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Mostrando postagens de março, 2018

Sem novidades

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É raro o dia que se acorda sem novidades. No exterior temos o Trump que age como um elefante numa loja chinesa, impossível não quebrar inúmeros vasos, e localmente as frustrações de uma população esclarecida, que observa a Justiça refém de alguns Ministros que agem de forma incompreensível. Mas hoje, véspera de pascoa, todos buscam um descanso! O trimestre está terminado muito diferente do que começou, no início do ano, a bolsa americana parecia que nada poderia deter seu movimento ascendente, e melhor ainda, despacito . Num ambiente como esse, o investidor e levado a crer que basta passar no caixa e pegar os dividendos, sem susto. Mas não foi o que aconteceu, O SP500 deve encerrar com uma queda de 3 %, nada dramático, porém, quem gosta de perder quando era “obvio” que só poderia ganhar! Outro risco que ronda Wall Street é a inflação. O Mosca publicou diversos posts alertando para essa possibilidade. A publicação hoje do PCE, índice que o FED se utiliza para estabelec

Dois contra um

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Sempre que 3 pessoas precisam que chegar a uma decisão, com divergências, alguém sairá perdendo. Essa é a razão que em momentos importantes é imperativo que mais pessoas participem do processo. Foi noticiado na segunda-feira, que o líder Norte Coreano, Kim Jong Un, fez uma viagem clandestina para Beijing, se encontrando com o Presidente Chinês, Xi Jinping. Segundo divulgado, sua visita não era oficial, porém foi recebido com honras, inclusive lhe foi oferecido um banquete. O que será que eles conversaram, ou combinaram? Não tenho muitas dúvidas que o líder Chinês vai usar essa vista em seu benefício. Agora, se você fosse o Trump, sabendo que dentro em breve terá um encontro com o “doidinho” Kim Jon Un, como estaria se sentindo? Essa é mais uma consequência do jeito que o Presidente americano está conduzindo seu governo, de forma agressiva e ameaçadora. A tendência é que fique cada vez mais isolado. Pouco se tem divulgado sobre a valorização do yuan. Ao final de 2016,

A opinião de quem importa

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Durante minha vida profissional tive contato com inúmeros analistas, economistas e gestores de fundos. Aprendi que, a opinião a se ouvir é de quem bota na reta, com parcimônia, vou explicar em seguida por que. Quem não bota na reta, a sua opinião se perde no tempo, pois se acerta faz uma fanfarra, se erra, ou muda de opinião, ou fica quieto. Quem bota na reta tem sua cota publicada diariamente, não tem como fugir. A parcimônia se deve ao fato de intuir qual é a sua posição. Quando você é seu concorrente, precisa tomar cuidado para ele não te “operar”, falar que está fazendo uma coisa e na verdade está fazendo exatamente ao contrário. Isso normalmente acontece quando ainda quer aumentar sua posição. Quando já está lotado, aí sim, vai dizer a verdade, precisa de parceiros para que eventualmente possa sair da posição. Hoje vou transcrever a opinião de Ray Dalio. Eu já comentei sobre ele algumas vezes, mas só para relembrar, é o fundador da Bridge Water, um hedge fund que adm

O duelo

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Acredito que no curto prazo não tem nada mais importante do que acompanhar o desenrolar das ações tomadas por Trump, no campo de impor taxação nas importações americanas. É tão importante que, mesmo que o STF libere Lula de ser preso, ou quiçá dê condições para que ele concorra às eleições, se houver uma guerra comercial entre China X EUA, a situação econômica mundial pode se alterar significativamente. Sobre o STF, publiquei uma nota nos meus meios de comunicação que transcrevo a seguir   “Você está decepcionado com o STF? Na verdade, está decepcionado com você mesmo! Certa vez, minha saudosa analista em situação semelhante, me explicou que alguém que já mostrou exaustivamente agir de forma diferente da que você considera correta, é torcida. Você sente raiva de você mesmo. As pessoas não mudam só para te satisfazer! O STF NÃO VAI MUDAR! O presidente de uma empresa é contratado para gerir uma companhia da melhor forma. Os acionistas quando o escolheram acreditavam n

