A Amazon desafia a regra? #usdbrl

 


Hoje os mercados estão fechados nos EUA, onde se comemora o Memorial Day. Nesses dias, pouca coisa acontece ao redor do mundo em termos de movimentos.

Vou aproveitar para dividir um artigo de Tara Lachapelle na Bloomberg sobre o que pretende a Amazon com sua última aquisição — a MGM, estúdio de cinema com longa história.

Desde Hollywood até cuidados de saúde, a Amazon.com Inc. parece estar crescendo tentáculos a uma taxa acelerada. A varejista online adquiriu a MGM, um remanescente histórico da era de ouro do cinema, por US$ 8,45 bilhões, sua segunda maior aquisição depois do Whole Foods Market. A maioria das empresas em meio a uma expansão estratégica tão importante pararia por aí, mas não a Amazon. Dizem que está elaborando seu próximo plano para abrir farmácias nos EUA e se aprofundar na distribuição de medicamentos. São as manchetes só desta semana — o conglomerado de US$ 1,6 trilhão estende seu alcance muito mais distante. E agora, enquanto o fundador da Amazon prepara sua saída, é essa cultura multifacetada, ainda que caótica, que está fazendo os investidores se perguntar o que está acontecendo com essa gigante tecnológica, se é que o adjetivo ainda vale.

Os movimentos recentes da Amazon significam que Walt Disney Co. e CVS Health Corp. têm um inimigo comum, o que quase soaria absurdo se não tivesse algum precedente. Pergunte à General Electric Co. como isso funcionou. A diferença entre a Amazon e os conglomerados fracassados que vieram antes dela, no entanto, é que, através de seus interesses divergentes, parece haver uma missão unificada: tornar mais fácil para os consumidores obter as coisas. Ele faz isso encurtando a viagem do ponto A para o ponto B ou consolidando serviços em uma única assinatura conhecida como Prime. É um modelo de negócio mais virtuoso do que a construção de impérios movidos pelo ego.

O método da Amazon assegura sua utilidade em nossas vidas, uma relação que, uma vez estabelecida, é difícil de ser quebrada por seus concorrentes. A desvantagem é que isso levou a reclamações de práticas anticompetitivas, prejudicando os comerciantes terceirizados em seu próprio aplicativo de compras e impedindo-os de oferecer melhores preços em outras plataformas. Essa última parte é justamente o foco de um processo antitruste aberto esta semana pelo procurador-geral de Washington, D.C. E outros estados estão avaliando suas próprias ações.

 


A pergunta que surgiu repetidamente no ano passado é se algo precisa ser feito sobre o poder descontrolado da Amazon, e se assim for, o quê? E, no entanto, uma pergunta muito mais difícil é muito mais básica: o que é a Amazon?

As demonstrações trimestrais da empresa dividem a receita nas seguintes rubricas principais: e-commerce, lojas físicas, a divisão de computação em nuvem da Amazon Web Services e assinaturas. Bezos, falando com investidores esta semana, definiu ainda mais a Amazon como tendo três "pilares" corporativos: AWS, Marketplace e Prime. Para que uma atividade atinja esse status de pilar, disse ele, deve ser um produto ou serviço que os clientes amam e que pode crescer significativamente enquanto produz fortes retornos e permanece durável ao longo do tempo. Ele indicou que a Alexa, o dispositivo assistente controlado por voz, e a Amazon Studios, seu braço de produção de TV e filmes, são futuros candidatos. Mas mesmo pilares são estruturas muito pequenas para retratar com precisão o escopo e influência da Amazon.

Esta é uma empresa com uma participação de 40% das vendas totais de e-commerce nos EUA, onde a segunda maior é a Walmart Inc. com apenas 7%, de acordo com o EMarketer. Ela captura 83% de todas as vendas online de livros, vídeos e músicas, bem como cerca de metade das compras de computador, eletrônicos de consumo, brinquedos e hobby feitas online. Na verdade, tem mais de 25% de participação em todas as categorias, exceto em peças automotivas. A Amazon também é um terreno fértil de dados pessoais valiosos. À medida que as vendas e taxas de comércio eletrônico da empresa cresceram US$ 83 bilhões no ano passado em meio a bloqueios pandêmicos, sua participação na receita de publicidade digital dos EUA também saltou para 10,3%.

 


E tudo isso é apenas sua pegada virtual. Só na América do Norte, a Amazon possui ou aluga cerca de 345 milhões de metros quadrados com armazéns de distribuição e data centers, espaço de varejo e escritórios — o que significa que essa empresa "tecnológica" tem uma presença física maior do que a Target Corp. Em suas instalações de distribuição e dados poderiam caber mais de 2.000 armazéns da Costco Wholesale Corp. E a Amazon emprega cerca de 1,3 milhão de pessoas, incluindo mais de 100.000 motoristas — por enquanto — para seus serviços de entrega em domicílio representando uma ameaça direta à FedEx Corp. e à United Parcel Service Inc.

