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Mostrando postagens de agosto, 2022

Lucros com a recessão #Ibovespa

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  Nem tudo é ruim num ambiente recessivo originado por alta da inflação, embora os investimentos tradicionais tendam a sofrer nessas situações. Os maiores beneficiados são as empresas de petróleo, que incorporam aos seus lucros a alta de preços. De imediato, temos a Petrobras, empresa brasileira que é bem administrada depois da limpeza que ocorreu durante a Lava Jato. O grande problema dessas empresas em países emergentes é a tentação da manipulação nos preços de combustíveis a fim de amenizar a alta da inflação. Esse fenômeno não ocorre nos países desenvolvidos, onde os governos usam os impostos além de sua reserva de petróleo para buscar amenizar os efeitos da alta. A Gavekal vem orientando seus leitores a investir nesse segmento, e recente relatório aborda os motivos para continuar nessa classe de ativo. Nos últimos dois anos, tenho argumentado que ações de produtores de energia convencional podem vir a ser a nova classe de ativos antifrágeis). Isso foi por uma série de razões:

Quando resta a torcida #SP500

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  Hoje vou comentar as situações em que ficamos perdido sem um plano de ação. O que fazemos quando os mercados reagem de forma diferente da que esperamos? Permanecemos na posição amargando o prejuízo esperando que um dia se recupere, realizamos o prejuízo e aguardamos um outro momento para entrar, ou mudamos de mão e apostamos na queda? Na minha opinião, o pior é o primeiro caso pois o sofrimento é elevado, mesmo que a perda não seja significativa. O segundo caso é o mais recomendado, e o terceiro só ocorre se houver alguma técnica envolvida. Esse assunto surgiu com as dúvidas sobre a evolução da bolsa americana neste ano, e principalmente da alta recente dos índices. Em seu site The Reformed Broker , Joshua Brown publicou um artigo cujo título é sugestivo. Este gráfico indica alta ou baixa? Este gráfico indica alta ou baixa? Não é uma pergunta capciosa. Basta olhar para ele e me dizer qual é a tendência principal. QQQ - corresponde ao ticker do ETF relativo a nasdaq100   Você

O arbitro #usdbrl

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  Se existe alguém que sabe – ou sabe melhor que os outros - quanto uma companhia vale, no detalhe, são os seus gestores. No ano da pandemia, diversas ações classificadas como meme-stock caíram nas boas graças dos investidores individuais, que através das redes sociais fizeram a festa ao levar alguns hedge funds à lona por terem posições vendidas. O Mosca relatou vários casos, mas o mais intrigante foi o caso de Keith Grill que, através de mensagens no fórum WallStreetBets, levou as ações da GameStop às alturas o-acerto-por-sorte . Afora esses casos extremos, em muitos momentos as ações sobem (ou caem) de forma inexplicável. Matt Levine descreve na Bloomberg uma ideia que pode ser interessante nesse casos. Meu conselho básico de finanças corporativas de meme-stocks é que, se você é uma empresa pública e as pessoas querem pagar muito dinheiro por suas ações sem motivo real, você deve vender a elas. Se sua ação estiver supervalorizada, você deve vendê-la. Isso é bom para seus acioni

Quem está certo? #nasdaq100

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  O mercado e o Fed têm visões diferentes do futuro sobre quão perto estamos do final do ciclo de alta de juros, e isso pode causar uma grande frustração. Mas parece que essa discrepância pode vir com seu discurso em Jackson Hole, que será comentado brevemente a seguir. Mas independente do que será dito, são só palavras, como descreve Tyler Durden no site ZeroHedge. Então, vamos nos concentrar no que sabemos. Este tem sido um ciclo de aperto único. Tão logo depois que o Fed começou a subir, raramente as taxas longas aparentemente atingiram o pico. Raramente a curva de juros foi achatada de forma tão agressiva. Raramente o prêmio de prazo começou a cair. Além disso, a taxa real dos Fed Funds ainda é menor que zero, o que é espantoso quando você considera que a inflação está em seu nível mais alto em quarenta anos. No último ciclo de aperto em 2015-2019, a taxa real máxima atingiu cerca de +2%, quando a inflação não ultrapassou 3%. Não sabemos ao certo o que está acontecendo, mas

O futuro é incerto #gold #ouro

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  Vivemos um momento recheado de dúvidas crucias nos mercados, cujo impacto nos portfolios pode ser significativo. Na verdade, seria suficiente saber se o Fed vai conseguir trazer a inflação para níveis satisfatórios sem gerar uma recessão. Cada um de nós pode ter uma opinião sobre esse assunto; recomendo, porém, que encarem exatamente com esse enfoque, apenas uma opinião. Naturalmente, somos levados a essa conclusão através da leitura de relatórios de analistas — e notem que existe um viés, ou seja, acabamos lendo as que combinam com nossas ideias, rejeitando os pensamentos contrários. Mas se num passe de mágica fossemos colocados em 2024, como enxergaríamos os dias de hoje?   Barry Ritholtz relata sobre esse assunto em seu site The Big Picture. ‎ Quando se trata de integrar dados com insights de investimento, ninguém é melhor do que ‎ ‎Ben Carlson‎ ‎. Recomendo as "‎ ‎Exceções à Regra‎ ‎" de hoje, onde Ben mergulha no detalhe dos dados conflitantes entre a ação do merca

Parceiros que comprometem #ibovespa

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  O Brasil está dentro da categoria denominada de mercado emergente e, dados os indicadores, não poderia ser diferente. Mas nem tudo é ruim por aqui — embora muito pouco não o seja, infelizmente. Porém, neste momento, o lado positivo da balança de pagamentos é muito positivo. Em momentos de stress como os vividos recentemente, os investidores estrangeiros tendem a liquidar suas posições nos mercados emergentes, pressionando a taxa de câmbio —mais grave ainda, quando o país em questão depende da importação maciça de commodities, a sangria também ocorre na balança comercial. Felizmente, os estrangeiros estão levando em consideração esses aspectos e não estamos na linha de fogo. Chelsey Dulaney, em artigo no Wall Street Journal, alerta para a elevação do risco nos emergentes. Os mercados emergentes estão queimando os estoques de dólares americanos e outras moedas estrangeiras no ritmo mais rápido desde 2008, aumentando o risco de uma onda de inadimplência nas economias mais frágeis do