Roubaram o peru

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Estou anexando um artigo publicado pelo Estadão escrito pelo renomado colunista do New York Times, Thomas Friedman, onde cita as atitudes de Trump e Putin A compulsão une os líderes dos EUA e da Rússia . Ela cita uma história que lhe foi contada por um beduíno sobre um chefe beduíno que um dia descobriu que seu peru favorito havia sido roubado. Ele reuniu seus filhos e disse: “ Meninos, estamos correndo um grande risco. Quero que vocês encontrem o meu peru”. Como seus filhos nada fizeram, o roubo em objetos e até o rapto de sua filha se sucederam. Seus filhos se aperceberam do perigo nessa evolução, mas nada mais poderia ser feito, pois “ Tudo isso é por causa do peru, perdemos tudo”! O artigo é interessante pois faz uma comparação com o que está acontecendo Trump e com o Putin. Ontem tivemos a lamentável decisão do STF de adiar a decisão sobre o HC do Lula. Assisti a alguns trechos da explanação dos Ministros e não é preciso ter o diploma da OAB para refutar os argum

Bons tempos!

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Bons tempos o início dos anos 2000, naquela época a economia brasileira apresentava crescimento em níveis satisfatórios. Esse crescimento era oriundo de uma estabilidade financeira que começou em 1994, com a implantação do plano real, aliado a preços elevados das commodities, que fortaleceu nossas exportações. A único coisa ruim era o presidente que tinha um objetivo de se perpetuar no poder a qualquer custo. Depois de vários anos no poder, o PT foi tirado do comando do país e fomos obrigados a enfrentar a pior recessão da história. O motivo não foi nem endógeno nem exógeno, foi “roubogeno”. Uma delapidação das maiores empresas estatais, onde o objetivo era roubar e não gerir as empresas, aliado a um cenário externo mais desafiante, levou nossa economia a nocaute. Desde 2016, um novo governo, é verdade sem legitimidade, tomou posse depois do impeachment, e colocou uma equipe econômica de primeira linha. A inflação foi domada, hoje praticamente vivemos sem inflação, com nu

FED: GO!

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A atenção do dia hoje está sob Jerome Powell em sua primeira reunião no FED. Mesmo com os departamentos do governo fechados em Washington, em função da forte nevasca, o FED irá anunciar sua decisão. Antes da reunião terminar alguns indicadores já apontavam para um cenário mais restritivo em termos de política monetária. Os juros de 10 anos, alguns minutos antes do anuncio apontavam para 2,91%, muito próximo das máximas atingidas recentemente, além de que, nos mercados futuros, havia uma chance de 20% para uma elevação de 0,50% dos juros, o que eu acho muitíssimo improvável.   Um outro indicador que apresenta uma anormalidade intrigante, e a diferença entre a Libor e o OIS. Isso seria o equivalente aqui no Brasil a diferença entre a taxa Selic e a taxa do CDI, para um prazo específico, que no caso americano, é 90 dias. Ninguém sabe exatamente o motivo de tal diferencial, mas é indubitável que é uma medida da falta de liquidez. É isso mesmo, os bancos para se financiar

H2O

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À primeira vista, vocês poderiam imaginar que o Mosca resolveu fazer publicidade da marca de água H2O. Mas o assunto é bem mais sério tendo impacto econômico importante, além da sobrevivência. A Bloomberg publicou uma reportagem contendo algumas informações sobre a possível falta de agua em algumas regiões do planeta. Projetando as condições atuais, Cape Town não será a última grande cidade a quase ficar sem água. Crescimento populacional, urbanização, infraestrutura antiga, poluição e mudanças climáticas: todas são uma receita para mais escassez. Isso é preocupante porque a agricultura, a geração de eletricidade e a fabricação, para não mencionar os centros de dados do Google e da Amazon, dependem de H2O - e, é claro, precisamos dela para sobreviver. "Existe uma correlação de 100 % entre a disponibilidade de água e o crescimento do PIB", diz Arnaud Bisschop, da Pictet Asset Management. "Se não há água, não há crescimento econômico". Trilhõ