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A era do "Achismo" #SP500

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  Tomar decisões baseadas em dados errados é certeza de insucesso, e pior, você acaba não entendendo o que aconteceu até descobrir qual o motivo. Mas existe ainda outra situação que acaba tendo o mesmo efeito: quando por algum motivo os dados não fazem sentido, situação que venho mencionando com frequência. Eduardo Porter comenta na Bloomberg que é bom nos acostumarmos com esse fato pois a quantidade excessiva de “ruído” dos choques produzidos pela pandemia do Coronavírus e pela invasão da Rússia está reorganizando as relações econômicas e confundindo os formuladores de políticas.   Com que frequência você vê o emprego em empresas não agrícolas crescer 4,3% em dois trimestres consecutivos, mesmo com a redução de 2,3% na produção? Como você explica por que os revendedores de automóveis empregaram 21.000 trabalhadores a mais em julho do que em abril, embora as vendas de veículos e peças tenham sido cerca de US$ 9 bilhões mais baixas? O que você diria aos construtores que iniciaram 34.0

Alguém está mentindo #usdbrl

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  As bolsas subiram desde julho aproximadamente 20% sem que houvesse algum fator significativo que justificasse essa alta. Notei que alguns economistas e analistas ficaram perplexos com esse movimento buscando explicações técnicas para justificar. Uma pesquisa mencionada por Tatiana Darie e outra, publicada na Bloomberg, mostra o grau de pessimismo em diversos segmentos de atuação no mercado financeiro. ‎Um aviso sóbrio para Wall Street e além: o Federal Reserve ainda está em rota de colisão com os mercados financeiros.‎ ‎Ações e títulos devem cair mais uma vez, embora a inflação provavelmente tenha atingido o pico, de acordo com a última pesquisa MLIV Pulse, à medida que o aumento das taxas desperta a grande venda de 2022. Antes do simpósio de Jackson Hole no final desta semana, 68% dos entrevistados veem a era mais desestabilizadora das pressões de preços em décadas corroendo as margens corporativas e levando as ações mais para baixo.‎ ‎A maioria dos mais de 900 contribuintes,

A China surpreende (sempre!)

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  Recentemente compartilhei um artigo que colocava uma sombra de dúvida em relação à economia chinesa — o terrorista econômico —, mas talvez a realidade seja um pouco diferente quando observamos os detalhes, como relata Anjani Triveldi na Bloomberg. ‎ A China industrial está viva e bem, apesar das preocupações de uma desaceleração econômica. Só não parece igual ao que era antes — ou pelo menos, ao que todos estão acostumados.‎ ‎Os dados da semana passada mostraram um quadro sombrio: a produção industrial subiu 3,8% em relação ao ano anterior, abaixo‎ ‎ ‎ ‎das expectativas, o investimento fixo cresceu mais lentamente do que o previsto e o crédito, geralmente um sinal de que a economia está avançando, foi fraco. Os números do setor imobiliário, há muito tomados como uma indicação de que as autoridades iriam sustentar a farra da construção alimentada pela dívida dos incorporadores, estavam deprimentes em geral. O Goldman Sachs Group Inc. ‎  ‎cortou sua previsão de produto interno brut

Qual o fator de risco funciona? #eurusd

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  Não sei se os leitores ouviram falar no conceito de fatores de risco, bastante utilizado para identificar o que move os ativos. Segundo a PIMCO, uma das maiores gestoras do mundo, é definido da seguinte forma: “Os fatores de risco são as exposições de risco subjacentes que impulsionam o retorno de uma classe de ativos (figura abaixo). Por exemplo, o retorno de uma ação pode ser dividido em risco de mercado de ações – movimento dentro do amplo mercado de ações – e risco específico da empresa. O retorno de um título pode ser explicado pelo risco da taxa de juros – sensibilidade do preço a mudanças nas taxas – e risco específico do emissor. E o risco cambial é um fator para ativos denominados em moedas estrangeiras. Ao direcionar a exposição a esses fatores de risco subjacentes, os investidores podem selecionar uma combinação de classes de ativos que ofereçam risco de portfólio mais diversificado”. Para escolher uma alocação de portfólio e mantê-lo balanceado, é importante conhecer os

A volta as cavernas #Ibovespa

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  Acredito que a pandemia consolidou algumas atitudes que estavam em andamento. A comunicação através do Zoom abriu a porta para uma nova forma de interagir entre as pessoas. Notem como seu telefone toca pouco hoje em dia – e quando toca, a maioria das vezes é SPAM! Mesmo nós mais velhos aderimos ao WhatsApp para “falar” com as pessoas. Sem dúvida é mais eficiente pois permite que a outra pessoa responda quando está disponível, mas traz outras desvantagens, que posso resumir no isolamento. Eu nunca tive muito problema para me comunicar em público por ter ministrado aulas na universidade por alguns anos no início da minha carreira e participado em vários seminários de trabalho. Mas quando saí do Banco Francês e fui trabalhar na Planibanc, perdi parte desse traquejo. Quando retornei ao Banco Francês mais tarde, certo dia fui fazer uma apresentação e foi horrível. Resolvi fazer um curso. Mas o que dizer dos jovens principalmente da geração Z que não passaram pelo mesmo processo que pa

O terrorista econômico #SP500

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  O título de hoje pode parecer estranho aos leitores. O que o Mosca quer dizer com isso? Se eu tivesse me referido a um terrorista “clássico”, daqueles que geram pavor à população, um nome que viria a cabeça seria Bin Laden — ou agora a Al Queda, pois ele foi morto alguns anos atrás. Outros poderiam ser citados, mas esse sem dúvida estaria na lista de todos. Na economia também existem economistas que na grande maioria das vezes apontam para cenários sombrios. Nesse quesito, Nouriel Roubini é o terrorista da economia. Ele acertou a crise de 2008 com antecedência e foi muito paparicado naquela ocasião, tornando-se famoso nesse campo. Desde então, seus comentários sempre preveem desgraças. Depois da grande recessão, pouca importância foi dada a ele, mas agora, dadas as incertezas que existem, vale a pena ver o que pensa. Já vou adiantando que ele não tem boas notícias, como mostra sua entrevista a Isabelle Lee e outro na Bloomberg. O economista Nouriel Roubini disse que há duas opçõe