A Amazon e sua logística também podem ter avançado nos cuidados de saúde já faz tempo. A joint venture com a Berkshire Hathaway Inc. e o JPMorgan Chase & Co. — criada para combater os altos custos de saúde — foi desmantelada sem cerimônia este ano. No entanto, sua aquisição em 2018 da startup de farmácia online Pillpack inaugurou o lançamento mais recente da Amazon Pharmacy, oferecendo entrega domiciliar de medicamentos receitados e descontos para pessoas que não têm convênio de saúde. Agora, parece que também quer abrir farmácias físicas,, de acordo com um relatório do Insider.

 


Nessas frentes, a Amazon está competindo tanto com firmas estabelecidas como com startups fartamente financiadas, sem muita diferença em relação a seus esforços em streaming de TV. E no momento, não parece estar oferecendo muito que seja único ou disruptivo em qualquer indústria. A compra da MGM parece ter como objetivo converter mais membros prime em usuários do Prime Video, dado que muitos ainda confiam na Netflix Inc. como seu serviço preferido. Mas o tom seco do anúncio sobre o acordo faz duvidar de que seja um divisor de águas — não porque não poderia sê-lo, mas porque não está claro que a Amazon está tão comprometida assim.

A MGM é apenas a mais recente aposta da empresa no entretenimento, tendo comprado a Twitch por menos de US$ 1 bilhão em 2014 para entrar no negócio de transmissão ao vivo de videogames. Até hoje, porém, a maior compra da Amazon continua sendo a maior intrigante: adquiriu a Whole Foods por US$ 13,7 bilhões em 2017, uma aquisição que parece ter sido esquecida dentro e fora da empresa. No caso da MGM, esta pelo menos tem uma ligação mais clara com a estratégia prime.

Ainda assim, Bezos não deu nenhuma indicação de que a empresa está pronta para colocar o mesmo esforço em streaming e serviços de saúde que na Amazon.com. Ele vai se afastar em julho, e Andy Jassy, que dirige a AWS, assumirá o comando. Quando o plano de sucessão foi anunciado em fevereiro, o diretor financeiro Brian Olsavsky chamou Jassy de "líder visionário" que "entende o que faz da Amazon uma empresa tão especial e inovadora". Ótimo, talvez ele possa dar pistas para o resto de nós.

O Mosca vai arriscar um palpite. Não tenho dúvidas de que, quanto mais perto do consumidor, mais uma empresa conhece suas preferências e, portanto, melhor poderá oferecer produtos e serviços.

Vocês já devem ter percebido que o Google lhe oferece produtos e serviços de acordo com consultas que fizeram, ou mesmo observando locais que visitam. A Amazon não possui essa abrangência pois só consegue identificar o que você adquiriu, ou no máximo, consulta em seu aplicativo. Acredito que a Amazon imagina que a Google é uma grande ameaça sua no futuro.

Como poderia suplantar essa ameaça, ficando cada vez mais próximo ao consumidor? Parece que é isso que tenciona ao entrar na área de saúde e entretenimento.

Vocês podem imaginar qual a sua potência ao saber as pessoas gostam de comprar, de assistir e seus riscos médicos, usando inteligência artificial, e mais, com a imagem de ter os produtos mais barato?

No caso da MGM, além de distribuir filmes de terceiros através do Amazon Prime Video, quer também ter a opção pela geração dos filmes, o que todas suas concorrentes têm.

Mas será que a Amazon vai quebrar minha regra de que ninguém é bom em tudo? Até hoje quem tentou não conseguiu e acabou atrapalhando o negócio central, como foi o caso da GE. Saberemos no futuro!

No post os-detalhes-importam fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...”  é necessário que o dólar continue caindo e negocie abaixo de R$ 5,20. Nada se altera em termos de objetivos, como se nota no gráfico a seguir” ...

 


 Hoje pela manhã o dólar tentou negociar abaixo de R$ 5,20 e foi em seguida rejeitado, com uma reação mais abrupta de alta. Acredito que havia muita gente como esse objetivo na cabeça que buscou zerar suas posições vendidas.

Por enquanto, trabalho com a continuidade da baixa. Como venho comentando, por enquanto o dólar vem desenhando os movimentos como se fosse o livro texto de Elliot Wave — não mostro as subdivisões em intervalos mais curtos, porém é isso que observo também.



Aparentemente — realmente! O gráfico parece bem confuso, mas procurei indicar o que seria relevante se observar. Incialmente, o nível destacado com a seta em verde, que caso ultrapassado indicaria um caminho diferente do que estou projetando, no curto prazo. Quero frisar que, mesmo que ultrapasse, não significa o abandono da queda, apenas teria que refazer a hipótese de curto prazo.

A linha em azul indicaria os vários movimentos esperados até que se atinja o nível de R$ 4,90. Por último, embora eu não use com frequência, também é possível se estimar o prazo, que destaquei no retângulo em amarelo, entre agosto e setembro.

- Opa David, estava escondendo o leite? Sempre vi você dizer que o prazo não existe projeção!

É verdade que busco não postar essa informação — o outro software que usava não continha essa projeção e, embora exista no atual, está sujeita a grandes oscilações. Como no caso do dólar está indo em cima das previsões, achei que poderia dividir também essa informação. Vamos ver se funciona.

O SP500 permaneceu fechado; o USDBRL fechou a R$ 5,2181, com queda de 0,11%; o EURUSD a 1,224, com alta de 0,29%; o ouro a U$ 1.907, com alta de 0,28%.

Fique ligado!

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