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O palavrão recessão volta à tona #USDBRL

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  O Mercado de Ações em 2025: Desintoxicação, Derrocada ou Dança à beira do Abismo?   Estamos em março de 2025, e o mercado de ações americano, que vinha cavalgando como um touro possuído por dois anos, parece ter pisado em falso. O S&P 500, com seus impressionantes 67% de retorno desde outubro de 2022, agora encara a média móvel de 200 dias como quem encara um precipício – e os mais nervosos já estão com as mãos suadas. O Dow, o S&P e o Nasdaq, que fecharam na última sexta-feira abaixo dos níveis da posse de Trump em 20 de janeiro, sugerem que a lua de mel acabou. É apenas uma pausa para respirar ou o início de uma queda livre? Os artigos do Wall Street Journal, de Mohamed El-Erian e Jonathan Levin na Bloomberg Opinion trazem uma mistura de tarifas, inflação e incerteza que pode transformar o sonho dourado de Trump em um pesadelo para os investidores.   Tarifas: O Elefante que Trump Insiste em Soltar na Sala   Trump voltou ao comando com uma agenda eco...

Só sobraram os salteadores #nasdaq100 #NVDA #Bitcoin #MSTR

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 Eu insisto “ad infinitum” que as criptomoedas só irão se valorizar se houver novos compradores, dia após dia, sem interrupção. Lógico que os derivativos podem dar uma acelerada temporária, mas em algum momento esse novo comprador deverá aparecer. Existem outros lunáticos como Michael Saylor, que resolveu transformar sua empresa de software num grande cassino ao comprar, de forma alavancada, 2% do total de bitcoins em circulação. Veja de forma abreviada como funciona:  Basicamente, a empresa toma dinheiro emprestado a taxas de juros baixas, emitindo notas conversíveis (dívidas que podem ser convertidas em ações no futuro) ou vendendo ações adicionais, e usa esses fundos para comprar Bitcoin em grandes quantidades. Aqui está como isso opera de forma sucinta:  1. **Captação de Recursos:** A MicroStrategy emite, por exemplo, US$ 1 bilhão em notas conversíveis com juros de 0% a 2%, pagáveis em 5-7 anos, ou vende ações a preços inflados pelo hype do Bitcoin. Esses instrume...

MAWOGA: que raios é isso? #EURUSD

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  Os leitores do Mosca sabem que tomar decisões baseadas em modelos de correlação não encontram aqui um adepto. Minha frase que sustenta essa diretiva se resume: a correlação funciona até que não funciona, e esse pode ser exatamente o momento em que você se expõe. Trump, na exposição que fez ao Congresso americano, disse claramente o que pretende com as tarifas: trazer de volta as fábricas para os EUA, coletar trilhões de impostos de importação e reduzir a carga de impostos das empresas e indivíduos. Isso, por si só, envolve muitos segmentos das economias mundiais, com impactos que variam para cada país. O momento atual é de grandes mudanças. O presidente Trump pretende mudar o mundo a seu modo; se vai conseguir, são outros quinhentos. O investidor cauteloso deve observar sem grandes ideias e nem tampouco exposições arriscadas, afinal, o mercado odeia mudanças exatamente por esse motivo. Vamos fazer um exercício simples para entender as várias possibilidades de ocorrência. Um p...

O que vai acontecer daqui a 125 anos? #IBOVESPA

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  John Authers comenta sobre um relatório publicado anualmente pelo Banco UBS contendo dados dos últimos 125 anos. O Grok – estou usando há alguns dias e tem se mostrado superior ao ChatGPT – preparou um apanhado sobre esse relatório, bem como a opinião de Authers.   Considere um fato histórico: em 1900, ferrovias dominavam o mercado – 63% do valor nos EUA, quase 50% no Reino Unido – enquanto tecnologia e saúde eram inexistentes como forças econômicas. Hoje, esse cenário é irreconhecível, e o *UBS Global Investment Returns Yearbook 2025*, elaborado pelos rigorosos Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton, analisa 125 anos de dados de 35 países para revelar uma verdade incômoda: o mercado evolui, e quem não acompanha fica para trás. John Authers, em sua coluna na Bloomberg, endossa essa obra como essencial: “Todos que gerenciam dinheiro deveriam lê-la.” Ele a usa para contextualizar o tumulto atual – tarifas de Trump, concentração extrema no mercado americano, o dólar em qued...

Trump acende o pavio #OURO #GOLD

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  O mundo acordou hoje com Donald Trump dando um pontapé no comércio global. As tarifas anunciadas por ele, que entram em vigor agora, são um tsunami econômico: 25% sobre tudo que vem do Canadá e do México (exceto energia canadense, que leva "só" 10%), e 20% sobre a China, dobrando os 10% que já estavam valendo desde fevereiro. Não é só uma "taxinha" de leve, não! Estamos falando de um salto que leva os EUA aos níveis de proteção comercial mais altos desde 1943, segundo o Budget Lab da Yale. Isso é Trump jogando gasolina na fogueira do "America First" e rindo enquanto o resto do planeta pega fogo.   Os objetivos? Trump quer trazer de volta o brilho da indústria americana, encher os cofres federais para bancar cortes de impostos trilionários e usar as tarifas como arma diplomática no lugar de sanções, que ele acha "coisa de fracote". Scott Bessent, candidato a secretário do Tesouro, deixou claro: é para corrigir práticas desleais, levantar recur...

Imprevisibilidade: Como Lidar e Investir Sem Adivinhações #S&P500

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Hoje os mercados brasileiros estão fechados, embora os internacionais não. Vou aproveitar para postar um assunto que é de todos nós: a incerteza e como lidar com ela. Esse tema tem a ver com a matéria de Finanças Comportamentais, e Joe Wiggins é um profissional de finanças que possui ampla experiência. Preparei um breve perfil seu.  Joe Wiggins é um especialista em finanças comportamentais e gestor de portfólios sênior com mais de duas décadas de experiência no setor financeiro, iniciada em 2004. Trabalhou em grandes empresas de gestão de ativos no Reino Unido, desenvolvendo expertise em seleção de fundos e gestão de investimentos. Em 2017, concluiu um Mestrado em Ciência Comportamental pela London School of Economics (LSE). Wiggins, em seu blog *Behavioural Investment*, publicou o post “Dealing with Uncertainty”, que aborda a incerteza, do qual se encontra a seguir um resumo.   Os seres humanos odeiam incerteza. Quanto mais incertos nos sentimos, mais ações tomamos para...

A incerteza volta (nunca saiu!) do radar #nasdaq100 #Nvidia

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Não sei se as medidas tomadas pelo presidente Trump são pensadas ou movidas pelo calor do momento. Em todo caso, ele deve ter uma listinha de “maldades” que consulta diariamente para decidir qual será a do dia. Ontem foram as tarifas novamente focadas no México, Canadá – que tinham um deadline no dia 04 de março, mas a de 10% para a China surpreendeu.  Os mercados de risco já mostravam há alguns dias que estavam desconfiados, mas esta semana resolveram ir à luta, e uma onda de vendas se sucedeu em todos eles, com intensidades proporcionais à sua volatilidade. Nem mesmo a “Normalzinha” escapou, com uma queda de 8,5% só no pregão de ontem, depois de resultados melhores que o esperado. Recomendo a leitura do post de ontem, onde expus minhas desconfianças: “a Queridinha está perdendo o brilho”.   A China vem tentando se reerguer de dois setores com grandes problemas: o mercado imobiliário, que estava executando os projetos segundo curvas teóricas de crescimento, e exportações,...