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Somos mais felizes?

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Tenho a impressão que não somos mais felizes nos dias de hoje se comparado anos atrás. Noto no meu círculo de amizade que tal percepção é a mesma na maioria dos casos. Mas será isso real ou consequência de algum outro fator? Um trabalho elaborado por Bem Carlson, gestor de portfolios e especializado em psicologia do investimento, mostra uma outra forma de enxergar esse comportamento. Se observarmos estatísticas mais amplas como: extrema pobreza, educação básica, mortalidade infantil e renda, nas últimas décadas, houve melhora significativa em todas elas. Porém, a analise de uma pesquisa de felicidade entre os americanos, mostra uma queda gradual, conforme a figura abaixo. Sob outro ângulo, essa sensação comparada com as horas de sono, número de horas na internet, interação pessoal, parece indicar uma correlação entre esses fatores. Por quase qualquer medida, o mundo parece estar melhorando. O problema da falta de percepção é duplo: 1. Essas melhorias

A volatilidade morreu?

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Às vezes me pergunto se a volatilidade que os mercados vivem atualmente veio para ficar ou em algum momento retornam aos padrões antigos. Tenho séria dificuldade em aceitar que ela morreu. Quando menciono a volta, não quero dizer que não haverá períodos mais voláteis, isso sou capaz de garantir que irá acontecer. Os motivos para tamanha complacência ainda não são conclusivos, e nem sei se serão. Na visão do Mosca acredito que, o volume de liquidez injetado pelos bancos centrais, levou a essa tamanha distorção. Para exemplificar meu raciocínio, imaginem um compartimento com pouca agua, com qualquer movimento mais brusco cria uma agitação. Se essa quantidade de agua no compartimento aumentar, com o mesmo estimulo, a oscilação será menor. Mas não pretendo explicar as teorias de Mecânica dos Fluidos, pois já foi um grande sufoco ser aprovado na época da faculdade. Antes de comentar um artigo publicado pela Bloomberg sobre esse assunto, gostaria de comentar uma passagem da min

Sob outro ponto de vista

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Os investidores estão buscando entender o que as curvas de juros estão nos dizendo. Ouvem cada palavra do Fed, tentando descobrir o que estão fazendo, e se vão sucumbir à pressão para aliviar as taxas de juros. E os estrategistas elaboram todos os tipos de gráficos comparando o que está acontecendo na economia atual com o desemprego, os spreads de crédito. Mas tem uma diferença importante em relação aos dados históricos, a China nunca foi uma grande parte da economia global. Sua influência atual supera tudo o mais. O que torna a história questionável. A China é tudo o que importa? Um relato feito pelo CEO da Starbucks, Kevin Johnson, dá uma ideia dos números chineses que não são conhecidos de todos. "Abrimos uma nova loja na China a cada 15 horas". "Nos próximos 3 anos, abriremos lojas em 100 novas cidades chinesas, cada uma com uma população maior que Los Angeles." As 18 maiores cidades da China são maiores que a cidade de Nova York (maior cidade dos EUA)

Bolha de patrimônio

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Ao me deparar com uma ilustração pela manhã, notei que bolhas não estão circunscritas a ativos. Na verdade, minha afirmação é puramente figurativa pois não faz sentido falar em bolhas nesse caso, mas suas consequências são tão grandes que fica difícil imaginar o que poderá acontecer para resolver tamanha distorção. Um artigo publicado pela Bloomberg aponta a enorme concentração de renda que existe hoje nos EUA. Não que isso seja novidade, porém os números são chocantes, temerosos. Prepare-se para se preocupar com algo novo. Durante décadas, o impulsor global dos mercados centrou-se na política monetária, preocupados com a estabilidade financeira. Recentemente, a política comercial e os riscos para a globalização vieram ao radar, juntamente com o que é visto como um conjunto de riscos binários relativos ao “populismo”. Mais especificamente, quais são as chances de que os governos existentes sejam derrubados? O aumento dos impostos não tem sido uma das principais fontes

Vários - poucos - nenhum

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Ontem foram publicadas as minutas do Fed, e foi de grande importância o seu conteúdo. O objetivo do mercado com essas informações era saber o que os membros pretendem fazer com a taxa de juros. Destaquei alguns pontos do documento a seguir: “ Vários desses participantes observaram que, a meta atual para a taxa dos fundos federais era próxima de suas estimativas do seu nível neutro de longo prazo, e previam que o crescimento econômico continuaria próximo a sua taxa de tendência de longo prazo, durante o período de previsão. ” (destaque meu) “ Alguns participantes indicaram que, se a economia evoluísse como é esperada atualmente, com o crescimento econômico acima de sua taxa de tendência de longo prazo, eles provavelmente julgarão apropriado elevar o intervalo da meta para a taxa de fundos federais, modestamente no final deste ano. ” (destaque meu) Uma análise qualitativa dessas palavras nos leva a crer que visto de hoje, não se esperaria um movimento de alta nos

O negócio é alavancar

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Quem já não ouviu a frase “vamos alavancar”, quando alguma oportunidade de negócio oferece um ótimo retorno? O termo alavancagem tem uma conotação no sentido de se fazer uma aposta alta, mas raramente se calcula o risco de falha. Vou comentar sobre esse tema hoje e também analisar as condições que se encontram esses instrumentos no mercado americano. O conceito por traz de alavancar significa ter uma exposição num determinado ativo através de uma operação de credito. O crédito aqui, não necessariamente implica uma operação bancária, pois normalmente é feita através de um contrato.   Por exemplo, se um investidor quer apostar que o dólar vai subir contra o real, executa uma operação denominada de swap. Sendo assim, se o câmbio hoje é R$ 3,80, daqui um ano se compromete a comprar dólares por uma taxa de R$ 4,00. Se estiver acima ganha, se estiver abaixo perde. Poucas pessoas se perguntam quem está por traz desta operação. Um especulador que acredita ao contrário? Pod

Você confia na previsões dos economistas?

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Durante minha vida profissional presenciei inúmeras vezes mudanças radicais das previsões feitas por economistas. Costumo dizer que os economistas trocam de opinião como eu troco de camisa, sem o menor constrangimento. Mas a culpa é deles ou de quem segue seus conselhos? Todos sabemos que o futuro é incerto, sendo assim, qualquer previsão está sujeita a correções. Acontece que, como os investidores via de regra não são especialistas em economia, tendem a seguir seus conselhos, acreditando que o que dizem é bíblia. Tenham isso em mente quando estiverem lendo algum relatório sobre o assunto. Queria reforçar que não tenho nada contra a classe, ao contrário, tenho vários amigos e profissionais que respeito, mas as pessoas tendem a enxerga-los como Gurus, e isso é perigoso. O assunto mais debatido nos dias atuais é se estamos ou não perto de uma recessão. O Mosca não tem opinião formada, por sinal, os gráficos não indicam esse cenário no momento. Mas não sei dizer com convicçã