Missão cumprida
A medida da inflação pelo CPI caiu 0,1% no mês passado em
relação a fevereiro, e 2,4% em 12 meses. Os preços básicos, que excluem
alimentos e energia para melhor capturar a tendência da inflação, subiram 0,2%
no mês e 2,1% no ano.
O objetivo traçado pelo Fed de 2%, pode estar chegando mais
cedo do que os formuladores de políticas do Fed esperam. A Ata da reunião de
política monetária do mês passado, divulgada na quarta-feira, mostrou que o banco
central está mais confiante de que a inflação atingirá sua meta, mas provavelmente
somente no próximo ano.
O Fed tem como meta a inflação anual de 2% - medida pelo PCE
- para garantir que a economia cresça a um ritmo saudável, sem
superaquecimento. Esse índice subiu 1,8% no ano até fevereiro, com os preços do
núcleo subindo 1,6%. Porém o dado a ser publicado no final de abril já deverá
atingir esse patamar.
Um mercado de trabalho restrito e o aumento da renda das
famílias, estão permitindo que as empresas aumentem os preços, provavelmente
reforçando a visão do FED de que a economia precisará de mais aumentos nas
taxas de juros para permanecer em equilíbrio.
Algumas empresas como a General Mills Inc., disse no mês
passado que os ingredientes para seus alimentos embalados estavam acima do
esperado em seu último trimestre. Os custos de commodities e outros insumos da
General Mills subiram 4% no ano em curso, do que no ano fiscal de 2017.
Ao atingir sua meta de inflação, o Fed não vai correr para restringir
a política, mas também ficará mais confortável com a continuação do aumento das
taxas. Os investidores que esperam a mesma cautela nas taxas, que o Fed exibiu
no passado, particularmente em tempos de tumulto no mercado, podem ter uma
surpresa.
Mas o maior risco é que o estímulo ao corte de impostos e
gastos, que passam por uma economia com pouca folga no mercado de trabalho,
fará com que o Fed corra o risco de que a inflação ultrapasse sua meta. O
departamento de Orçamento do Congresso espera que a taxa de desemprego caia
para 3,5% até o final do ano, e que o Fed aumente as taxas pelo menos quatro
vezes, com outros quatro aumentos no ano seguinte.
Se a inflação se acelerar acima de um nível que coloque o
Fed desconfortável, algo como superior a 2,5% a.a., acredito que a autoridade
monetária deverá acelerar as altas de juros, não teria motivo para não o fazer.
Muito cuidado deve ser tomado com os títulos curtos, com vencimento em 2 a 3
anos.
No post uma-noticia-boa-e-varias-ruins, fiz os seguintes comentários
sobre o SP500: ...” As duas
possibilidades são prováveis e agora estamos mais ou menos no meio do
intervalo” ... ...” Na dúvida se deve
zerar, não ter posição, e é o que estou fazendo” ...
Essa posição no SP500 é instrutiva, expondo como eu opero
com intervalos mais curtos de tempo. Vamos tentar uma nova operação de venda,
no nível de 2.710, com um stoploss a 2.750. Esse stoploss é bastante curto,
pois, é possível que atinja 2.800 antes de voltar a cair. Complicado? Pode ser,
mas estamos numa correção onde tudo fica mais difícil.
Não se pode perder de vista que minha hipótese é de alta
mais adiante. Mas existem alguns pontos que precisam ser respeitados, que no
caso é ao redor de 2.450. Na verdade, entre 2.530 e 2.450, sendo esse último de
vital importância. Abaixo, vou rever meu quadro de longo prazo. Mas ainda tem
muita agua para rolar, e no momento o interesse é de venda no nível acima.
O SP500 fechou a 2.663, com alta de 0,83%; o USDBRL a R$
3,4085, com alta de 1,04%; o EURUSD a € 1,2329, com queda de 0,28%; e o ouro
a U$ 1.334, com queda de 1,32%.
Fique ligado!
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