Sem lastro

 

O Bitcoin está batendo na casa dos U$ 20 mil, nível que atingiu na mesma época do ano em 2017. Nem de perto o noticiário hoje é tão comentado sobre esse assunto quanto naquela data. Os preços-alvo eram jogados ao ar com níveis ridículos — U$ 50 mil, U$ 100 mil e outros até mais audaciosos. Não precisaria nem perguntar se essas pessoas estavam compradas até as tampas.

Outros diziam que o dólar iria virar pó e não havia nada que o Fed pudesse fazer para evitar. Como brinde ainda se recebia o blockchain, que prometia ser a forma mais eficiente de transferir a propriedade de qualquer bem com toda garantia e facilidade.

O mesmo aconteceu com a introdução da política monetária nos anos 1700, ferrovias nos anos 1800, a financeirização dos ativos na década de 1920 e o boom da Internet no final da década de 1990.

Novas e excitantes tecnologias sempre têm e sempre causarão períodos de euforia. Não conseguimos evitar a empolgação.

Bem Carlson articulista do site Common Sense, faz seu relato sobre o Bitcoin.

A velocidade com que a bolha da bitcoin acelerou no final de 2017 foi de cair o queixo, porque nunca vimos algo assim ocorrer na era da informação.

Não cheguei a me inteirar de tudo que estava acontecendo no ambiente das criptomoedas em 2017, mas estudei bolhas e a natureza humana e pude ver o que estava por vir. Então abri uma conta na Coinbase no final do verão de 2017 e coloquei algum dinheiro em Bitcoin e Ethereum.

Eu mantive meu estoque mesmo naquela alta insana de novembro e dezembro de 2017, e continuei comprado mesmo depois que a bitcoin começou a cair mais de 80% depois de estourar a bolha.

Eu disse a mim mesmo que aquilo era um tipo de compra para sempre e era apenas 1% ou mais do meu portfólio. Desde então, eu tenho feito preço médio, adquirindo periodicamente pequenas quantias em bitcoin.

Minha tese de investimento em criptomoedas mudou ao longo do tempo, assim como mudou a narrativa dos entusiastas de criptomoedas.

Não vejo isso como algo que mudará o mundo para sempre, mas é possível que a criptomoeda possa atuar como uma reserva de valor verdadeiramente descentralizada que permita algumas formas mais eficientes de financiamento tradicional (empréstimos, ganhos de juros, transferências de pagamento etc.).

Algumas pessoas podem zombar da noção de que algo tão volátil quanto o bitcoin poderia agir como uma reserva de valor. Não só caiu 80% após a insanidade de 2017, mas o preço caiu como uma pedra no Dia de Ação de Graças depois de um enorme alta em apenas algumas semanas.

Faz sentido uma criptomoeda ser tão volátil quando você considera que algo como o ouro tem sido usado como reserva de valor por milhares de anos. O Bitcoin só existe desde que a Lehman Brothers faliu. Vai ter que passar por poucas e boas, que dê certo ou não.

E talvez o melhor argumento para seu uso seja nos países em desenvolvimento, que não têm a mesma infraestrutura financeira e moeda estável que nós.

Esse é um dos maiores argumentos para altas que eu possa imaginar, dando aos não-bancarizados a capacidade de transacionar de forma ágil e econômica usando uma reserva de valor com poucos requisitos tradicionais.

É possível que o bitcoin e o blockchain possam facilitar certas transações. Mas também é possível que o ouro digital seja o melhor cenário para as criptomoedas.

E se o destino do Bitcoin é se tornar o ouro dos Millennial/Gen-Z, a geração mais jovem deve se acostumar com o fato de que "reservas de valor" podem e vão sofrer quedas maciças de tempos em tempos.

As quedas de criptomoedas podem simplesmente durar muito menos.

O ouro caiu mais de 70% após um enorme alta nos preços durante a década de 1970

Ficou debaixo d'água por quase 30 anos desde o início da década de 1980 até pouco antes da crise financeira de 2008.

