Não arrisque ficar rico pela segunda vez
Warren Buffet passou um tempo recentemente conversando com
estudantes da Universidade de Maryland, onde lhe foi perguntado qual era a mais
importante habilidade em finanças ...“A mais adimirável habilidade em finanças é
saber se vender. É desta forma que se convence alguém a casar com você, bem
como a conseguir um emprego. A qualidade mais importante para se sair bem é o
controle emocional, que vai permitir controlar medo e agressividade; que já
arruinou muita gente. Qualquer um que ficou rico duas vezes é estúpido. Por que
você vai arriscar o que já tem, por aquilo que você não precisa? Se você já é
rico, não há nenhuma vantagem em assumir muito mais risco, mas é uma desgraça
caso você perca” ...
Vou me concentrar nas suas últimas afirmações sobre riqueza.
Naturalmente, ser rico é um bom problema, contudo permanecer rico pode ser um
problema para muita gente. Em um estudo realizado nos EUA, com o grupo dos 1% que
ganham os maiores rendimentos, encontraram que 11% dos americanos atingem esse
patamar pelo menos num único ano, durante seus melhores anos. Entretanto, menos
de 6% consegue permanecer por 2 anos ou mais; ou seja, esse grupo está sempre
mudando.
Isso leva as pessoas a compreender que altos rendimentos não
é a mesma coisa que riqueza.
Ben Carlson, um gestor de fortunas, descreve algumas ideias
de como preservar sua riqueza se você tiver a felicidade de estar nesse grupo.







O risco acontece de várias maneiras e formas. Para algumas
pessoas, risco significa ficar sem dinheiro antes de morrer. Para outros, risco
significa fazer enormes erros. Investidores saudáveis devem ficar focado mais
neste último.
É muito difícil ficar
rico uma vez. Não se obrigue a ficar rico duas vezes!
Quando começa a vida profissional, muito pouco se
pode saber sobre como será sua evolução. O livro Fora da Curva, escrito por Malcom Gladwell, descreve os
pré-requisitos necessários para que uma pessoa seja bem-sucedida; mas cada caso
é um caso. Dentro da análise técnica, a meu ver, o conceito mais importante é o
stoploss. Ele evita justamente o que Carlson disse na sua última frase acima
... “risco significa fazer enorme erros”.... Pois ao invés de teimar em
investimentos que se mostraram errados de início, os elimina sem nenhum julgamento
a posteriori, uma vez que o stoploss é fixado anteriormente.
David, esse artigo
está mais parecendo matéria de “autoajuda em finanças”
É verdade, uma autoajuda para você não quebrar! Hahaha ...
No post 2017-será-pior-que-2016?, fiz os seguintes
comentários sobre o dólar: ... “O objetivo será entre R$
3,60 – R$ 3,75 a ser definido melhor mais à frente. Caso o que estou esperando
aconteça, ficarei bastante confiante numa alta mais consistente do dólar no
longo prazo. Posso adiantar que o nível de R$ 4,25 será testado novamente,
seria uma alta expressiva superior a 25%! Mas, é fundamental que o nível de R$
3,26 não seja tocado; não que isso elimine completamente minha expectativa” ...
Agora o dólar encontra-se a R$
3,39, e boa parte da alta desta última semana se deve as confusões políticas
que ocorreram com os Ministros. Nas minhas análises de final se semana, o dólar
exibe um momentum forte em relação às
outras moedas; especialmente o euro. No caso do real isso ainda não é evidente,
indicando uma postura neutra. Para que nosso trade ganhe impulso, é necessário
que a barreira do R$ 3,50 seja ultrapassada e, como citei acima, ficaria mais confiante numa alta consistente do dólar.
Esta semana será realizada a
reunião do COPOM e vários analistas ficaram na dúvida se o banco central
tomaria uma posição mais conservadora em função do risco ocasionado pela
vitória de Trump. Eu não acredito, pois a inflação tem tido um comportamento
muito benigno e a atividade econômica mais parece um doente na UTI, vivo, mas
quase morrendo! Também não acho que irá acelerar a queda para 0,50%; 0,25% é
meu palpite.
A inflação do IPCA medida nos últimos 12 meses vem
retorcendo significativamente, sendo muito provável que termine 2016 em 6,8%. Agora,
para o ano de 2017, o mercado projeta 4,9% a.a. Uma taxa SELIC de 13,75%, caso
o comitê reduza em 0,25%, significa um juro real de 6,5% quando calculado sobre
a inflação de 2016 e a exuberante marca de 8,4% a.a. quando considerada a
projeção do mercado. Qualquer pessoa que está a par das condições internacionais
que o mundo vive atualmente sabe que os juros, aqui, terão que cair e muito.
Supondo que o mercado esteja correto e a taxa SELIC ao final
de 2017 fique em 10,75%, um cálculo simples da taxa de juros e inflação média
durante o ano implica num juro real de 6 % a.a. É muito juro! Só um cenário
mais negativo, provocado pelo troglodita, poderia alterar esses parâmetros. Mas,
esse protagonista surpreende! Isso me leva a concluir que os juros ainda
ficarão elevados no próximo ano.
O SP500 fechou a 2.201, com queda de 0,53%; o USDBRL a R$ 3,3832, com queda de 1,10%; o EURUSD a 1,0603, com alta de 0,19%; e o ouro a US$ 1.192, com alta de 0,85%.
Fique ligado!
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