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Dois gigantes, dois caminhos #OURO #GOLD #EURUSD

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Há um movimento silencioso — mas decisivo — reconfigurando o eixo econômico mundial. De um lado, a Índia, celebrada por investidores e governos ocidentais como a nova estrela do crescimento global. Do outro, a China, que vive o início de um processo de desacoplamento financeiro e tecnológico, resultado direto do excesso de controle estatal e do colapso de confiança entre empresas e governo. É a história de dois gigantes populacionais que escolheram caminhos diametralmente opostos — e o contraste entre eles. A Bloomberg observa que a Índia conseguiu transformar sua demografia em vantagem estratégica. Enquanto o Ocidente debate o risco da IA substituir empregos, o país asiático vem atraindo investimentos justamente por seu capital humano, com uma população jovem, falante de inglês e com custo competitivo. O artigo ressalta que empresas globais como Amazon, Microsoft e Nvidia estão redirecionando parte dos investimentos em tecnologia e data centers para o território indiano — não por alt...

A Carteirinha ficou mais cara #S&P500 - esqueci de postar ontem!

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  A expressão “só entra com Carteirinha”, que criei no ano passado, nasceu como uma ironia sobre o comportamento dos investidores — aquele desejo quase infantil de fazer parte do grupo certo, de ser aceito pelo mercado como membro do clube das ações queridinhas. Mas o tempo mostrou que o termo tinha vida própria. A Carteirinha deixou de ser uma metáfora social e virou um filtro tecnológico. Agora, ela define quem pertence ao futuro e quem ainda se agarra ao passado. As empresas que realmente têm Carteirinha são as que usam Inteligência Artificial de forma concreta — não apenas em apresentações, mas no funcionamento do negócio. São aquelas que estão integrando modelos em processos, decisões e produtos; que aprenderam a transformar informação em vantagem competitiva. É o novo crachá do capitalismo cognitivo: quem não tem, fica fora da festa. Um levantamento recente do Wall Street Journal mostrou que apenas um terço das grandes companhias americanas já aplica IA em escala real. ...

Bitcoin sem argumentos #IBOVESPA #Bitcoin

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Antes de entrar no tema central, vale registrar uma cena curiosa da entrevista recente de Fernando Haddad à Bloomberg. O ministro das Finanças, com a habitual confiança de quem acredita dominar a narrativa, afirmou que o Brasil “está ótimo” e que quem previa o dólar a R$ 7 “se deu mal”. Fiquei me perguntando se ele estaria falando comigo — afinal, venho alertando há tempos sobre o desequilíbrio fiscal e a principalmente a análise técnica. Que fique claro: o Mosca não tem lado político, tem lado financeiro. Meu compromisso é com o bolso e com os gráficos. O ministro, no entanto, parece confundir causalidade com desejo: disse que o déficit cresce por causa dos juros altos, quando, na verdade, são os gastos que pressionam as taxas. E ainda completou dizendo que não haveria problema se a inflação demorasse mais a cair, desde que os juros caíssem. Um raciocínio digno de um manual de política monetária imaginária. Enquanto isso, os mercados andaram agitados. As ações de tecnologia devolveram...

O inimigo silencioso #USDBRL

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Durante mais de uma década, o mundo viveu uma ilusão dourada. A inflação parecia domada, a política monetária tinha virado ciência exata, e os investidores — confiantes — construíram portfólios moldados para uma era de estabilidade. Aquele ambiente foi um acidente histórico, e não uma conquista permanente. O inimigo silencioso está de volta — e ele não se parece em nada com o de antes. O novo regime inflacionário não é apenas um problema cíclico, é estrutural. A Bridgewater, no relatório A New Era of Higher Inflation Risks, traça um retrato desconfortável: o “batimento cardíaco” da inflação global subiu, e a antiga meta de 2% virou mais um piso do que um teto. A partir de agora, o investidor precisa conviver com uma realidade que mistura Estado intervencionista, geopolítica protecionista, dólar vulnerável e revolução tecnológica imprevisível. O Estado como motor inflacionário Nos anos 2010, a globalização e a disciplina fiscal criaram uma força desinflacionária quase perfeita. Ho...

O sem Noção #nasdaq100 #NVDA

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Há personagens no mercado financeiro que desafiam a lógica — e Michael Saylor é um deles. O CEO da MicroStrategy, outrora um nome respeitado no setor de tecnologia, transformou a companhia num megafone de aposta especulativa. Enquanto o bitcoin segue patinando, com volumes cada vez mais tímidos e uma base de fãs que ainda insiste em gritar “agora vai para a Lua!”, a empresa se tornou sinônimo de alavancagem sobre um ativo sem propósito econômico claro. O mais curioso é que, apesar das quedas expressivas — as ações da MicroStrategy acumulam perda de cerca de 45% desde o ano passado, mesmo após um rali pontual recente —, Saylor continua dobrando a aposta. A Bloomberg noticiou que ele decidiu elevar os juros dos títulos perpétuos da empresa. A chamada parecia promissora, algo digno de uma reestruturação relevante. Mas, ao ler os detalhes, descobri que o aumento foi de meros 0,25% ao ano. É o tipo de decisão que beira o cômico: um gesto simbólico disfarçado de ousadia. O mercado, ao que tu...