Quanto eu posso perder?

 

Hoje vou comentar sobre um equívoco que muitos investidores cometem. Essa situação ocorre quando ao se pesquisar ações “baratas” em termos de preço, não de valuation, embora o raciocínio também se estenda a esse grupo.

Quantas vezes você não se deparou com um comentário de um amigo, naquele coquetel - quando ainda era possível esses eventos, “comprei a ação X (não das empresas do Eike Batista! Hahaha ...) por R$ 2,00, é muito barato, quanto se pode perder?” A impressão é de que a perda pode ser muito pequena, afinal o que são R$ 2,00? Minha resposta talvez vocês já saibam, mas não custa repetir, você pode perder 100% do seu capital!

Mas se isso já aconteceu com você, não tem problema, você não foi o único, veja o que está ocorrendo no mercado americano.

Em uma quinta-feira de agosto, mais de 10% de todo o volume de negociação do mercado de ações dos EUA estava em ações da Gevo Inc., uma empresa pouco conhecida de combustíveis renováveis.

As ações subiram para US$ 1,82 de 55 centavos naquele dia, depois que a empresa anunciou um grande contrato, desencadeando um aumento no volume.

"Surpreendeu muito o que aconteceu na bolsa com nossas ações", disse o chefe executivo da Gevo, Patrick Gruber.

A negociação de ações especulativas, com preços baixos, aumentou este ano, impulsionada por um enorme fluxo de pessoas usando aplicativos de investimento com corretagem zero e corretoras online. Durante vários meses nesta primavera e verão, mais de 25% das ações negociadas no mercado americano estavam em empresas com preço de ação abaixo de US $ 5, de acordo com dados da Bolsa de Valores de Nova York.

De 2012 a 2019, esse percentual pairou principalmente entre 10% e 15%, mostram os dados da NYSE. Em setembro, voltou para 17,1%, ainda elevado pelos padrões históricos.

As empresas muitas vezes tentam evitar ter um preço de ação abaixo de US $ 5, por causa da percepção de que tais ações são "ações de centavos", arriscadas — embora, legalmente falando, esse termo só se aplica a ações que não estão listadas nas bolsas. Gestores de ativos, como fundos mútuos, muitas vezes fogem de ações abaixo de US$ 5.

Para ter certeza, parte da atividade em ações abaixo de US$ 5 foi causada pela venda impulsionada pelo coronavírus em fevereiro e março. Isso temporariamente levou algumas grandes ações como Ford Motor Co. e Sirius XM Holdings Inc. abaixo da marca de US $ 5.

Mas muitas das ações mais negociadas este ano foram pequenas empresas — como a Gevo, que tem um valor de mercado inferior a US$ 150 milhões — que recebem intensa atenção nas contas do Twitter e nos fóruns do Reddit.

A atividade de trade individual começou a subir no final de 2019, após a implementação da indústria de corretagem zero, e acelerou este ano, depois que o coronavírus forçou milhões de americanos a ficar em casa com pouco a fazer.

A atividade no varejo representou quase 20% do volume de negociação este ano, praticamente o dobro de 2010, de acordo com a Bloomberg Intelligence. A JMP Securities estima que cerca de 10 milhões de novas contas de corretagem online foram criadas em 2020, cerca de metade na Robinhood Markets Inc., cujo aplicativo é popular entre investidores mais jovens.

A negociação com comissão zero alimentou um boom nas ações de baixo preço porque atrai investidores menos abastados para o mercado, disse Anthony Denier, CEO da Webull Financial LLC, que oferece um aplicativo de negociação para cerca de 750.000 usuários ativos diariamente.

"Se você tem uma conta de US$ 500, não pode comprar um daqueles nomes do S&P 500 caros. Mas você pode entrar e especular alguns desses nomes mais baratos", disse Denier.

Webull diz que cerca de 56% das negociações de ações dos EUA, que tem movimentado este ano, foram em ações com preço de US $ 5 ou menos.

Em agosto, 57% das contas da Robinhood mantiveram ações com preços abaixo de US$ 5, em comparação com 14% na Charles Schwab. e 16% na Fidelity Investments, estima a Atom Finance.

Robinhood diz que a negociação de ações abaixo de US$ 5 em seu aplicativo diminuiu nos últimos meses, uma vez que, lançou negociações fracionadas, o que permite aos investidores possuir fatias de ações que podem custar centenas ou milhares de dólares por uma ação.

Você viu que não é o único que pensa dessa forma, existem milhões de pessoas que operam com esse objetivo, ou porque tem poucos recursos para comprar ações mais “caras”, ou porque acreditam que podem fazer uma fortuna nesse segmento. Tudo isso é valido, porém a pergunta quanto posso perder não muda a resposta.

- David, você me deixou decepcionado, esses são os trades que eu mais faço! Pelo que entendo, você recomenda que não se compre de maneira nenhumas essas “barganhas”?

Peguei um incauto! Hahaha ... De jeito nenhum, qualquer ação é plausível de compra (ou venda), só recomendo que utilize análise técnica e estabeleça um stoploss compatível com a volatilidade dessas ações.

No post decifrando-as-evidencias, fiz os seguintes comentários sobre o euro: ...” A moeda única atingiu a mínima de € 1,1611, muito próxima do nível sugerido de trade. Depois disso, uma recuperação tomou curso. Essa recuperação não está de acordo com o que seria esperadoisso implica que não é seguro qualquer sugestão de trade nesse momento” ...

Eu tinha me comprometido a somente usar gráficos com janela mínima de 1 dia, somente em casos específicos utilizaria de intervalos menores. Esse é o caso, para que possam entender minhas ideias. Anotei no gráfico a seguir, alguns intervalos que poderão nos dar algumas pistas:
1) Dentro do esperado: Se a moeda única negociar até no máximo esse intervalo ( 1,1690/ 1,1650), e depois disso iniciar um movimento de alta, ultrapassando 1,1825, a ideia de novas altas ganha tração.

       2)“Gato subiu no telhado”: Caso continue caindo e fique contido ate 1,1610, ainda é possível que aconteça a alta, mas já entra na área de desconfiança.

       3) “Jogando a toalha”: Abaixo de 1,1610 uma nova configuração terá que ser estudada.

São esses os parâmetros que definem no curto prazo a tendência para o euro. Agora, Let´s the market speak!

O SP500 fechou a 3.483, sem variação; o USDBRL a R$ 5,6443, sem variação; o EURUSD a € 1,1718, sem variação; e o ouro a U$ 1.898, com queda de 0,46%.

Fique ligado!

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