O mercado enquadrou a Nvidia #nasdaq100 #NVDA #IBOVESPA

 

Chegou a hora de encarar algo que o mercado fingia não ver: o ponto de inflexão da Nvidia. Quando escrevi no Mosca que a empresa caminhava para uma situação de “quase monopólio”, muitos leitores acharam exagero. Mas o que parecia uma fortaleza impenetrável está, finalmente, sendo testado. E, como sempre acontece nas grandes histórias de mercado, a pressão não veio por um único flanco — ela veio de todos os lados ao mesmo tempo.

O ponto de partida é claro: a Google resolveu entrar na briga, oferecendo ao mundo empresarial seus chips TPU para aplicações de IA, e o impacto foi imediato. Segundo Ed Yardeni, o lançamento do Gemini-3 gerou uma rotação entre Alphabet e Nvidia e colocou fogo na discussão sobre liderança tecnológica.


Mas aqui entra uma provocação que aprendi nos anos 80: ninguém é bom em tudo. Ser dominante em buscas não garante ser dominante em silício. E, apesar de toda a propaganda, ainda não sabemos se os TPUs da Google terão a mesma eficiência, robustez e capacidade de escalar que o ecossistema da Nvidia — que não é só chip, mas hardware + software + comunidade. E, num setor onde atrasos de seis meses equivalem a perder anos de competitividade, o diabo está nos detalhes que ninguém vê.

 

A transformação do “quase monopólio” em oligopólio

O Mosca já apontava esse movimento: estamos vendo a passagem natural de um mercado dominado quase exclusivamente por um player para um oligopólio tecnológico global. É a transição mais conhecida na história industrial: margens extraordinárias atraem concorrentes extraordinários. E agora o bolo da IA ficou grande demais para alguém comer sozinho.

O Wall Street Journal reforça que a Nvidia desfruta de margens na casa de 70%, uma anomalia até para padrões de tecnologia avançada. Isso provocou um movimento silencioso porém poderoso: clientes começaram a perceber que a dependência excessiva da Nvidia coloca suas próprias margens em risco. É aí que entram Google, AMD, Amazon e, em breve, possivelmente até Meta e Tesla desenvolvendo seus próprios aceleradores.


A geopolítica virou variável de preço

O relatório Top of Mind do Goldman Sachs traz um pano de fundo indispensável: a guerra tecnológica entre EUA e China. Não se trata mais sobre chips; trata-se hegemonia nacional, energia, minerais raros e infraestrutura crítica — a espinha dorsal da economia moderna.


A corrida dos modelos de IA

Yardeni destacou que, após o Gemini-3, a OpenAI declarou “Código Vermelho”. Mas o dado mais impressionante veio do Deutsche Bank: OpenAI prevê 488 bilhões de dólares em gastos até 2029, contra 345 bilhões de receita. Um rombo estrutural de 143 bilhões antes dos compromissos de 1,4 trilhão em data centers. Nenhuma startup enfrentou algo remotamente parecido.


Volatilidade virou regra, não exceção

O Deutsche Bank mostra que o Mag-7 já oscilou até 134 pontos percentuais em um único ano. É como nos videogames: você toma tiro de todos os lados, e o Game Over custa dinheiro de verdade.


A tese central: Nvidia continua forte, mas a fase mudou

O Mosca já alertava: a Nvidia era um “banco ótimo” numa fase em que qualquer banco ganhava dinheiro. Agora a música mudou. A empresa continua sólida, poderosa e com um ecossistema extremamente difícil de replicar. Mas isso não significa que o caminho daqui para frente será suave.

O mercado vai testar:

- a capacidade de manter margens;

- a resistência da liderança tecnológica;

- a fidelidade dos clientes;

- a capacidade de oferecer preço competitivo;

- e a defesa do seu ecossistema contra verticalização.

Não acabou a festa. Não acabou a liderança. Mas, como sempre digo por aqui, acabou a moleza.

E o mercado, com sua frieza habitual, fez apenas o que sempre faz: enquadrou.

 

Análise Técnica

No post “A economia sem conserto” fiz os seguintes comentários sobre a nasdaq100 que foi longo e com muitos detalhes, destaquei o que devemos observar no curto prazo: “Preciso destacar que a onda (4) vermelha parece ter terminado, não posso afirmar ainda. Partindo desse princípio, todo esse raciocínio vai por água abaixo se a onda (5) vermelha ultrapassar 27.201, nem um centímetro a mais!”


Todas as dúvidas expostas acima continuam válidas, enquanto não ultrapassar o nível de 26.166 a onda 4 vermelha pode estar em curso, falta pouco, menos de 2%. O mercado vai nos dizer se a ameaça de término da onda (III) vermelha é real ou vou ter que refazer minhas hipóteses (como comentado no post acima). Let The Market Speak!


Em relação a Nvidia comentei: “A Google está ameaçando o reinado da Nvidia como comentei no post “”. Essa concorrência impactou os preços de suas ações. Por enquanto não foi violado o nível assumido acima, mas se encontram bastante próximos e observando o movimento numa janela menor não existe reversão explicita. Vamos torcer”


Recebi informações que o mercado está vendido em Nvidia, e mesmo assim suas ações não sofreram muito, porém não solte rojões, ela precisa se afastar do nível de U$ 164,16 para que minha contagem seja válida.


- David, por tudo que vem comentando não seria melhor substituir a Nvidia pelas ações da Google, a nova “Queridinha”? Hahaha.

Sem comentários meu amigo!

O presidente Lula acha que tem uma carta na manga para oferecer ao Trump, as Terras Raras que são tão importantes nessa era de IA. O JPMorgan realizou um estudo sobre esse tema na America Latina e o gráfico abaixo mostra a situação nossa e de nossos vizinhos

Não parece tão expressiva assim, talvez só a bauxita merece algum destaque, e mal sabe ele que o processo para permitir a extração exige grandes investimentos e é demorado. Por essa razão que, a expectativa do Lula que se acha muito mais esperto do que é e imaginava que ficou “amigo” do Trump, uma raposa nos negócios, as tarifas continuam nos 40%, e claro somente nos produtos que não interessam aos EUA.

Embora não haja comentários por parte dos americanos seguramente eles estão acompanhando os absurdos que estão ocorrendo recentemente no caso do Banco Master e na proibição de qualquer cidadão solicitar o impeachment de algum membro do STF. Isso agravam a imagem do nosso país.

Aqui está o texto corrigido, com pontuação ajustada e fluidez aprimorada — mantendo o tom Mosca, direto e provocador:

Durante o horário de almoço, uma informação caiu como um meteoro no mercado: a de que Flávio Bolsonaro seria candidato à Presidência da República por indicação do próprio pai. Se foi um teste, já deu para saber que seu nome é tóxico — e ainda reforça a probabilidade de uma eventual vitória do Lula.

Duas reflexões importantes:

  1. O mercado quer um nome como Tarcísio.
  2. Se a bolsa estava subindo por conta de uma possível mudança, então foi pelo motivo errado.

Na posição de bolsa brasileira, fomos estopados pela manhã exatamente no preço de entrada.


O S&P 500 fechou a 6.862, sem variação; o USDBRL a R$ 5,4538, com alta expressiva de 2,70%; o EURUSD a € 1,1641, sem variação; e o ouro a U$ 4.200 com queda de 0,18%.

Fique ligado

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