Ibovespa: ainda vale o risco? #IBOVESPA
No início de 2025, essa não era uma pergunta retórica — era o dilema central de qualquer investidor no Brasil. Com um CDI estratosférico, previsível e confortável, a bolsa precisava justificar cada ponto de retorno com risco real, volatilidade e paciência. Não se tratava apenas de ganhar dinheiro, mas de explicar por que sair da renda fixa fazia algum sentido. Esse dilema continua presente, mas começa a perder força conforme o ano avança. O Ibovespa deixou de ser apenas uma promessa futura e passou a refletir, ainda que de forma irregular, a expectativa de um ciclo de juros menos restritivo à frente. Não se trata de euforia, mas de uma mudança gradual na relação risco-retorno que dominou o mercado nos últimos anos. O ponto central é que o CDI sempre foi mais do que um indexador. Ele virou um parâmetro psicológico. Enquanto o juro curto permanecia elevado, qualquer investimento em ações precisava justificar não apenas o risco, mas a renúncia a um retorno garantido. Isso criou ...