Vou começar com alguns comentários adicionais relativos a decisão do Fed de ontem. O impacto de uma maneira geral sobre os mercados foi neutro não ocorrendo nenhum deslocamento mais importante. Sobre as projeções futuras explicitadas a cada trimestre, o mercado tem dado mostras que não leva muito em consideração, preferindo ficar com suas próprias crenças. Nesse ponto, o histórico tende a dar mais razão ao mercado. Sendo assim, qual foi a conclusão do mercado: O Fed não tem a menor ideia do que espera para o futuro, basta ver a indecisão dos votos, mas sabemos que, se a situação piorar, irão baixar os juros e talvez até injetar mais recursos. Como nós acreditamos que a economia vai, e já está desacelerando, os juros vão cair, ponto! O que pode dar errado na aposta do mercado? No ver do Mosca são 4 os riscos: 1.        Estímulos fiscais principalmente na Europa – Esse assunto já está sendo ventilado, e nesse caso, seria ruim para os bonds, mas não tanto para as