Os chineses confiam no Trump?



Acredito que não, ninguém deve confiar nele. Nem seus próprios colaboradores, que são trocados como se fossem pratos descartáveis. Nesta noite, a China anunciou a implementação de tarifas de 25% em 1.300 produtos americanos, em reação a lista publicada horas antes pelos EUA sobre as importações chinesas.

Estamos atingindo um ponto onde já não se sabe se a China está reagindo a sanções americanas ou vice-versa, um jogo bastante perigoso.

A administração Trump indicou que está disposta a negociar com a China sobre as crescentes fricções entre as duas maiores economias do mundo, ajudando a diminuir o medo entre os investidores de um conflito comercial.

O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse que a resposta da China não deve atrapalhar a economia dos EUA. Em uma entrevista na CNBC na quarta-feira, ele disse que a reação da China "não deveria surpreender ninguém". Disse também que os EUA não estão entrando na "Terceira Guerra Mundial" e deixaram a porta aberta para uma solução negociada.

“Mesmo as guerras com tiros terminam com as negociações”, disse Ross.

Anteriormente a China disse que cobraria uma taxa adicional de 25% sobre as importações norte-americanas de US $ 50 bilhões, incluindo soja, automóveis, produtos químicos e aviões. A mudança correspondeu à escala das tarifas propostas nos EUA, anunciadas no dia anterior. Os EUA estão aceitando 60 dias para comentários públicos e não especificaram quando as tarifas entrarão em vigor, deixando uma janela aberta para conversas.

O presidente Trump também subestimou a perspectiva de uma guerra comercial, dizendo no Twitter pela manhã "não estamos em guerra comercial com a China, que a guerra foi perdida há muitos anos pelas pessoas tolas ou incompetentes que representavam os EUA".

Trump depois twittou que "quando você tem $ 500 Bilhões de déficit, você não pode perder", em uma possível referência ao déficit comercial da América com a China. Os números do Departamento de Comércio dos EUA apontam o déficit comercial do ano passado com o país asiático em US $ 337 bilhões.

Os investidores estão ponderando os riscos de uma guerra comercial, com a mais recente ofensiva da administração Trump baseada em alegadas violações de propriedade intelectual na China. Os EUA têm como alvo o setor de alta tecnologia que Pequim vê como o futuro de sua economia.

Embora a retaliação da China tenha sido mais “beligerante” do que o esperado, Pequim provavelmente quer diminuir as tensões ressaltando o que está em jogo para ambos os lados. Em uma declaração após a divulgação dos detalhes sobre as tarifas da China, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que o governo "continuará a se envolver em discussões com a China para tratar dessas questões de comércio recíproco".

Os mercados reagiram de forma negativa na abertura, porém se recuperaram durante o dia, provavelmente, em função das declarações dos governos americano, dizendo que estão abertos a negociação.

A China por sua vez, não quer travar uma batalha comercial com os americanos, mas possivelmente aceitará alguma das exigências americanas. Isso se o que pretende Trump tem um espirito comercial - business. Agora se a intenção for dificultar a China em se transformar na maior potência mundial, o que logicamente jamais será ouvido de um líder Chinês, aí a situação vai ficar muito delicada.

Será que a China confia nas intenções “comerciais” dos EUA? Duvido!

No post roubaram-o-peru, fiz os seguintes comentários sobre os juros de 10 anos: ...” eu insisto a importância em termos técnicos do nível de 3% a.a., não deverá ser fácil romper” ... ...” A área interior em verde significa sem tendência, ou preparando forças para subir, ou eliminar a tendência de alta de curto prazo” ...


Os juros acabaram respeitando a área mencionada acima e subindo levemente desse ponto mínimo. Porém dada disso é suficiente para saber se os juros caminham rumo ao rompimento do nível importantíssimo de 3%. No gráfico a seguir apontei um intervalo entre 2,85 % - 2,95%, que terá que ser rompido com esse objetivo.


Não teria nada a acrescentar do que já foi dito, os juros ainda permanecem sem uma definição, embora a aposta do Mosca é de alta.

Amanhã pela manhã, já saberemos a decisão do STF sobre o HC do Lula, até agora o placar está em 2 X 1, contra o HC. Ainda acredito que o mais provável seja sua absolvição, onde a chance inversa – condenação, equivale a probabilidade do Cristiano Ronaldo marcar mais um gol de bicicleta da mesma forma que o fez ontem, que golaço! No STF também seria.

O SP500 fechou a 2.644, com alta de 1,16%; o USDBRL a R$ 3,3293, com queda de 0,36%; o EURUSD a 1,2279, sem variação; e o ouro a U$ 1.333, sem variação.

Fique ligado!

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