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Mostrando postagens de outubro, 2017

FED sob nova direção

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Amanhã acontece a penúltima reunião do FED antes de terminar o ano. Não fosse dois eventos, esse momento seria de pouca importância. Os dois eventos a que me refiro são: a provável indicação de Jerome Powell como novo Presidente do FED, indicação essa que segundo Trump será anunciado na próxima quinta-feira, e a tão anunciada alta dos juros na reunião de dezembro. Em relação ao primeiro item, como Powell faz parte do grupo atual do FED, o que ele falar ou insinuar terá muita importância para o mercado. Sua formação é um pouco diversificada, a na academia estudou política, embora tenha trabalhado parte de sua vida na área financeira de Private Equity. Somente em 2012 ingressou no FED na função de Board of Governors , onde adquiriu experiência em política monetária. Certamente lhe falta fundamentos acadêmicos na área de macroeconomia, como também de mercado. Por outro lado, sua experiência política pode ser de ajuda na condução do Comitê. Provavelmente se apoiara nas opiniõe

Detalhes!

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Os bancos centrais do globo se empenharam para evitar um colapso financeiro, depois da derrocada do setor imobiliário americano. Através de injeções enormes depois de quase uma década, uma melhora se observa mais recentemente. Por todas as métricas que se pode avaliar essa recuperação é muito mais anêmica que as anteriores, mas o desastre foi evitado. Por outro lado, os ativos de maneira geral passaram por fortes altas beneficiando seus detentores. Isso ocasionou distorções importantes que são apresentadas a seguir.    Muitos louvam o Federal Reserve por suas ações para impedir uma possível depressão. As políticas da Reserva Federal certamente ajudaram a promover novos recordes de preços dos ativos financeiros em todo o espectro. Essas políticas resultaram em um ótimo aumento do patrimônio líquido dos americanos, porém criou o menor número de novos empregos de período integral e o menor aumento da renda real desde a Segunda Guerra Mundial. O gráfico abaixo mostra o patri

Persistir no erro é teimosia

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Ontem o BCE finalizou sua reunião mensal de política monetária. Suas decisões ficaram muito aquém, para quem acredita que o estimulo dado deva ser retirado, como é o caso do Mosca. Mas nem todos ficaram infelizes, os investidores que tem ações de empresas europeias viu esses ativos subirem 1,27% ontem, o que na volatilidade de hoje em dia é muito.   A compra de títulos continuará até setembro de 2018, embora em € 30 bilhões por mês a partir de janeiro - metade do ritmo atual. O corte foi de acordo com as estimativas dos economistas. O BCE se comprometeu a intensificar ou prolongar a compra, se necessário. O BCE também enfatizou que irá reinvestir o produto da dívida vencida por um período prolongado após o término do programa de compra de ativos. ..."Draghi conseguiu ser tão fraco como ele poderia ser no contexto de uma política cada vez mais fraca, e obteve a resposta natural de um euro mais fraco e de ações europeias mais altas"..., Daniel Murray, chefe de

Déficit HDL

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Nos exames de sangue que efetuamos regularmente um item muito observado pelos médicos é o nível de colesterol. Existe uma tabela que identifica os níveis de risco em função da idade. Alguns tipos de colesterol são piores que outros, isso significa que para um mesmo nível total, duas pessoas podem ter riscos diferentes. Certa vez numa consulta médica, quando tinha pouco conhecimento do assunto, meu médico disse “ puxa seu colesterol bom está alto”. Imediatamente pensei, como um coisa ruim alta pode ser boa? Hahaha .... Foram publicados hoje, os dados cambiais brasileiros, e os resultados continuam excelentes, a conta de transações correntes apresentou superávit de U$ 434 milhões. O mês de setembro costuma ser um mês de déficit, no ano passado foi de 500 milhões. Em 12 meses, o déficit passou para U$ 12,6 bilhões (0,63% do PIB), menor nível desde março de 2008, antes da grande crise. A entrada de Investimento Direto no País (IDP) alcançou U$ 6,3 bilhões, acumulando a marca de

Abrimos a Champanhe?

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As boas notícias vêm aparecendo em vários fronts da economia mundial. Parece que esse é um processo inexorável, sem toda via sabermos qual a sua real dimensão. Mas melhor assim que ao contrário. É bem verdade que depois de um período extenso de marasmo qualquer marolinha parece uma Tsunami. Aqui quero enfatizar um crescimento real que parece elevado em virtude de uma memória recente de baixo crescimento, e não a frase arrogante pronunciada pelo contraventor Lula, ao se referir a crise americana em 2008, afirmando que a Tsunami mundial, seria uma marolinha aqui. Manteve seu excelente histórico, a de errar no diagnostico em 100% das vezes. O PMI calculado através da média ponderada entre EUA, Europa e Japão, claramente se encontra em trajetória ascendente. O gráfico a seguir aponta uma relação defasada entre essa variável e o PIB, assim se poderia aguardar um crescimento maior para essas economias em breve. Nessa sexta-feira teremos a publicação do PIB americano muito aguardado

Xooo recessão

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Se existe um cenário com repercussão inesperada e indesejada seria uma recessão. Com uma recuperação em andamento nos principais países do mundo, depois de quase uma década de estagnação, essa situação mereceria uma exclamação em linguagem coloquial: vire essa boca para lá! Na verdade, não existe nenhum sinal neste front, mas não custa nada revistar os dados que forneceriam alguma indicação. O Credit Suisse elaborou alguns gráficos para basear sua conclusão. Incialmente comparou o ímpeto desta recuperação em relação as anteriores, uma vez que, diversos analistas vêm apontando a duração desse ciclo como indicador de uma recessão em futuro próximo. Através do gráfico abaixo, esse banco credita a fraca recuperação, como elemento que justificaria sua expectativa de um ciclo mais longo que os observados no passado. Sendo assim, não há o que temer. Outro parâmetro que sinaliza uma desaceleração da economia é expresso através do diferencial de juros entre os títulos mais long

BCE estilo Démodé

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Nesta quinta-feira, espera-se que o Banco Central Europeu comece a desvendar o seu plano de redução do extraordinário estímulo monetário, um processo que poderá ter efeito em outros bancos centrais da Costa do Marfim para a Suíça. Diferentemente de outros bancos centrais ao redor do mundo, como o FED, BOE, Banco do Canada entre outros, que perceberam que a situação mudou, o BCE ainda discutirá se diminui os helicópteros, quando já deveria estar discutindo a sua imediata interrupção em conjunto com elevação dos juros, que não seja esquecido, são negativos. Motivos acredito tenha de sobra, a atividade econômica vem melhorando de forma consistente na maioria dos países constantes da zona do euro. A título de exemplo o ultimo resultado das vendas ao varejo pode ser vista a seguir. É verdade que a inflação ainda não atingiu o objetivo traçado pelo ECB de 2%, porém isto também é verdade nos EUA. Mas a autoridades americana, que também tem seu índice inflacionário abaixo