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Sem futuro

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Todos os leitores do Mosca devem ter ficado surpreso com o resultado das pesquisas eleitorais publicados pelo Ibope. Independente do Lula poder ser ou não candidato, na pesquisa espontânea, ele é a escolha da grande maioria da população, com 37% dos votos. É muito provável que não lhe seja dado o direito de concorrer, mas esse número quer dizer muita coisa para mim. O primeiro recado que o eleitor brasileiro nos dá é que não está interessado em ter um governante que seja honesto ou qualificado, o que importa são as benesses que lhe são oferecidas, sem se preocupar como são obtidos esses recursos. O governo que paga, é o mantra que usam, não é seu problema se o déficit vai para o espaço. Se este pré-requisito é garantido, o fato do governante ser honesto ou não é de pouca importância, afinal todos roubam. Com esse raciocínio simplista, esse eleitor não deveria reclamar dos assaltos e roubos que estamos sujeitos todos os dias, ou quando é de sua propriedade deveria ser dif

Desapego

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A cada dia, mais e mais pessoas usam serviços temporários. Ao invés de comprar produtos que permanecem ociosos por boa parte do tempo, adquiri serviços temporários. Os mais óbvios e difundidos são os automóveis que, na maioria dos casos, ficam parados em alguma garagem. Eu já me juntei a esse grupo, vendi meu carro! Demorou um pouco, mas posso dizer que é muito melhor e mais barato andar de Uber. O Wall Street Journal publicou uma reportagem sobre esse assunto, que compartilho a seguir. Alguns problemas sociais são descaradamente óbvios na vida cotidiana, enquanto outros são de longo prazo, mais corrosivos e, talvez, quase invisíveis. Ultimamente tenho observado um problema deste último tipo: a erosão da propriedade pessoal e o que isso significará para nossa lealdade aos conceitos tradicionais de capitalismo e propriedade privada. Os principais responsáveis pela mudança são o software e a internet. Por exemplo, o Kindle da Amazon e outros métodos de leitura on-line r

China sob pressão

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Durante anos, a economia chinesa se beneficiou de uma dinâmica incomum. Como a China usa uma paridade baixa do dólar, suas taxas de juros estão atreladas ao Federal Reserve. Após a crise financeira, como o Fed manteve as taxas excepcionalmente baixas por um período prolongado, a China foi capaz de definir suas próprias taxas mais baixas do que seria necessário, assim, conseguiu subscrever seu modelo de crescimento liderado por investimentos. Agora este modelo está sob pressão significativa. O Banco Central da China está tentando manter as taxas baixas em uma economia superalavancada, enquanto o Fed está elevando os juros para conter a inflação. O aperto no diferencial de rendimento entre os dois países ameaça a cotação do yuan frente ao dólar, e pressionará o PBOC a aumentar os juros. Como a China lida com este desacoplamento é de importância crítica para o seu futuro econômico. Desde dezembro de 2015, o Fed elevou sua taxa básica de juros sete vezes, de 0,25% para 2%

Poucas boias

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Ontem participei do evento organizado pelo Banco Credit Suisse, onde vários gestores de fundos se apresentaram. De uma maneira geral existe um consenso otimista em relação a bolsa americana, e uma postura cautelosa em relação aos ativos brasileiros, exceto a SPX, que através de seu CEO Rogério Xavier, traçou um quadro extremante negativo. Porém foi na apresentação de Maurício Moura da Ideia Big Data, onde o interesse se voltou com mais atenção. Comentou sobre a próxima eleição. Suas principais informações foram bastante elucidativas considerado a curta distância em que nos encontramos do primeiro turno. Eu poderia resumir os seguintes pontos: Acredita que teremos um segundo turno entre Bolsonaro x Haddad, uma vez que, Lula é inelegível; independente de quem ganhe será por uma pequena parte dos eleitores, haja visto que, nessa eleição o número de votos brancos, nulos e ausência será recorde. Assim sendo, não terá grande apoio. Com isso em vista, e caso o PT ganhe, o me

Carros elétricos: O presente

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Frequentemente são apresentados novos carros elétricos produzidos pelas empresas automobilísticas conhecidas ou a Tesla, especializada nesse tipo de automóvel. Diversos países já anunciaram um cronograma com a morte anunciada dos veículos a combustão. Essa mudança já é uma realidade e dificilmente será alterado. A população mundial está muito preocupada com a poluição, exigindo de seus governantes que tomem posições no sentido de diminuir a emissão de gases. A bateria é um elemento crítico nesse processo, tanto em termos de sua dimensão, custo e reposição de energia. Um estudo elaborado pelo FMI, aponta as principais matérias primas usadas nas baterias em conjunto com suas evoluções de preço. O aumento na demanda por carros elétricos foi impulsionado em parte pela queda dos custos das baterias de íons de lítio - impulsionadas pelo progresso tecnológico - que alimentam tudo, desde carros elétricos até smartphones. Lítio e cobalto são componentes críticos em bateria

Não esqueceram de mim

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Nos anos 90, o filme Esqueceram de mim fez muito sucesso. Uma família de Chicago planeja passar o Natal em Paris. Porém, em meio às confusões da viagem, um dos filhos, Kevin (Macaulay Culkin), acaba esquecido em casa. O garoto de apenas oito anos é obrigado a se virar sozinho e defender a casa de dois insistentes ladrões. Hoje o mercado resolveu dar um refresco a Turquia, depois de vários dias apresentando desvalorizações crescentes, uma onda de realização de lucros deve ter ocasionado a alta superior a 7%. Mas a perseguição do mercado, aos países emergentes, não parece ter terminado, apenas uma trégua. Há dois meses foi a vez da Argentina ocupar o noticiário de forma bastante semelhante. Mas entre esses dois países existe uma diferença importante, enquanto nossos Hermanos tem um presidente que é empresário, a Turquia tem um populista. Como disse, o gestor de um Fundo Hedge, “ é uma Dilma com muito mais poder”. O pais vizinho teve sua moeda beirando os 30 pesos por dó

Salários estagnados

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A Turquia tem gerado extrema volatilidade aos mercados emergentes sem que se vislumbre um final natural nesses casos. O Presidente Erdogan, ao invés de seguir a cartilha sugerida pelos economistas, prefere colocar a culpa nos outros, entenda-se os EUA. Como sua exposição em termos de montante de dívida é bem superior à da Grécia, ondas de contaminação se propagam a outros países, com maior ou menor intensidade. O gráfico a seguir, aponta a disparidade que está ocorrendo entre a volatilidade das moedas emergentes comparada a dos países desenvolvidos. Como uma postura populista, o presidente Turco anuncia que seu país está sofrendo uma conspiração política, e está sendo esfaqueada pelas costas pelos EUA. Como para a população é melhor acreditar nessas versões que assumir o erro do governo, alguns movimentos começaram a atear fogo na moeda americano. Na foto abaixo, se percebe a queima de notas de U$ 1,00. Serão verdadeiras? Mas essa é a forma que Erdogan pretende enfrent