Sócrates
O assunto do dia são as eleições nos USA e como fazer previsões
no mercado é uma tarefa difícil nos dias de hoje, palpitar sobre quem vai
ganhar as eleições é futurologia, vou aguardar o anúncio final.
O título de um artigo, "Admita a ignorância
econômica" e o seu autor, Professor Edward Hadas, chamou a minha atenção.
A seguir, transcrevo seus principais trechos:
.. "É hora dos
economistas admitirem que estão perplexos. Quatro anos depois de serem pegos de
surpresa pelo colapso da Lehman Brothers, a profissão ainda está tropeçando no
escuro. Os formuladores de políticas e especialistas ainda fazem pronunciamentos
confiantes, mas as conclusões são radicalmente diferentes"...
1) O que cria inflação no varejo?
Se como alguns economistas pensam que amplo abastecimento de
dinheiro empurram a inflação para cima, por que a mesma se encontra estacionada
em 2% a.a.?
2) Como o preço de ativos financeiros afetam a economia
real?
Antes do estouro da bolha, a maioria dos economistas
acreditava que elevados preços nos ativos financeiros eram o sinal de economias
fortes. Agora mercados de alta são mais perigosos.
3) Grandes déficits fiscais causam danos a economia?
Fãs de austeridade estão convencidos de que os déficits são
prejudiciais, os fãs de estímulo são igualmente certo que eles não são. A
evidência do Japão, Europa e Estados Unidos, é inconclusiva.
4) O que a injeção de liquidez realmente impacta?
O balanço dos Bancos Centrais certamente se expandem, fora
isso nada é muito claro. O excesso de moeda pode deprimir as taxas de juros dos
títulos, mas aumentam o medo de inflação, que podem eventualmente elevar as
taxas. Podem também encorajar os bancos a emprestar mais, ou não.
5) Quanta alavancagem, é demais?
Algum montante de dívida é desejável em uma economia, porém
em algum ponto excesso de dívidas é ruim, pois uma pequena falência pode
detonar uma reação em cadeia gerando falhas institucionais. Não parece existir
nenhuma maneira de saber quando a linha da fronteira entre os níveis úteis e
perigosos foi atravessado.
6) Como desalavancar sem prejudicar a economia?
A linha de perigo da dívida certamente foi cruzada em algum
momento antes da crise financeira de 2008. Agora os políticos estão tentando
reduzir os níveis da dívida sem prejudicar a economia real. Até agora eles
conseguiram fazer muito pouco transferindo as dívidas do setor privado para o
setor público. Isto pode ser mais prejudicial que útil.
Acredito que ao ler estes questionamentos, não restam dúvidas de
seu ponto de vista, bem como, estas indefinições causam as angústias dos dias atuais, afinal em termos de política
econômica estamos vivendo um experimento nunca antes testado, e parece que não está
funcionando bem. Ele termina com uma frase de Sócrates, o pai da filosofia
ocidental, ..."Enquanto eu não sabia mais dos meus rivais sofistas, era um pouquinho mais sábio, porque pelo menos eu sabia que não sabia"... A
Admissão da ignorância pode abrir a mente!
O SP500 fechou a 1.428, com alta de 0,78%; o real a R$ 2,0319, com queda de 0,15%; o euro a 1,2816, com alta de 0,18% e o ouro a US$ 1.716, com alta de 1,88%.
Fique ligado!
O SP500 fechou a 1.428, com alta de 0,78%; o real a R$ 2,0319, com queda de 0,15%; o euro a 1,2816, com alta de 0,18% e o ouro a US$ 1.716, com alta de 1,88%.
Fique ligado!
Comentários
Postar um comentário