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Mostrando postagens de março, 2016

Cabo de guerra

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Antes de iniciar o assunto do post, queria comentar uma frase pronunciada pela Dilma hoje, no encontro com artistas e intelectuais – depois é bom verificar essa lista -, ao dizer que: ..."seus antecessores deveriam ter sofrido impeachment por pedaladas”... Ela provavelmente não percebeu, mas já assume ser destituída do cargo. Em todo caso, a frase da Presidente me fez lembrar aquelas situações que nossos filhos, ao irem mal numa matéria, argumentavam que todos seus colegas também foram! Eu me recordo, que nessas situações dizia que esse argumento não interessava, pois eles não passariam de ano ao se compararem aos outros. Para mim, a Dilma já era! O Temer pode se preparar para assumir, desde que não haja tempo hábil para julgar se houve recursos para a campanha que não foram declarados, o que sem dúvida existiu. Vocês já brincaram de cabo de guerra? Claro que sim. Quando prestei serviço militar eram comuns estas disputas, quem perdia, tinha que pagar em flex

Piano piano se va lontano

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A Presidente do FED, Janet Yelen, fez alguns comentários ontem, no Economic Club de New York, dizendo que as incertezas globais garantem um enfoque cauteloso na política monetária. Esses comentários são posteriores aos de outros diretores do FED que estão otimistas com a economia americana, deixando a porta aberta para elevação de juros já na próxima reunião de abril. O Deustche Bank fez uma estatística de quantas vezes os assuntos internacionais são mencionados por Yellen em seus discursos, veja a seguir. Embora os argumentos entre Yelen e seus diretores não sejam totalmente conflitantes, uma vez que a economia americana pode estar indo bem e a global não, o resultado final é. O que os investidores querem saber é, se o FED irá ou não subir os juros e quando, os argumentos para tal decisão são problemas deles! O mercado resolveu apostar na Yellen e praticamente eliminou qualquer alteração nos juros na próxima reunião de abril, as chances agora são de 5%. Os mercados reagi

Alta tensão

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Agora como é certo o desembarque do PMDB do governo, a probabilidade do impeachment deve se elevar a cada hora. Qualquer político sabe que não consegue fazer nada sem apoio, que pode ser do governo ou da bancada de deputados ou senadores. No momento atual, os partidos aliados do governo, têm um compromisso de apoio desde que possam vislumbrar benefícios. A partir do momento que a chance do governo ser destituído se eleva, porque manteriam seu apoio, se no novo governo serão considerados como inimigos? É o que se denomina em economia de ciclo virtuoso ou efeito manada, a cada deputado ou senador que adere a favor do impeachment, aumenta a chance dos indecisos também aderirem. Fiquei pensando, como o PT e seus correligionários reagirão daqui em diante, ao ver a nave sucumbir. A minha mente remete ao imperador Romano Nero, que segundo dizem as lendas, resolveu colocar fogo em Roma, uma vez que o senado romano havia indeferido seu projeto para construir um complexo palaciano. Será q

Liquidez em local errado

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Aconteceu a crise de 2009 e os bancos centrais imprimiram quantias elevadas de dinheiro. Para onde esse dinheiro foi, e por que não gerou crescimento global? Com essa pergunta começa um relatório do Deustche Bank. Um volume considerado de dinheiro criado desde de 2009, foi usado pelos bancos centrais na compra de ativos financeiros. Assim, uma resposta é que as autoridades monetárias derrubaram as taxas de juros e elevaram os preços das ações, de uma forma direta (Japão) ou indireta (USA e Europa). Adicionalmente, uma boa quantidade de recursos criados, incentivou os empréstimos na economia. Entretanto, boa parte desse aumento foi originado pelas empresas e pouco pelos consumidores. Nesses empréstimos, as companhias ao invés de usarem para novos investimentos, o objetivo era recomprar suas próprias ações, o que ajudou na alta da bolsa. Assim, a resposta à essa questão é que, a ação dos bancos centrais desde 2009, criou uma significativa inflação de ativos via compras diretas

