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O botão vermelho

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O FED vem repetindo que, enquanto o mercado de trabalho não se normalizar e a inflação sair da zona que poderia desembocar numa deflação, não subirá os juros e ponto. No ano passado, Bernanke colocou uma meta para estas duas variáveis, deixando claro a intenção da autoridade monetária. Depois disso, como a taxa de desemprego se aproximava da meta e muitas dúvidas paira sobre o "estoque" de trabalhadores que saíram do mercado de trabalho nos últimos anos ( participation rate ) , resolveram desvincular deste índice. Acontece que periodicamente O FED divulga suas projeções para os principais indicadores econômicos. Vejamos o último publicado na reunião de março último. Eu destaquei os parâmetros que são os principais na execução da política monetária, vamos começar pela taxa de desemprego, a mais recente encontra-se em 6,3% e é referente ao mês de abril, notem que já está dentro do limite esperado para o final de 2014; no front da inflação, embora o PCE, índice usado

A Grande Incógnita: China

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Desde que o novo governo assumiu na China, seus esforços tem sido para incentivar o consumo interno, pois acreditam que o modelo usado nestes últimos anos, apresentam um risco importante para o crescimento Chines. Desde então, vários movimentos aconteceram naquele mercado, inicialmente, com o não pagamento de um Bond da China Credit Trust Co., em janeiro deste ano, depois foi a inesperada desvalorização do Yuan. Mas os resultados até agora não foram muito satisfatórios, pois a economia está num nível perigoso, o PIB está ao redor de 7% , e o consumo não vem crescendo como o esperado. - David, 7% de PIB é perigoso? Faz me rir ...Ha,ha,ha! Pois é, parece piada mas é verdade, num país com 1,3 bilhões de habitantes, onde vêm acontecendo uma migração do campo para as cidades, a criação de novos empregos todos os dias, é fundamental para que haja tranquilidade social, e o governo sabe muito bem disso. Neste final de semana foram publicados os dados da balança comercial com um saldo mu

O emprego bateu nos centavos

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O termo do post é muito usado em finanças quando um cálculo complexo está totalmente correto, assim ele "bate nos centavos". Hoje foram publicados os tão esperados dados de emprego nos USA, e de todos estes meus anos de mercado financeiro, mais de 35 anos, rara vezes ouve tanta coincidência entre os dados previstos e os esperados. Vejam abaixo: Isto que é acertar na mosca! Hahahah... Qual o impacto para o mercado? Neutro, pois são as "surpresas" que garantem volatilidade, que anda muito baixa. O gráfico a seguir corrobora minha visão que o mercado de trabalho está estável, nem muito quente, nem muito frio, e aí existem 2 visões: A otimista é que com a expectativa de crescimento do PIB, e como os dados de emprego são atrasados, é um questão de tempo para que melhorem à frente; a pessimista é que outras forças estão atuando como as inovações tecnologias e este é o novo padrão para o mercado de trabalho. Uma grande dúvida, inclusive no FED, é o que vão f

Quando o inimigo é mais forte

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De que adianta um exército estar super aparelhado se seu inimigo é mais forte? Não muita coisa, pois consegue deter o avanço ou até conquistar pequena vitórias, mas no decorrer do tempo vai perdendo terreno. Esta me parece ser a situação da Europa, de tempos em tempos o ECB anuncia uma série de ações que causam um impacto temporário, mas as forças "inimigas" são mais fortes. Como era esperado, o ECB anunciou algumas medidas para evitar um risco eminente de deflação naquela zona: Cortou a taxa de refinanciamento de 0,25% a.a., para 0,15% a.a. Um detalhe é que a praticada no mercado já era abaixo desta última. Estabeleceu uma taxa negativa de 0,10% a.a., para os depósitos dos bancos no ECB. Fato inédito em toda a história Européia. Alguns programas para aumentar a liquidez no sistema, como as que foram implementadas em 2012, mas ainda não anunciou medidas equivalentes ao QE americano, guardou para o futuro. A primeira reação no euro foi uma queda ao nível de 1,35,

Luz fraca no final do túnel

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Se tem algo que Wall Street não espera e não deseja, é ser surpreendido com um resultado abaixo das expectativas na geração de empregos. Os analistas colocaram todas suas fichas na mesa, apostando que o fraco desempenho no 1º trimestre deste ano foi causado pelo mal tempo, e que daqui em diante tudo vai ser diferente, como exemplo, o Deutsche Bank que projeta um PIB neste 2º trimestre, em bases anuais, de 4,2% a.a. Nas próximas 48 horas 2 eventos serão observados com muita atenção, ou tensão, o resultado da reunião do ECB amanhã e a publicação dos dados de emprego na sexta-feira. E é sobre este último que um dado publicado hoje pela manhã, colocou um sinal de alerta para os super otimistas. O  ADP  publica todo início de mês, sua estimativa para a criação de empregos nos USA, veja os resultados. Foram criados 179.000 quando a expectativa era de 210.000. Houve um retorno aos níveis de janeiro, quando foi afetado pelas baixas temperaturas. O resultado não é horrível, mas é d

Sem saida

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Se o Super-Mario estava esperando alguma indicação para o lançamento de seus helicópteros, já não deve ter mais dúvidas, hoje foi anunciado o índice de inflação do mês de maio para a zona do euro, meros 0,5% a.a., o mais baixo desde 2009, e menos da metade do objetivo do ECB. Em outras palavras tudo que foi tentado na Europa não está funcionando. Como pode-se ver abaixo, a maior queda do índice deve-se a energia, outros bens que não energia, e uma modesta alta de alimentos em 0,1%. O que mais intriga é que a queda nos empréstimos para empresas privadas, não se deve a falta de oferta mais falta de demanda, onde infelizmente, o ECB não tem nenhum controle. Esta instituição tem algumas armas para tentar combater este estado pré-deflacionário, sendo que a mais polêmica, seria uma taxa negativa sobre o depósito dos bancos no ECB. Será que funciona? A Dinamarca que introduziu taxas negativas há 2 anos  micrometro-financeiro , teve algum impacto nas taxas de empréstimo? A resposta é n

O futuro ex-Minístro

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Esta semana está recheada de informações e decisões importantes, os PMI's de manufatura e serviços, a decisão do ECB sobre o corte ou não de juros, e por fim o anúncio dos dados de desemprego dos USA. Na Europa as apostas já estão feitas, até os Ucranianos estão vendidos no euro! Hahahah.. Hoje foi publicado os PMI's da Europa e não foi uma boa notícia em geral, 2/3 apresentaram queda, inclusive a Alemanha, veja a seguir. Na sexta-feira foram publicados os dados sobre o PIB brasileiro, e como via de regra nestes últimos tempos, foi pífio, um crescimento de 0,2% no trimestre e uma taxa anual de 1,9%. Em seguida todos os economistas revisaram suas estimativas para 2014, aqui na Rosenberg foi para 1,6%, e não esqueçam que teremos um evento especial que é a Copa do Mundo. O que mais desanima são os dados da taxa de investimento que passou para 17,7% do PIB, em queda constante desde 2010, e a taxa de poupança de 12,7%, significando que o país continua bastante dependente da