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Mostrando postagens de abril, 2018

Tempos estranhos

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Sempre existe um conflito entre gerações de pais e filhos. Em nosso tempo, nossos pais eram “quadrados”, o que queria dizer desatualizados. Hoje em dia é um pouco diferente, com o argumento de maior interação com os filhos se busca uma “amizade”. Tenho grande dificuldade de entender esse conceito. Mas é através dele que muitas amarras foram quebradas, até demais. Entretanto isso é uma realidade, alguns pais menos outros mais, é indiscutível a mudança. Em qualquer categoria que seu filho se enquadre, Milênios, Geração X, Geração Y ou sei lá mais o que, todos observam algumas semelhanças de atitude. Acostumados a acreditar que tudo pode ficar seguro nas nuvens, que o telefone é coisa para velho, postar sempre momentos felizes, e viver o agora é mais importante que poupar, distinguem-se da minha juventude. Não vou entrar na discussão dos três primeiros, meu objetivo é comentar a ultima colocação. Recebo vários WhatsApp da minha filha reclamando que deixa o escritório muito

Isso é possível?

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Uma das maiores administradoras de fundos dos EUA resolveu dar um passo audacioso em termos de gestão de recursos, está caminhado para substituir por robôs o processo de decisão de ativos. O principal motivo que a levou nessa direção, foi que costumava depender muito de um homem para tomar muitas de suas principais decisões de investimento A Pimco abrirá um novo escritório em Austin, para ajudar a recrutar mais funcionários com experiência em tecnologia que poderiam dispensar o gestor de carteiras tradicional. A empresa sediada em Newport Beach, na Califórnia, planeja aumentar sua força de trabalho adicionando cerca de 250 novos funcionários. Muitos desses novos funcionários serão engenheiros encarregados de modernizar os sistemas de tecnologia da Pimco, desde as ferramentas usadas para aproveitar novos bancos de dados de informações até as plataformas que comercializam títulos eletronicamente. As mudanças visam aprimorar as ideias de investimento e reduzir os custos.

Virando gente grande

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Um artigo publicado pela Gavekal, aponta para uma evidencia que ocorreu este não nos mercados emergentes. Embora seu trabalho visa enfatizar uma visão positiva no setor de energia, me despertou uma possibilidade de uma mudança que pode estar ocorrendo, com consequências positivas aos mercados emergentes, onde o Brasil se inclui. Quais as características que definem os mercados emergentes em comum? Mercados emergentes são países em desenvolvimento com o objetivo de se tornar economias avançadas, normalmente com a assistência de poderosos ventos demográficos. Mas embora eles apreciem o crescimento rápido a longo prazo, sua arquitetura institucional ainda está em construção. Como resultado, os mercados de ações emergentes são mais voláteis do que os dos países desenvolvidos. Quando os tempos são bons, eles superam o retorno dos países desenvolvidos. Mas quando as coisas globais ficam difícil, suas desvantagens são mais profundas. Em resumo, os mercados emergentes é uma aposta al

O ovo ou a galinha, ou ambos?

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Na última sexta-feira, como de costume, fiz comentários sobre os juros de 10 anos americanos a-escolha-certa . Com a aproximação desse ativo hoje aos níveis de 3% a.a., é manchete na grande maioria dos informes internacionais. Mas o que poderia estar ocasionando este despertar do mercado, que teimava num cenário aonde o FED não implementaria as altas de juros que planeja? Vou buscar alguma pista. Como costumo enfatizar, os juros podem subir pelo bom motivo ou pelo mal motivo. No primeiro caso quando acontece de a economia crescer de forma mais robusta, assim, a autoridade monetária tende a subir os juros para evitar um superaquecimento, a segunda quando a inflação sobe mais que o desejado. Vamos avaliar incialmente a primeira hipótese. A referência mais para avaliar o crescimento do PIB, é o modelo elaborado pelo Fed de Atlanta. Como se pode verificar a seguir, esse indicador aponta para um PIB de 2% para o 1º trimestre. Não parece que aí seja uma razão suficiente para em

