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Mostrando postagens de dezembro, 2020

2020: O ano que não acaba

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Não poderia repetir o mesmo título usado no ano passado - O ano da surpresa - mesmo que se enquadre perfeitamente. Se o Mosca considerou 2019 dessa forma, o que dizer deste ano? Não vou repetir os acontecimentos de 2020. Como eu, os leitores já devem estar cansados de ler e ouvir sobre a pandemia. O que todos nós queremos é a vacina já! Os retornos, exceto poucas classes de ativos, foram excepcionais, com destaque para as ações de empresas de tecnologia. Para cada um de nós, além dos fatores negativos que a Covid-19 trouxe — e não foram poucos —, houve ganhos. No caso do Mosca , eu sublinharia a compreensão e a adoção do Nasdaq 100 como o índice de bolsa de valores prioritário. Como já comentado em diversos posts durante o ano, acredito estarmos no início da fase que denominei de Revolução Digital. Antes de mencionar os retornos dos vários ativos que sigo, valem dois comentários políticos: um internacional e outro local. Que bom que Trump foi para casa! Um homem totalmente desco

Duro na queda #Nasdaq100

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  Nunca se falou tanto em empresas de tecnologia como em 2020. Nesse sentido, a Covid-19 acelerou a quantidade de artigos indicando os inúmeros aplicativos disponíveis durante os longos meses que passamos em “prisão domiciliar”. Quem entendia de finanças comportamentais sabia que era esperada a valorização das ações dessas companhias. Mas essa alta tem consequências: jogou os preços na lua! Com múltiplos na casa do milhar como no caso da Tesla, ninguém que usa a lógica vai se aventurar na compra, pode preferir as ações denominadas de Value . Hoje a Tesla vale mais na bolsa que todos seus concorrentes somados. O interessante é que seus carros não são considerados pelos consumidores como os mais confiáveis — talvez por ser uma marca ainda não tão divulgada, além do fato que nem todos os lugares estão aptos a carregar as baterias. Tudo isso pode mudar, agora que a Apple anunciou que pretende construir carros elétricos, disponíveis para venda em 2024. Os exemplos não param por aí. Diaria

Dólar ou real? #usdbrl

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  Eu comecei acompanhar os mercados internacionais me envolvendo nos negócios de câmbio quando trabalhava no Deutsche Bank, seguindo o economista-chefe de moedas, David Rosenberg, que valeu muito. Seus argumentos me convenceram que o dólar deveria se desvalorizar e embarquei firme nessa tese. Naquele momento, o euro valia € 0,83 e o ouro U$ 250. Olhado de hoje parecia obvio que isso acontecesse, mas é sempre assim, ex-post tudo é mais fácil. Para quem tem receio de tomar uma posição vendida a descoberto, o mercado de câmbio é ideal. Não que seja mais fácil ou seguro, pois sempre se compra uma moeda para vender outra. É por essa razão que escolhi o título de hoje. Na semana passada, publiquei minha previsão para o euro o-dolar-vai-virar-po . Nela, minha estimativa é de queda para a moeda americana em relação à moeda única. A expectativa é a mesma para as outras moedas do G7. Mas será que vale o mesmo raciocínio em relação ao real, ou a situação política, negativa, vai prevalecer?

Quando o juro não faz diferença #10 year

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  A cada dia surge uma nova estatística apontando o volume de títulos que estão com rendimento negativo. Mas o retorno de + 0,20% a.a., ou – 0,20% a.a. faz alguma diferença? Do ponto de vista financeiro não muita, mas do ponto de vista psicológico sim. Investir uma quantia para retirar um valor menor, um real que seja, cria uma certa indignação. Mas foi esse o caminho adotado por bancos centrais da Zona do euro, Japão e Suíça para evitar que suas economias entrassem no campo perigoso da deflação. Um artigo de Ruth Carlson e outros publicado pela Bloomberg faz um histórico sobre esse assunto durante 2020. No auge da pandemia, parecia apenas uma questão de tempo para que taxas de juros negativas — o último recurso dos bancos centrais — dominassem os mercados globais. Numa estratégia controvertida que rendeu resultados mistos na zona do euro e Japão, operadores ainda apostaram no meio do ano que os bancos centrais, da Nova Zelândia ao Reino Unido, e até mesmo dos EUA, estavam dest