A queda de mais de 80% do Bitcoin, em comparação, durou apenas três anos até agora e quase superou as máximas antes do massacre de Ação de Graças:


 Não faço ideia do que acontecerá com bitcoin ou criptomoedas em geral nos próximos anos.

Qualquer um que pense que sabe com certeza o que vai acontecer está se iludindo.

Mas posso dizer que minha posição sobre criptomoedas evoluiu ao longo dos anos ao ponto de eu pensar que o melhor cenário pode ser o novo ouro digital.

O Mosca tem uma opinião um pouco diferente. Colocar 1% de seu patrimônio e nada é a mesma coisa, pois se der errado não vai se importar muito nem tampouco afetará suas finanças, mas se der certo vai se lamentar pois também não vai afetar suas finanças. Só vai servir para contar aos amigos.

Uma estratégia que talvez faça mais sentido é ir alocando mais recursos à medida que demonstrar ser um investimento interessante.

Já li bastante sobre o assunto e existe alguma coisa que me incomoda no Bitcoin. Não sei o que é, mas não consigo alocar R$ 1,00. Consigo elencar alguns pontos de incômodo: Não ter nenhuma forma de ganho a não ser por elevação do seu preço (o ouro também não tem); nenhum lastro a não ser um registro digital (o ouro serve para fazer joias para a esposa na pior das hipóteses); e por último, que não me escute nenhum aficionado pois vai rejeitar essa dúvida, quem disse que ninguém consegue aumentar a quantidade emitida?

Eu estava verificando um estudo técnico sobre o Bitcoin e a expectativa é positiva, novas altas estariam em curso. Boa sorte para quem gosta e tem Bitcoin!

No post armadilhas-co-cerebro, fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ... “ O primeiro objetivo conforme apontado no gráfico acima seria a 115,5 mil, depois uma retração, para em seguida voltar a subir, em várias etapas, até atingir 130 mil” ...

Hoje a bolsa está atingindo as máximas recente e caminha para ultrapassar o nível atingindo em janeiro de 119 mil.

Ao observar o gráfico de mais longo prazo, fiquei com a impressão que a opção que eu estava usando vai dar espaço para uma mais potente.

- David, fala aí logo!

Está bem, desde que você não me cobre no futuro sobre esses níveis. Vou revelar a nível especulativo ainda, sendo necessário confirmações no decorrer do tempo.

Antes de mais nada, se por acaso essa alternativa prevalecer, isso se dará num espaço mais longo, algo em torno de 4 anos (Bolsonaro vai se reeleger? Hahahaha ... talvez exatamente por ele não se reeleger!).

O gráfico acima a janela é mensal. Como vocês já estão craques na leitura de gráfico, o primeiro objetivo se encontra a 191 mil (mais provável). Se for ultrapassado o próximo seria a 295 mil e em seguida 385 mil.

- David, tem certeza desses números? 385 mil! Depois disso imagino que estaria na casa do 1 milhão. Imagina o Bonner anunciando que o Ibovespa atingiu a marca de 1 milhão. Hahaha ...

Só capaz de apostar que muito antes disso o índice vai perder 3 zeros como já aconteceu no passado, com uma grande diferença, agora será pelo retorno e não por causa da inflação. Sendo assim, o Bonner teria que anunciar 1.000!

Quero lembrar aos leitores que apenas alguns meses atras eu estava bem cético em relação ao Ibovespa, acreditando que poderia atingir níveis abaixo de 40 mil. Porém, com o passar do tempo e de acordo com as movimentações que ocorreram fui mudando.

Isso poderia causar alguma insegurança aos leitores que não conhecem análise técnica ficando difícil sua compreensão desses fatos. Para resumir o motivo, notem as letras em azul (W, X, Y), elas denotam uma correção muito longa. Como correção, está sujeito a prolongamentos dependendo do que ocorre, diferentemente de um movimento direcional que tem uma formação mais definida.

O SP500 fechou a 3.662, com alta de 1,13%; o USDBRL a R$ 5,2046, com queda de 2,38%; o EURUSD a 1,2069, com alta de 1,18%; e o ouro a U$ 1.814, com alta de 2,10%.

Fique ligado!

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