Intenções escusas #IBOVESPA
Empresas com caixa ocioso e pouca criatividade estratégica estão encontrando nas criptomoedas um novo passatempo. Algumas seguem o exemplo da MicroStrategy e compram bitcoins com recursos que deveriam ser destinados ao crescimento sustentável do negócio. Outras, numa manobra ainda mais ousada, convertem seus ativos digitais em títulos do Tesouro americano para obter a chancela de “Stable Coin”. A primeira opção é uma clara aberração de governança; a segunda, uma distorção travestida de sofisticação financeira. O tema ganhou força nos últimos dias com a divulgação de que a Tether – maior stablecoin do mundo – atingiu a impressionante marca de US$ 98,5 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA, figurando entre os maiores detentores estrangeiros da dívida americana. Vale lembrar que, em 2020, essa cifra era próxima de zero. A guinada é tão marcante que levou o Congresso americano a redigir o projeto de lei batizado de GENIUS (Guiding and Establishing National Innovation for US Stablec...