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Quando sair da festa #USDBRL

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  É uma delícia estar posicionado quando o mercado vai na sua direção, uma sensação dupla de ganhar dinheiro e ter acertado, e é aí que reside o perigo. Daniel Kahneman apresentou um estudo acadêmico ganhador de prêmio Nobel onde comprova que uma perda de 5% tem um efeito muito maior que um ganho de 5%. Essa constatação por si só indica como é mais difícil sair de uma posição. Quem opera comigo já sabe: quando entro numa posição, mesmo que o mercado vá no meu sentido, estão proibidos de me dar parabéns até que a posição seja liquidada. Se você usa análise técnica, esse efeito é de certa forma mitigado por 2 razões: ou você sai de sua posição quando atinge um nível calculado, ou ajustes constantes do stop loss permitem continuar na posição por mais tempo. Está semana comentarei sobre os riscos que as bolsas caiam, o que pode ocorrer dentro em breve, já que volta à cena meu cenário antigo de eventual correção maior. O articulista Michael Batnick, comenta algumas passagens de sua

Como treinar 29 milhões de pessoas? #GOLD #OURO

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  Essa foi a chamada do Wall Street Journal num artigo publicado por Chip Cutter. Só a título informativo, de um total de aproximadamente 200 países, somente 50 têm população superior a esse número — ou, considerando apenas a população economicamente ativa, talvez apenas 25 países. Mas que empresa pretende esse feito? A Amazon anunciou nesta quinta-feira o objetivo de ajudar 29 milhões de pessoas a se retreinar em todo o mundo até 2025, dando-lhes novas habilidades para tarefas de computação na nuvem, num momento em que a pandemia acaba com muitas carreiras . A gigante online investiu 700 milhões de dólares no ano passado para requalificar 100.000 de seus próprios funcionários nos EUA. O novo esforço se baseará em programas existentes e incluirá novos parcerias com organizações sem fins lucrativos, escolas e outros. A mais recente iniciativa da Amazon é voltada para aqueles que ainda não estão empregados na empresa. A ideia, diz, é equipar as pessoas com a educação necessária par

Os sem emprego

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  Quem acompanha o Mosca sabe que estou otimista com as bolsas de valores, os indicadores técnicos apontam para isso. Sabem também que estou alerta para o risco inflacionário. Mas existe uma outra área que me deixa preocupado: o emprego. A chamada revolução digital é, na margem, uma destruidora de empregos. Startups ao redor do mundo trabalham indiretamente nesse sentido, buscando otimizar os produtos e serviços com redução de preços e empregos. Em relação ao trabalho, além do fator quantitativo, há um fator qualitativo, pois, a redução dos postos de trabalho se dá majoritariamente nos de salários mais baixos. Certa vez, quando estava numa reunião da Rosenberg, ocorreu algo semelhante num setor específico. Naquele momento, um determinado segmento da economia passava por decréscimo no número de fabricantes, com a consequente redução de empregos. Como a quantidade era importante, e os trabalhadores com baixa qualificação, perguntei: O que vai acontecer com esse pessoal? Os economista

Até o infinito

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  Um trabalho acadêmico relativo a gestores de fundos de ações, Selling Fast and Buying Slow [Vendendo Rápido e Comprando Devagar] de K. Akepanidtaworn, R. Mascio, A. Imas e L. Schmidt , chega a uma conclusão espantosa. Barry Ritholtz faz um relato desse trabalho. Os gestores de recursos sabem comprar. O que eles precisam é aprender a vender. A maioria deles é muito ruim nisso. Essa é a conclusão impressionante de um artigo de  pesquisa  publicado no início deste mês. Se você gerencia dinheiro — ou tem dinheiro investido em carteiras administradas – é leitura obrigatória. Vai muito além das habituais críticas ao baixo desempenho da gestão ativa, ao tentar entender por que os gestores de fundos são tão ruins nesse aspecto crítico do investimento. Os autores do artigo fazem uma série de observações sobre gestores institucionais, mas o mais profundo e alarmante é o seguinte: os gestores de fundos teriam resultados melhores — e em alguns casos muito melhores —  simplesmente vendendo

InouDe: A bola da vez

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O tema escolhido pelo Mosca para 2021 está se mostrando acertado, pois ninguém se atreve a previsões sobre o Covid-19. Tenho observado uma divisão de opiniões entre os economistas e o mercado, os primeiros com uma projeção otimista e o segundo nem tanto. Como o primeiro grupo muda de opinião como eu mudo de camisa e o segundo é o que paga para ver, vale ficar alerta. A Bloomberg através publicou um artigo de Reade Pickert e outro com uma chamada sui generis : Prepare-se para a grande miragem da inflação nos EUA de 2021. Miragem? Hummm ... A história da inflação dos EUA em 2021 poderia muito bem se resumir a isso: é tudo uma miragem. Os americanos provavelmente verão os preços saltar em uma variedade de setores no próximo ano, graças em parte à vacina do Covid-19, que potencialmente turbinará a demanda por vítimas da pandemia, como viagens e bilhetes para eventos esportivos. Com os preços também subindo para alguns insumos, como cobre e madeira, a inflação poderia muito bem ati

A bolsa está cara ou barata?

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  Não passo nem um dia sem receber informações e gráficos apontando que as bolsas estão em níveis perigosos. Hoje não foi exceção e vocês poderão verificar nos gráficos a seguir. Os economistas de maneira geral têm a mesma percepção. Acontece que as bolsas não param de subir. Será que existe outra métrica de análise? Sim, existe. Um artigo de Robert Shiller e outros publicado no site Project Syndicate dão uma outra visão para os parâmetros de avaliação. Para quem não conhece, Robert Shiller é um respeitado economista especializado em Finanças Comportamentais, além de ter sido contemplado com o Prêmio Nobel em 2013 por seu trabalho sobre a ineficiência dos mercados. Indiscutivelmente, os mercados de ativos são substancialmente impulsionados pela psicologia e por narrativas. Como escreveu o ganhador do Nobel Daniel Kahneman, "a familiaridade induz a gostar", e várias narrativas familiares surgiram nos mercados de ações este ano, após o choque inicial do COVID-19 no primeiro