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Mostrando postagens de julho, 2018

As distorções no setor de tecnologia

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Para quem acompanha o Mosca, que se encontra próximo de completar seu sétimo ano de existência, sabe qual é a minha opinião sobre a análise fundamentalista. Mas, como a maioria acompanha, hoje pretendo mostrar os P/l – preço/lucro, das principais empresas de tecnologia americanas. Uma queda súbita nas ações de tecnologia está mais uma vez ilustrando as armadilhas de apostar em ações altamente valorizadas. Alguns dos maiores nomes caíram na segunda-feira, estendendo um movimento de venda, que se iniciou na semana passada depois que o Facebook, o Twitter e a Netflix decepcionaram os investidores com seus resultados do segundo trimestre. O índice NYSE FANG, que inclui essas e outras ações de tecnologia, caiu 2,8% para fechar em território considerado de correção – queda superior a 20% do seu patamar mais alto. Mas nem todas as ações desse setor caíram igualmente. As mais “caras” tiveram quedas maiores. A Netflix, que na sexta-feira negociou 97 vezes o lucro esperado

Semana dos bancos centrais

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Amanhã o Banco Central do Japão se reúne para concluir a sua rotineira reunião de política monetária. Para quem não sabe, esse banco central implementou uma política de fixar os juros dos títulos de 10 anos em 0%. Depois de dois anos de estase, alguns analistas acreditam que o BOJ estaria se preparando para abandonar essa estratégia. O juro desse título tive uma alta “expressiva” nos últimos dias, vejam a seguir, saindo de 0,03% a.a. para 0,11% a.a.! Hahaha .... Na quarta-feira é a vez do FED aonde não é esperado nenhuma elevação de juros. Nesse caso, o importante será aguardar o comunicado e mais adiante as minutas, a fim de verificar se a última investida do Trump nesta área, causou alguma mudança por parte do FED. Eu acredito que manterão o mesmo caminho. A maior atenção acontecerá com a reunião do COPOM, também na quarta-feira. A expectativa é de manutenção dos juros SELIC em 6,5% a.a. Vale lembrar que, desde a última reunião, os dados da economia estão bastante

O tombo do Facebook

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A queda vertiginosa das ações do Facebook foi veiculada em todos os noticiários. Percentualmente, não foi das maiores, já vivenciei situações piores. Acontece que, como a companhia tinha um valor de mercado gigantesco de aproximadamente U$ 800 bilhões, 20% desse montante é maior que o PIB de muitos países. Talvez o leitor não saiba porque uma empresa que apresentou resultados positivos, possa levar um tombo desse tamanho. As ações são uma reivindicação do fluxo de caixa de longo prazo que elas fornecerão aos investidores ao longo do tempo. Quando as empresas estão crescendo muito rapidamente, os investidores tendem a olhar para trás e, como resultado, costumam aplicar taxas muito altas de crescimento esperado as empresas já maduras. Quando as avaliações são elevadas, essa prática pode ser desastrosa, como os investidores descobriram no colapso de 2000-2002 que se seguiu à bolha da tecnologia. A tendência de desaceleração do crescimento, à medida que o tamanho da empre

Estão vendo fantasma?

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Amanhã será publicado o resultado do PIB americano para o 2º trimestre de 2018. AS projeções apontam para um resultado esplendido. Como se pode notar nas expectativas do banco Morgan Stanley que projeta 4,7%, dois são os motivos para esse resultado: o aumento das exportações, principalmente a soja por conta da ameaça de imposição de tarifas pelos europeus (o que ontem foi amenizado pelo acordo anunciado entre americanos e europeus); e a queda dos impostos que impulsionaram o consumo. Mas as expectativas para o futuro estão cobertas de dúvidas. Nunca notei tantos artigos calculando os efeitos que uma guerra comercial poderá ocasionar nas economias. A pesquisa realizada periodicamente pelo Wall Street Journal com economistas, não deixa dúvidas sobre a insegurança reinante afetando o PIB. Os últimos dados do mercado imobiliário mostram uma desaceleração nas unidades vendidas bem como uma queda dos preços. Sabe-se que os chineses foram grandes compradores de imóveis

De quanto estamos falando?

