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Um dia a alta termina

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Muito se tem discutido sobre a longevidade da alta observada na bolsa americana neste ciclo, e diversos investidores profissionais fizeram comentários nesta última semana, preocupados com a possibilidade dessa ocorrência. Este mercado de alta para as ações dos EUA é de longe o mais longo já registrado, e apenas um lunático pode pensar que pode durar indefinidamente. Seria o momento de se proteger? O SP 500 não caiu 20% desde a alta anterior ocorrida em março de 2009. Como é comumente definido, esse mercado altista tem quase 3.750 dias, o mais longo da história do SP 500, com mais de 90 anos. Isso é duas vezes maior do que o tempo médio que permanece em alta. Desde 2009, as ações mais do que quintuplicaram, contando dividendos. As ações vão parar de subir algum dia. Isso é tão certo quanto o sol se põe no Oeste. Ao contrário do pôr-do-sol de hoje, no entanto, você não sabe exatamente - ou até aproximadamente - quando o mercado em alta terminará. Como os ciclos

O motivo real

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Ontem o CEO da Apple, Tim Cook, se reuniu com o presidente Trump na Casa Branca. O assunto do encontro não ficou claro. A visita de Cook ocorre no momento em que Trump está ameaçando impor tarifas sobre produtos importados da China, cerca de US $ 300 bilhões, incluindo o principal produto, o iPhone da Apple. O representante comercial dos EUA está atualmente no processo de determinar quais produtos serão poupados. Cook emergiu como o perfil mais alto da Apple e o lobista mais efetivo desde que Trump assumiu o cargo. O CEO de fala mansa está disposto a se envolver direta e publicamente com Trump e seus principais assessores de uma forma que outros líderes de tecnologia têm procurado evitar. As aparências permitem uma especulação que o assunto tratado foram as tarifas, pois embora o presidente Trump, de forma simplista, acha que só tem vantagens implementando tarifas, talvez os empresários o alertam da complexidade que tal medida representa. Mas será que o motivo foi out

Quando o ego comanda

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Ultimamente tenho ficado bastante irritado com as medidas tomadas pelo presidente Trump. Realmente não faz meu estilo sua forma arrogante em tratar os outros países e também seus colaboradores. No primeiro caso, a chantagem feita com o México foi absurda, não tem diferença essa uma atitude, com a de um pai que ameaça cortar a mesada do filho se não fizer o que ele deseja. Esse pai, pode estar certo que no futuro, seu filho vai se afastar. No segundo caso, a constante desmoralização do Fed, e seu Presidente, Jerome Powell, ao dizer em outras palavras que “esse pessoal não entende nada”. Eu não tenho muita dúvida que Trump ficara isolado, e essa forma de atuar terão consequências ruins na sua intenção de se reeleger. A ruptura causada pela guerra comercial iniciada no 2º semestre de 2018, está tendo consequências importantes no CEO das empresas. A confiança desse grupo de empresários despencou desde o anuncio dessas medidas, conforme se pode verificar a seguir. Como aponta

Inflação Congelada

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O título do post de hoje poderia levar os leitores mais velhos a imaginar que, algum país resolveu congelar os preços. Recentemente tivemos o caso da Argentina que vive uma crise importante, seu presidente atual, com intenções de se reeleger, colocou em prática um congelamento de preços, sabendo que é temporário. Mas na verdade não houve imposição de ninguém, o mercado resolveu se “congelar”. Como assim? Foi publicado o índice de inflação nos EUA – CPI que ficou em 1,8% a.a., já o índice que exclui gasolina e alimentos denominado core apontou para 2% a.a. A inflação abaixo da previsão indicou sinais de crescimento econômico mais lento, segundo os analistas, o que deve aumentar as expectativas dos investidores para cortes na taxa do Fed este ano. Pesando ainda mais, são sinais de expansões sem brilho nos EUA e no exterior, juntamente com as tarifas do presidente Donald Trump em produtos chineses. As chances implícitas de um corte em julho aumentaram após o rel

Dias contados para os ladrões

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Participei de um evento sobre o mercado imobiliário patrocinado pelo BTG. Tenho notado que a mais valia nesses encontros, de uma forma geral, são os painéis com os CEO de Startups. Como digo, se você cruzar com um deles na rua vai achar que se trata de um profissional novato. Com uma vestimenta esportiva, mantêm um perfil despojado. Mas por traz dessa simplicidade se encontram jovens brilhantes. Mas, qual a diferença em relação a minha época? É que a tecnologia permitiu para esses jovens emprenhadores colocar suas ideias em prática de forma acessível. Noto também que, a maior parte das ideias tem uma linha comum, eliminar distorções de preços, ligando diretamente os clientes aos “produtores”. Outro fator que nós mais velhos devemos levar em consideração é que, o jovem de hoje tem valores muito diferentes dos nossos. A propriedade de bens para eles não tem o mesmo valor que a nosso, preferem usar seus recursos para aproveitar momentos. Reflitam um pouco nessa mudança e not

Uma atitude nada ortodoxa

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O mercado está muito focado no impacto que as medidas anunciadas por Trump podem ter na economia mundial, principalmente na americana. Na semana passada, as atenções se voltaram ao México, fruto da chantagem do Presidente americano, ao “obrigar” as autoridades daquele país a tomar alguma atitude, no intuito de estancar a imigração ilegal de cidadãos mexicanos. Mas seguramente, o maior problema é com a China. A opiniões divergem neste sentido, alguns analistas acreditam que pode haver uma solução, ou encaminhamento na próxima reunião do G-20, e outros imaginam que essa guerra comercial durará por anos. A área externa é de vital importância para os chineses pois representam uma parcela importante do seu PIB. Os últimos dados publicados revelam uma diminuição tanto nas importações como nas exportações, conforme gráficos a seguir. Uma análise mais detalhada dos resultados acima, apontam para uma queda mais forte das importações, o que pode denotar uma desaceleração

Inflação sem emoção

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Se não for por um motivo exógeno como a greve dos caminhoneiros no ano passado, a inflação brasileira parece coisa do passado. Já se foram aqueles dias em que, ao publicar esse índice, se levava um choque. Isso nos últimos anos, pois na década de 80 era uma piada. Naquela época eu dizia que nem era necessário usar a formula matemática correta para seu cálculo mensal, somar 1 na formula não fazia a menor diferença.   Para os que não conhecem veja a formula abaixo de cálculo da taxa mensal, a partir da taxa anual. I m = ((1+i a ) ^ (1/12) -1) *100 onde: I m = taxa de inflação mensal I a   = taxa de inflação anual Por exemplo: Uma taxa anual de 5.000% equivale a uma taxa mensal de 38,7%, calculada corretamente. Agora, sem somar a unidade da formula acima se chega a uma taxa de 38,5%. Coisas da matemática para números muito fora da realidade. Bons tempos onde quem sabia fazer conta era rei! Hoje vivemos um mundo sem inflação, ou extremamente baixas para os padrõ