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Semana dos BC's

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Esta semana será recheada por reuniões de bancos centrais a saber: FED, BCB e BOE. Mas o que mais chama a atenção é o americano, não por que se espera algo de muito diferente, e sim pelo fato desta instituição se encontrar sob nova direção. Os diretores da Reserva Federal que se encontram nesta semana irão pesar se irão precisar aumentar as taxas de juros de forma mais agressiva nos próximos anos, devido a recentes cortes de impostos e aumento de gastos do governo. O FED em dezembro, esperava um caminho gradual de elevação das taxas, permitindo que a economia continuasse expandindo sem superaquecimento. Desde então, no entanto, a explosão do estímulo fiscal, juntamente com o crescimento constante e o desemprego muito baixo, levantou questões sobre quanto tempo eles devem manter essa abordagem. O FED deve aprovar uma elevação da taxa em sua reunião que termina quarta-feira. Eles também lançarão projeções atualizadas mostrando se mais deles agora, favorecem quatro aumen

Conselhos do FMI

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Antes de iniciar o assunto de hoje, gostaria de complementar alguns dados referente aos hedges funds, que foram publicados pelo JP Morgan. O gráfico a seguir mostra como as taxas cobradas por esses fundos vem caindo nos últimos anos, tanto a taxa de administração como a de performance. Notem que a queda mais expressiva é nessa última, o que poderá ser um fator de maior equilíbrio no futuro. Eu particularmente sugeriria a que esses gestores escolhessem ou dar mais peso a taxa de administração – por exemplo 1,5% de taxa de administração com 5% de performance, ou ao contrário -   0,5 % de taxa de administração e 15% de taxa de performance. O que não dá é para as duas serem elevadas. Eles chegam lá! O FMI publicou um documento que servirá de base para as discussões do grupo do G-20, que transcrevo a seguir. Quando os ministros das Finanças do Grupo do G-20, e os governadores dos bancos centrais se encontraram em outubro passado, houve uma sensação de otimismo sobre

Quando o chefe atrapalha

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Quando se trabalha numa empresa não se escolhe o chefe. Todos que já trabalharam em empresas maiores devem ter passado por situações bizarras. O que posso dizer com certeza é que chefes incompetentes escolhem pessoas incompetentes como colaboradores. Essa é uma situação lógica, pois como poderá ele administrar seu grupo, se tiver um funcionário excepcional? Alguns chefes são legais e permitem um ambiente saudável, outros vivem pressionando seus subordinados acreditando que essa é a melhor forma de gerir pessoas, e outros acabam atrapalhando mais que ajudando. Numa empresa saudável essas anomalias tendem a ter uma vida curta, o próprio ambiente os “expulsa”. Mas o post hoje tem um protagonista especial, o Presidente Trump. Se tem noticiado que o clima dentro da Casa Branca é um desastre, também a cada semana o troglodita mexe na sua equipe, além dos mais, os melhores qualificados aproveitam para pedir demissão. A economia americana está se recuperando de forma firme, s

Mais do mesmo

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Os leitores do Mosca sabem que não sou fã da categoria de fundos denominados de hedge funds. Diversas vezes expus as razões para que não se invista nesses fundos, onde o principal motivo são suas elevadas taxas cobradas dos clientes, principalmente a de performance pela sua sistemática de cobrança. Esse conceito vale tanto internamente quanto no exterior. Vários estudos acadêmicos mostram que seus retornos deixam a desejar. Eu mesmo, elaborei junto com uma colega da FEA, um estudo sobre os fundos multimercados no Brasil, no período entre 2005 a 2015, acompanhando uma carteira de 7 fundos, que se modificava em função do resultado passado – a cada 3,6,9 e 12 meses. O resultado contradiz o conceito de longo prazo, pois para se obter um retorno positivo, acima do CDI, era necessário refazer a carteira a cada trimestre. Isso porque, no prazo mais longo, a manutenção da carteira original apresentou retorno inferior ao CDI. A Bloomberg publicou uma matéria apontando a performan

Vetores em sentido opostos

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Para quem já estudou física sabe que quando vetores de força agem em sentido contrário o que importa é a resultante. Por exemplo uma força no eixo X de uma unidade composta com uma outra no eixo Y também de uma unidade, resultará numa força a 45 ° de √2 unidades. Em economia não é tão simples assim, pois as forças econômicas não podem ser expressas em vetores e muito menos calcular sua intensidade, mas o princípio da resultante é valido. Esse fenômeno parece acontecer na economia americana, pois alguns fatores importantes apontam em direções opostas. Vamos começar pela publicação recente do grau de otimismo. O gráfico a seguir é uma composição dos vários indicadores elaborados por diversos institutos de pesquisa. Como se nota, o mesmo se encontra nos maiores níveis históricos, indicando o grau de otimismo dos empresários. Outro fator que se acompanha com lupa é o nível de inflação, um dos grandes temores do mercado. Hoje foi publicado o CPI do mês de fevereiro c

Não foi só um susto!

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Passados 30 dias da chacoalhada dos mercados financeiros, a calma volta a prevalecer. O SP500 está muito próximo da máxima atingida de 2.872, no final de janeiro. Então se pode assumir que está tudo resolvido, não passou de um susto? Os investidores em geral permanecem otimistas na bolsa e em outros investimentos, auxiliados por um relatório positivo de empregos nos Estados Unidos na sexta-feira. Mas repetidos episódios de volatilidade do mercado em 2018 e os sinais de uma elevação da inflação, os forçaram pela primeira vez em vários anos a reavaliar sua tolerância ao risco. Para muitos, isso significa aumentar as posições de caixa, cortar a parcela em ações, ou diversificar as carteiras. Embora com um crescimento econômico modesto, mas melhorando, e elevações muito graduais das taxas de juros, possam de fato, continuar a caracterizar os mercados financeiros em 2018. Sinais de maior inflação, o aumento das taxas de juros dos EUA e as ameaças de uma guerra comercial glo

Robôs High Tech

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Muito se tem discutido sobre a destruição de empregos ocasionada com a substituição de humanos por robôs. Naturalmente, isso passa a ser uma ameaça a sociedade como um todo. Porém um estudo publicado por David Autor, professor do Massachusetts Institute of Technology, comprova uma realidade que parece mais consistente com os resultados econômicos, aparentemente distorcidos. Ele refuta a noção de que a automação está eliminando empregos amplamente na economia, mas conclui que o avanço tecnológico não recompensa muito os trabalhadores com renda adicional. Ao longo das cinco décadas anteriores, a automação não reduziu o número de empregos disponíveis em 18 economias avançadas, incluindo os EUA - de fato, ajudou a aumentar o emprego total, segundo o artigo acadêmico publicado por David Autor. Mas o estudo do economista também descobriu que a automação e os aprimoramentos de produtividade que ele conduz, resultaram com que os trabalhadores levaassem para casa, uma fatia me