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As vezes se começa uma discussão, no mundo dos negócios, sem se saber exatamente qual o tamanho do problema. Esse resultado pode ser tão pequeno que não vale a discussão, ou tão grande que coloca a empresa em risco. No caso da guerra comercial, que a cada dia se alastra, seria importante saber quais são os desequilíbrios entre os países. De que numero estamos falando? O FMI publicou um relatório e chegou a duas conclusões: O excesso de desequilíbrio permanece geralmente inalterado, cada vez mais concentrado nas economias avançadas. Sua persistência está alimentando as tensões comerciais entre os países. A configuração dos desequilíbrios não representa um perigo iminente. No entanto, se não for resolvido, poderá ameaçar a estabilidade global no futuro. O FMI divulgou suas últimas avaliações dos saldos das contas correntes para as 30 maiores economias. Buscam responder à difícil e frequentemente controversa questão: de quanto os superávits e déficits da conta corrente s

Esse é o Putin!

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Por mais que Trump tenta se sobressair como líder mundial, seu mais novo parceiro Vladimir Putin é muito mais astuto. Com uma postura totalmente distinta colocou a Rússia como um pivô entre os EUA e a China, ora pendendo para um lado, ora para outro. E diga-se que, permanece na moita! Entre abril e maio, a Rússia vendeu US$ 81 bilhões em títulos do governo americano, liquidando toda sua posição nesse ativo. Um fluxo que provavelmente foi responsável por muito, se não por toda, a alta dos juros nesses títulos. Em 2010, a Rússia estava entre os 10 maiores detentores de títulos do Tesouro dos EUA, detendo o volume de US$ 176 bilhões. Com suas participações caindo para US$ 15 bilhões em maio, o país está agora abaixo do limite de US$ 30 bilhões para inclusão no relatório mensal do Departamento do Tesouro dos principais detentores. Na terça-feira, o Tesouro divulgou uma lista de 33 países que inclui a maior detentora da China para o menor Chile. A Rússia não está mais na lista

Contribuição quase compulsória

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A Tesla, fabricante de carros elétricos, pediu a alguns fornecedores para reembolsar uma parte do que a empresa gastou anteriormente, um apelo que reflete a urgência da montadora para sustentar as operações durante um período crítico de produção. A companhia de carros elétricos do Vale do Silício disse que, está pedindo a seus fornecedores dinheiro de volta para ajudar a tornar-se rentável, de acordo com um memorando que foi enviado a seus fornecedores na semana passada. A Tesla solicitou que o fornecedor devolvesse o que ele chama de uma quantia significativa de seus pagamentos desde 2016, de acordo com o memorando. O memorando da montadora, descreveu a solicitação como essencial para a continuidade da operação da Tesla e a caracterizou como um investimento na montadora para continuar o crescimento de longo prazo entre os dois participantes. Os pedidos surpreendentes levantam dúvidas sobre a posição de caixa da Tesla, que tem diminuído depois que ele se esforçou para

A inflação está voltando aos trilhos

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Hoje foi publicado o IPCA- 15 do mês de julho. A expectativa era de uma elevação de 0,73%. Refluindo o choque duplo causado pela gasolina e a greve dos caminhoneiros, variou 0,64%, significativamente inferior a 1,11% registrado em junho. Na comparação em 12 meses, e tendo em mente esses espasmos a que estará sujeito a inflação pelos motivos citados acima, o índice passou de 3,68% para 4,53%. O arrefecimento se deu no grupo de Alimentos, Bebidas e Transportes, originado pela queda dos preços dos combustíveis. Em sentido inverso o grupo Habitação subiu, pressionado pela energia elétrica, reflexo da bandeira tarifária vermelha. Vale notar dois pontos que induz a um certo grau de otimismo, em relação as inflações futuras. Primeiro, notem que os preços livres foram pouco impactados pelo efeito pontual de maio. A taxa recém-publicada no período de 12 meses encontra-se em 2,17%, e mesmo a mensal apresentou queda de um mês para o outro (de 0,67% para 0,42%); o segundo