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Mostrando postagens de outubro, 2020

Number 1

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A China realiza um grande evento a cada 5 anos para definir as diretrizes para a sua economia. Nesta semana o Comitê se encontrou para esse fim, e o que eles planejam acontece com uma certa precisão. O comunicado divulgado após uma reunião de quatro dias do Comitê Central do Partido Comunista deu um amplo esboço do plano, bem como traçou uma visão para a economia até 2035. Crescimento da Qualidade O comunicado implica um caminho agressivo de expansão econômica sem mencionar explicitamente o ritmo de crescimento do produto interno bruto. O plano anterior de cinco anos, em 2015, havia traçado uma meta para o crescimento num nível elevado segundo os padrões dos países ocidentais. A declaração de quinta-feira diz que o PIB per capita da China deve corresponder ao nível de países moderadamente desenvolvidos até 2035. Embora não tenham sido mencionados números ou nomes específicos, uma expectativa razoável é que a China pretenda atingir níveis per capita do PIB semelhantes aos da Cor

Fomos enganados!

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  Se você perguntar a 100 analistas, se a bolsa está correlacionada a economia, sou capaz de apostar que todos responderão que sim. Mas será que é realmente acontece ou se criou uma “lenda” sobre isso? Um artigo da Bloomberg desmascara essa teoria. Desde que as ações dos EUA começaram a se recuperar de suas profundezas no final de março, houve uma gritante, e muitos diriam perturbadora, desconexão entre o impacto devastador do Covid-19 na economia e o clima de celebração do mercado de ações. Sete meses depois, essa desconexão é tão profunda como desde março. O vírus continua a atormentar a economia e o bem-estar de milhões de americanos enquanto o mercado caminha mais alto. E a verdade é que não há nada de incomum nisso. Como apontado no artigo publicado em junho, o mercado e a economia raramente se movimentaram em conjunto, e por uma boa razão: O mercado não é a economia. Seu trabalho é tabular a visão consensual dos investidores sobre o futuro das empresas de capital aberto. Não

Concorrência sem limites

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  Quando eu estava no Deutsche Bank entramos numa concorrência para administrar um fundo da Petrobras. Isso ocorreu nos anos 2000, ou seja, há vinte anos. Naquele momento as taxas cobradas ainda eram razoáveis. O meu colaborador disse que se quisemos pegar uma parcela dos recursos, teríamos que ofertar uma taxa de 0,05% a.a., praticamente nada. Contra minha vontade acabamos oferecendo essa taxa, e mesmo assim, perdemos para outro banco por 0,02%. Não sei, nem quero saber, o motivo. Não fiquei triste, pois um erro de algum lançamento de imposto, ou qualquer outra coisa, já geraria prejuízo. Acredito que os leitores estão acompanhando a migração que acontecesse nos últimos anos, entre fundos ativos para fundos passivos, principalmente nos EUA, os chamados ETF. Um artigo da Bloomberg sobre esse assunto, mostra algo inusitado que chamou minha atenção A corrida ao zero em Wall Street é tão competitiva que alguns dos maiores gestores de ativos, estão criando imitações mais baratas de s

A caminho da realidade

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Quem é leitor do Mosca de longa data conhece minhas restrições aos fundos hedge, que aqui no Brasil se denomina de multimercados. De uma forma resumida minha advertências são: os custos cobrados são elevados, além do fato da taxa de performance ser cobrada quando ganha, mas não devolve quando perde; quanto mais bem sucedido é o fundo maior a chance de tropeços no futuro (todo mundo erra, mas normalmente esses gestores se acham invencíveis); eu realizei um estudo na FEA com todos os fundos multimercados (*) e cheguei à conclusão que, se a performance piora num trimestre deve ser trocado, o que é contrário a política de investimento divulgada de longo prazo. (*) o estudo considera uma carteira dinâmica dos melhores 7 fundos observados em janelas de 3,6,9,12 meses. A minha colocação acima é bem simplificada, porem eu observei que o retorno só é superior ao CDI quando essas carteiras são trocadas a cada trimestre, num prazo maior não mostram retornos consistentes. Nos últimos anos essa

Segunda onda em curso

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  Agora parece que não resta dúvida, a segunda onda de infecção está ocorrendo na Europa e EUA. Todos aguardamos pela disponibilidade da vacina cuja data da disponibilidade para aplicação parece ainda incerta. Os investidores que apostam numa vacina contra o coronavírus para salvar a economia mundial em 2021, precisam temperar suas ambições à medida que os cientistas alertam cada vez mais para um longo e difícil caminho pela frente. Enquanto as empresas farmacêuticas estão fazendo progressos na busca de encontrar a cura para uma doença que desencadeou a pior recessão desde a Grande Depressão, permanecem perguntas sobre quão eficaz seria a primeira onda de vacinas, quão fácil elas serão para distribuir para mais de 7 bilhões de pessoas e, em seguida, quantas concordarão em tomá-las. O futuro do crescimento global depende das respostas a essas perguntas, pois uma nova onda da pandemia significa que os temores de saúde e as restrições governamentais continuam inibindo a vida cotidia

Lições de um especialista

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  Esta semana faleceu de forma prematura um gestor, Jon Boorman, cuja empresa se chamava Broadsword. No seu site se define como: “eu compro ações que estão subindo e administro o risco”. Há um tempo publicou um post cujo título é sugestivo “algumas coisas que aprendi nos últimos 30 anos” do qual, selecionei um certo número para transcrever. últimos 30 anos” do qual, selecionei um certo número para transcrever. Antes de começar vou definir os 3 tipos de atuação na área de investimentos: Contrários: São aqueles que se posicionam na ponta inversa, quando acreditam que os preços dos ativos estão muito caros (ou baratos), e o mercado segue em sentido contrário. Retorno a média: São aqueles que acreditam que os preços tendem a retornar a média, e atuam quando os níveis estão deprimidos ou exagerados, em relação a média. Momentum: O que se posicionam segundo o movimento do mercado sem que haja qualquer racional por trás. Para quem usa análise técnica acredito que, na grande maioria dos caso

O pânico foi exagerado?

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  Um estudo feito pela Variant Perception, empresa de pesquisa econômica, produziu análises muito interessantes nos últimos meses sugerindo que o pânico sobre o coronavírus foi exagerado. O  último boletim  do grupo de pesquisa argumenta que, a maior razão para o medo é o próprio medo. Pesquisas do Fundo Monetário Internacional mostram que, durante os primeiros 90 dias da pandemia, o "distanciamento social voluntário" teve um impacto maior na mobilidade do que os bloqueios formais do governo: Isso sugere que o foco em bloqueios obrigatórios em si é exagerado. Há exceções, mas como regra as pessoas não são estúpidas. Se houver o risco de pegar um vírus potencialmente mortal, eles modificarão seu comportamento. Outros gráficos do FMI mostram que um bloqueio teve muito menos efeito na mobilidade do que uma duplicação nos casos de coronavírus: Não só isso, mas levantar um bloqueio geralmente teve um impacto muito mais limitado do que impor um. Para toda a oposição apaixonada que