Helicópteros sem limites

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O Mosca usou o termo “helicópteros” indiscriminadamente, para indicar ações dos bancos centrais ao redor do mundo, injetando liquidez no sistema global. Essa nomenclatura deve-se a um discurso feito por Bernanke, conforme será descrito logo abaixo. Ela tornou-se popular nos últimos anos, e é fundamentado pelo economista Milton Friedman. O artigo a seguir foi publicado na Bloomberg, e tem como objetivo, revelar na sua forma original o que esse termo significa. No texto existem vários economistas defendendo seu uso, bem como, outros alertando para os riscos de uma ação nunca antes experimentada. Depois de mais de 600 cortes de juros e US $ 12 trilhões em compras de ativos, não ter conseguido elevar a inflação, os bancos centrais podem precisar entrar de cabeça, ainda mais fundo, em território desconhecido. A maneira de tirar o mundo da sua rotina desinflacionária poderia ser através de financiamento direto de estímulo para o governo - uma estratégia conhecida como “jo

Um E.T. bate a sua porta

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O título de hoje do Mosca é figurativo, meu objetivo foi simplesmente passar uma mensagem de mudanças que deverão acontecer nos próximos anos. Já fiz alguns posts comentando sobre a substituição de empregos por robôs, e esse processo vem tomado um rumo crescente. Foi publicada uma pesquisa com os americanos para saber quais eram suas expectativas sobre a substituição de trabalhos por robôs. Como pode-se observar, a maior parte, inclusive dos trabalhadores, acredita que a maioria dos empregos serão executados por A.I., um acrônimo usado para os robôs. Num mundo de baixo crescimento, mesmo os trabalhos de baixa especialização, é apropriado a substituição de empregos efetuados por humanos por robôs /drones, para cortar custos. Um exemplo disso pode ser observado na cidade de Seatlle, onde recentemente, por conta de um elevação do salário mínimo,  o emprego recuou. Vejam o que ocorreu. Além do McDonalds que já se moveu nesse sentido, instalando caixas robotizadas, a empr

Bipolar

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Com um fim de semana mais calmo que os anteriores, em consequência do desenrolar da operação lava-jato, retorno a assuntos mais voltados a economia. Isso não significa que haverá uma estabilização política, longe disso, apenas um refresco como se diz na gíria. No post de sexta-feira frisei que comentaria hoje sobre as informações mais recentes da economia americana. Um relatório elaborado pelo banco Goldaman Sachs, enfatiza que os últimos movimentos da maioria dos BC's, parece uma tentativa coordenada para aliviar as condições financeiras, e ao mesmo tempo, evitar uma pressão maior na moeda americana, em especial ao yuan Chinês. Mas a economia americana está numa posição cíclica mais forte que seus pares, fazendo com que, esse episódio tenha curta duração. Esse banco está mais confiante que, tantos os salários como a inflação começaram a subir. Acreditam que, ao final desse ano, um crescimento acima da trajetória, será menos desejado. No gráfico a seguir, com sete med

No limite

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Peço desculpas aos leitores se boa parte do material do Mosca ultimamente está mais para um blog jurídico e policial, que econômico. Mais por outro lado, é inegável que esses acontecimentos podem ter repercussões importantes em nossa economia. Ontem ao assistir o Jornal Nacional, me vi contestando á TV quando Dilma falava na posse do Lula. Mas como controlar esse sentimento, ao se deparar com tantas mentiras? Eu sei que, quando sentimos raiva é porque já não existe a menor esperança que o outro mude, então é justo o que sinto. Mas ao refletir com um pouco mais de calma, percebi que o governo está se isolando cada vez mais. Sabe-se que Lula aceitou o Ministério para tentar salvar sua pele. Se conseguir assumir, não vai fazer nada, a única coisa que faz bem! A outra especialidade sua, que é mais rentável, se tornou muito perigosa pelo excelente trabalho do Moro. Não vai tentar nenhuma esperteza agora, mas como é um psicopata, nada está garantido! Em relação a Dilma, podia-se ver