SP500: Arriba! #SP500

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  Desde que eu acompanho os mercados internacionais de bolsa, não me lembro de começar um ano com tamanho otimismo. Mais significativo foi como esse consenso surgiu, já que há 6 meses a perspectiva era inversa. A ilustração a seguir aponta a diferença entre o final de 2019 e agora Mais recentemente, e como venho comentando em diversos posts, a maioria dos gráficos publicados na mídia mostra como a bolsa está cara, sob diversos ângulos de vista. Poderia encher o espaço com essas ilustrações. Por outro lado, todas as vozes que tinham uma previsão mais pessimista calaram-se ou mudaram de posição. Como dizia Nietzsche, é melhor um argumento que nenhum, e o nome da virada se chama: vacina! Fiquei impressionado com a precisão do Mosca no final do ano passado, até previu uma possibilidade de queda mais forte para o SP500 - estou reproduzindo o gráfico publicado no post  meio-grafico-basta -, variando apenas a extensão da queda. Hoje pela manhã fui questionado na reunião da Rosenberg s

Ouro: Uma ameaça milenar #GOLD #OURO

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  Há 3 anos fiz um trabalho extenso sobre o Bitcoin. Naquele ano, a moeda digital subiu de forma extraordinária, passando a ser manchete diária bitcoin-piramide-digital . Coincidentemente ou não, quando analisei o ouro no final daquele ano, minhas considerações iniciais foram sobre a moeda digital, da mesma forma que hoje. Algo que mudou bastante de lá para cá são os argumentos para a compra do Bitcoin. Antes, se dizia que o dólar viraria pó e que a moeda digital iria substitui-lo como moeda de troca. Agora está mais voltada a um investimento, embora o pano de fundo seja o mesmo. Tenho que admitir que esse argumento hoje seria mais palatável, afinal nunca se emitiu tanto. Muito se comentou que o Bitcoin seria um substituto do ouro como proteção, mas nunca vi uma relação entre eles. Veja no gráfico a seguir o que eu quero dizer, acredito que a correlação é bastante baixa. Nos últimos dias, o preço atingiu máximas históricas, o que permite prever níveis mais elevados segundo uma ó

O dólar vai virar pó? #EURUSD

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  Não vejo ultimamente nenhum analista projetando a alta do dólar em relação às outras moedas. Criou-se um consenso de que a moeda americana só tem uma direção. Mas as apostas do mercado encontram barreiras enormes para ultrapassar, que são os bancos centrais ao redor do mundo. O mandato de um banco central para gerir suas reservas internacionais não deixa muita margem para inventar— fazem uma divisão entre as moedas de acordo com os volumes de títulos em cada uma, bem como sua negociação diária. Por esse critério, o volume em dólares corresponde a uma faixa entre 60 e 70 % do total negociado. No máximo, algum pequeno desvio para garantir o bônus! Hahaha ... O que ocorre quando uma moeda, por exemplo o dólar, se desvaloriza e o euro se valoriza? Se nada fizerem, a proporção de euro irá subir e a de dólar cair. Para corrigir, vendem euros e compram dólares. E se a moeda única valorizar mais, vendem mais! Esse é um quadro que não existia há 10 anos, pois as reservas dos bancos cent

Ibovespa: O show do milhão #Ibovespa

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  Como havia antecipado e os leitores do Mosca já sabem, início hoje a semana de projeções de longo prazo para os ativos que acompanho. O ativo hoje será o Ibovespa. Efetuando uma retrospectiva de 2020, depois da queda que ocorreu em março, fiquei em dúvida se um novo movimento de baixa poderia se suceder. Mas, felizmente, esse cenário não se concretizou, fazendo com que prevalecesse a indicação de alta de mais longo prazo. Ao me deparar com as projeções que serão apresentadas a seguir, confesso que fiquei receoso. Será que eu estaria cometendo um erro? A razão é que a previsão para o longo prazo, algo daqui a aproximadamente 10 anos, é que o índice brasileiro atinja a casa do milhão! Será que o Brasil vai ficar tão bom assim? Parece difícil de enxergar. Se há algo que se deve seguir à risca em análise técnica, são as regras. E pelo que eu analisei, é isso mesmo. Ibovespa: O show do milhão. Para que isso seja possível, algumas conquistas de curto prazo têm que ser realizadas, o