Nenhum país quebra

Uma matéria publicada pelo Financial Times, baseado em artigo divulgado no início deste ano pelos acadêmicos Josefin Meyer, Carmen Reinhart e Christoph Trebesch, comprovam a tese que países não quebram, podem renegociar sua dívida em condições “ruins”, mas não quebram. Acontece que, dependendo da hora que o investimento é feito, o ruim pode não ser tão ruim. Nenhum ativo argentino escapou na semana passada da volatilidade do mercado. Não menos importante, os títulos em dólar do país que vencerão em 2117. Os chamados "títulos do século" negociaram até 66 centavos de dólar, antes de se estabilizarem em torno de 67 centavos. Quando o país emitiu pela primeira vez a dívida de U$ 2,75 bilhões em junho de 2017, com um rendimento anual de 7,9%, os investidores correram para adquiri-lo. A demanda desmedida atraiu muito ceticismo e, às vezes, gozação, com muitos destacando-o como um sinal claro de espuma no mercado. As principais questões foram, em primeiro lugar, qu...