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BCB deveria atacar

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O mercado financeiro brasileiro foi surpreendido pela decisão do COPOM em manter os juros da SELIC em 6,5% a.a. Em sua maioria, esperava-se mais um corte de 0,25%. Ao analisar o conteúdo do comunicado, fica claro que a autoridade brasileira resolveu não implementar esse novo corte em função das altas nos juros americanos expressas principalmente nos títulos de 10 anos, que estão afetando os mercados emergentes, inclusive o Brasil. Em matéria publicada hoje no Valor, esse veículo elenca as opiniões de diversos analistas e corrobora seus argumentos mostrando a diferença dos juros de curto prazo entre os Brasil e os EUA. No gráfico a seguir, mostra a trajetória entre essas duas métricas, cuja diferença era de 13.5% em outubro de 2016 e agora se encontra em 4,75%. Na verdade, esse diferencial tende a diminuir ainda mais, as projeções para o final de 2019 do FED funds encontra-se em 3%, e caso seja mantido o mesmo juro da SELIC, a diferença passara à 3,5%. É bem verdade,

Pernacchie!

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Já faz um bom tempo que não se fala em calote de dívida, afinal, todos os países conseguiram se financiar a taxas baixas sem muitos problemas. Mas hoje a Itália veio com uma bomba, sugerindo que o BCE cancelasse € 250 bilhões de sua dívida. A Liga do Norte e o Movimento 5 Estrelas (M5S), que lutam para formar um governo desde as eleições de março, estão prestes a chegar a um acordo que abriria as portas para um governo conjunto, e isso parece chocar os mercados italianos que não ficaram felizes esta manhã. Matteo Salvini, chefe da Liga, disse que as negociações estão na "reta final" e que um acordo provavelmente será alcançado na quarta-feira. Um representante do M5S ofereceu garantias semelhantes. Um "esboço do governo" provavelmente será lançado amanhã, disseram eles. E, embora os representantes de ambos os partidos tenham negado que fizessem parte de sua plataforma, relatos de que o novo governo planejava pedir ao Banco Central Europeu que canc

O grande teste

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Sem que houvesse uma razão específica, hoje o juro de 10 anos americanos rompeu finalmente a marca dos 3% a.a. Daqui em diante, todo cuidado é pouco em relação a nossa posição. Se havia alguma dúvida da repercursão desse rompimento nos mercados, pelo menos os países emergentes não precisam esperar, já sentem na pele o impacto. A Argentina dessa vez, encabeça a lista, com sua moeda caindo vertiginosamente. Num espação curto de um ano, a queda foi de 40%, sendo que 20% aconteceu no último mês.   Mas o estrago foi generalizado, o noticiário local publica em manchete as quedas recentes do real. O gráfico a seguir, embora já um pouco desatualizado se visto de hoje, compara o que aconteceu em 2013 quando o FED deu um recado prematuro que os juros deveriam subir, conhecido como Taper tantrum . Na próxima ilustração, se pode verificar que, os investidores estão retirando seus recursos dos mercados emergentes. Notem que na parte superior refere-se ao fluxo de ações

Bitcoin: Próximo ao recorde mundial

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Para que ainda acredita na cripto moedas e somente leu a chamada do Mosca , pode ter ficado animado. Mas, como diz um assíduo leitor, lamento! Na verdade, o título não é bem por esse motivo, mas sim, porque o bitcoin está próximo de ser considerado a maior bolha da história. Ever! Se acabar acontecendo, todos nós seremos testemunhas da incrível mania criada sobre essa e outras moedas digitais, e servirá como experiência a todos de como uma bolha acontece, e como é difícil de prever a partir de quando começa a queda. - Boa David, essa você acertou, vamos vender a descoberto? Calma meu amigo, eu disse estamos próximos, mas o bitcoin terá que sofrer ainda alguma retração em seu preço. Mas mesmo assim, entre a máxima de U$ 20 mil e a mínima de U$ 6 mil ocorreu uma queda de 70%, já merece no mínimo uma medalha de bronze! Hahaha ... Eu marquei no gráfico dois níveis importantes do ponto de vista técnico: se casualmente o bitcoin ganhar terreno e ultrapassar U$ 11.500

Alguém pensa no longo prazo?

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Com o mundo tão rápido em que vivemos quem realmente pensa, ou melhor, investe no longo prazo? Tenho que confessar que eu não! Talvez minha própria especialidade me levou a pensar no máximo até o próximo lucro ou stoploss. O artigo que baseia o material de hoje, elaborado pelo Wall Street Journal, me balançou. As evidencias numéricas e acadêmicas levantadas mostram o inverso. Interessante que faz uma grande distinção entre investimento de capital e em pesquisa e desenvolvimento. O primeiro não se pode afirmar nada de concreto, mas em relação ao segundo parece que existe um pensamento de longo prazo. Os críticos do curto prazo estão errados. As evidências não apoiam a ideia de que a economia está sofrendo porque os acionistas focados em resultados trimestrais levam ao gerenciamento míope. Um trimestre não faz uma tendência, mas considere a última temporada de resultados trimestrais. Espera-se que os gastos de capital das empresas do SP 500, aumentem em 24% em relaçã

Será inflação algo do passado?

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A inflação pode acontecer por vários motivos, pois é um fenômeno monetário como se estuda em economia. Vou citar alguns deles: As mais comuns são através da elevação de demanda sem que haja um aumento da oferta, esse tipo tende a se corrigir no tempo, desde que não haja escassez, e através do choque da oferta, caso clássico que ocorre no petróleo. O mais devassante acontece quando existe o descrédito da moeda, esse caso se encaixa perfeitamente na Venezuela, como muitos outros que aconteceram na história. O motivo dessa introdução é um questionamento que existe atualmente nas economias desenvolvidas, haja visto os resultados inflacionários baixos. Assim, é justo se perguntar: Será a inflação coisa do passado? Tenho dificuldades em aceitar como verdadeira, talvez por ter vivido no passado aqui no Brasil momentos crucias, onde beiramos a hiperinflação. Mas não posso negar que a “Uberização” do século XXI, disponibilizou uma oferta enorme de bens, diminuindo como contrapartida a

Tio Patinhas digital

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Antes de entrar no assunto de hoje, queria fazer um breve relato sobre um encontro que participei, onde teve como protagonista, Luciano Dias, CEO da CAC Consultoria, especializada em eleições. Coincidentemente, foi o dia em que Joaquim Barbosa declinou de sua candidatura. Com a saída de Lula como candidato, 50% dos eleitores do Norte do país estão sem candidato. Assim sendo, fica a dúvida que candidato recebera o espólio do “cumpanheiro”. De maneira especulativa, disse que é provável uma distribuição para os diversos candidatos, onde possivelmente a Marina seja a preferida. Já o quadro em São Paulo é intrigante, por um lado, acha difícil explicar a elevada percentagem que o Bolsonaro acumulou, afinal, sua carreira nessa profissão é nula. Por outro lado, Alkmin, um candidato que tem a preferência dos paulistas em todas as eleições passadas, apresenta os mesmos 16% do Bolsonaro. Sobre esse último, Luciano Dias, acredita estar no seu limite de alta, como se diz no mercado, p