A escolha certa

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Nossa experiência profissional é de certa valia aos menos experientes. Tenho conversado com muitos jovens, filhos de amigos meus, quando da escolha de sua profissão. Confesso que hoje em dia é uma tarefa difícil em virtude das inúmeras opções existentes. Certa vez, o filho do meu médico veio conversar comigo, estava na dúvida se cursava a FGV ou o Insper. Comecei dizendo “ Você está na dúvida se come camarão ou lagosta? ” Pois era essa a minha visão sobre essas duas excelentes Universidades. Depois de alguns minutos, percebi que ele gostava de finanças, sendo assim, sugeri que optasse pelo Insper. Fiquei sabendo recentemente que trabalha em uma instituição financeira. Adorou o curso. Que bom! Caso a dúvida seja mais existencial, procuro dividir em grandes áreas. Se a opção é administração ou finanças, sou da opinião que tanto faz estudar economia, administração ou mesmo engenharia. Se quiser ser médico, aí é simples! Hahaha ... na verdade, ninguém sabe o que vai realment

Veja bem

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Hoje vou entrar numa tecnicidade necessária que o assunto exige. A curva de juros que mede a diferença entre vencimentos diferentes tende a fornecer alguma informação do que o mercado espera para o futuro. Sugiro para quem tem dúvidas sobre esse assunto, rever o post  profundezas-em-finanças. A curva que vou analisar e a diferença entre os juros de 2 anos e 10 anos dos títulos do governo americano, especialmente quando está curva está invertida. Isso acontece quando os juros dos títulos mais longos são menores que os do mais curto. No post acima explanei quando isso acontece: ...” Invertida: Esse é o caso clássico de se antever uma recessão, pois só faz sentido um investidor comprar um título longo, se acreditar que os juros curtos irão cair significativamente. Fica implícito que, a autoridade monetária irá reduzir sensivelmente os juros de curto prazo” ... Depois desse pequeno detalhamento vamos verificar o que está ocorrendo com esse indicador atualmente. O Ci

Barbeiragem econômica

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O FMI publicou um estudo mostrando como o nível das dívidas atuais encontram-se em níveis extremos. Esse alerta enfatiza que nessas situações qualquer desando na economia cria um potencial risco da estabilidade. O momento atual, com um crescimento mundial em sincronia, seria indicado para que os governos implementassem um programa na redução de sua dívida. Veja a seguir, os principais assuntos desse estudo.   A dívida global atingiu um novo recorde de U$ 164 trilhões em 2016, o equivalente a 225% do PIB global. Tanto a dívida pública quanto a privada aumentaram ao longo da última década. A elevada dívida torna o financiamento do governo vulnerável a mudanças repentinas no sentimento do mercado. Também limita a capacidade do governo de fornecer apoio à economia no caso de uma crise econômica ou financeira. Os países devem usar a janela de oportunidade proporcionada pelo crescimento econômico para fortalecer o estado de seus assuntos fiscais. O Monitor Fiscal publicado em a

A China não para

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A economia chinesa cresceu 6,8% no primeiro trimestre, mais do que era esperado, contrariando as expectativas de desaceleração, embora a queda nas exportações e a produção industrial possam se tornar um obstáculo nos próximos meses. O ritmo de crescimento correspondeu à taxa do trimestre anterior e confundiu as previsões de alguns investidores e analistas de que, a economia desaceleraria no início deste ano em meio a uma redução da dívida do governo, com uma diminuição dos investimentos em propriedades, infraestrutura e fábricas. As vendas no varejo mantiveram-se particularmente bem, subindo 9,8% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior As exportações, inesperadamente fortes nos primeiros dois meses do ano, juntamente com o consumo doméstico resiliente e a produção industrial, ajudaram a elevar o crescimento. E, até agora, as tensões comerciais entre Washington e Pequim tiveram pouco impacto sobre a China, apesar de algumas autoridades e economistas estar