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O Rolê dos "Bitcoins" #Bitcoin #stalbecoins #nasdaq100 #NVDA

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  Esse texto foi elaborado por meu parceiro Alberto Dwek Fui assistir ao último filme baseado no Parque dos Dinossauros imaginado pelo escritor Michael Crichton em 1990. Não vou dar spoilers, mas confesso que me diverti revendo pela undécima vez um grupo de humanos tentando sobreviver a esses monstros depois de cometer a estupidez de viajar com o expresso objetivo de ficar perto deles. Mas fiz uma pergunta desde o que li o livro de Crichton e até agora não consegui uma boa resposta. Então um bilionário descobre como recriar DNA de espécies extintas — um feito quase milagroso de engenharia genética — e a melhor aplicação que ele encontra é ganhar dinheiro com um parque de diversões? Parece a versão hollywoodiana da piada do mineiro que encontra a lâmpada mágica de Aladim, ganha o direito ao que quiser, e só pede pães de queijo. A disparidade entre descobertas geniais e utilizações menos nobres — para não dizer mesquinhas — é bastante comum na história da tecnologia. E muitas ...

A China luta para se manter em pé #OURO #GOLD

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  Nos últimos anos, a China vem enfrentando um acúmulo de dificuldades que vão além da conjuntura econômica imediata. Tenho alertado os leitores do Mosca para o dilema que o país asiático vive: de um lado, um modelo de crescimento ancorado em investimentos de baixa produtividade e, do outro, a dificuldade crescente de sustentar esse modelo diante de uma economia global cada vez mais avessa ao risco geopolítico chinês. Dois fatores estruturais despontam como entraves imediatos: o colapso do setor imobiliário e a fraqueza crônica do consumo interno. A bolha de propriedades, inflada durante mais de uma década por crédito fácil e urbanização desenfreada, revelou seu limite. Hoje, cidades fantasmas se espalham como cicatrizes de um erro de planejamento monumental. Ao mesmo tempo, o consumidor chinês permanece retraído, em contraste com o dinamismo observado em economias ocidentais. Mesmo com os estímulos recentes, a população parece mais inclinada a poupar do que gastar. Mas o cenár...

O mercado acredita em milagres #IBOVESPA

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  É curioso observar como o mercado insiste em ignorar a realidade, buscando consolo em esperanças frágeis e ilusões políticas. A reação dos ativos à divulgação recente do CPI de junho nos EUA foi um exemplo disso. Apesar da inflação vir praticamente em linha com as expectativas e com leve alívio no núcleo, a leitura geral foi otimista demais, como se estivéssemos a caminho da meta de 2% do Fed — quando os próprios números desmentem essa narrativa. O mercado parece preferir crer em milagres. Segundo Ed Yardeni, a inflação parece ter se estabilizado em torno de 3,0%, sem mais queda significativa desde o final de 2024. Em parte, essa resistência inflacionária é atribuída à política tarifária de Trump, que voltou com força após sua reeleição. Os aumentos de tarifas sobre carros, aço, alumínio, cobre e até medicamentos, vestuário e calçados — todos bens importados — vêm pressionando o índice de bens duráveis e não duráveis. Na superfície, os serviços ainda seguram a média, com cres...

O Bolso dos outros #criptomoedas #stabecoin #S&P500

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  É difícil conceber que alguém bem-informado invista em stablecoins acreditando estar fazendo uma escolha racional. Esses instrumentos, vendidos como alternativas “estáveis” no universo cripto, escondem uma verdade inconveniente: os ativos que lastreiam essas moedas — majoritariamente títulos do Tesouro americano — geram rendimentos significativos. Mas esses juros não pertencem ao investidor da stablecoin, e sim à empresa emissora, que embolsa integralmente essa receita. Em outras palavras, você entrega seu dinheiro para alguém investir em ativos públicos e, em troca, recebe uma ficha digital sem rendimento, prometida com base em um “lastro” que você nunca poderá auditar de verdade. Investir nisso é o equivalente moderno a deixar seu dinheiro embaixo do colchão... só que em nome de outro. A estrutura dessas moedas é deliberadamente opaca. Nenhuma delas oferece transparência real sobre onde e como os ativos estão alocados, tampouco há garantias auditáveis ou regulação sólida que ...

Desafiando a Lei da Gravidade #USDBRL

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  Donald Trump voltou ao centro do palco com seu estilo inconfundível: bravatas comerciais. Após um hiato em que se ocupou com aparições midiáticas — como entregar a taça ao Chelsea numa final de futebol —, ele decidiu reincendiar a guerra tarifária, mirando desta vez em Brasil, Canadá, União Europeia e México. A volta desse “velho novo” Trump, por si só, já seria motivo de alerta. Mas o contexto atual amplia as incertezas: inflação ainda elevada, Fed pressionado, crescimento hesitante e uma nova variável em cena — a inteligência artificial. Durante algum tempo, os mercados se acalmaram com a ideia do “TACO” — “Trump Always Chickens Out”, expressão que sugere que ele sempre recua no último momento. Desta vez, no entanto, a ameaça parece mais concreta. As tarifas retornam como instrumento político e econômico, sem que se saiba, com precisão, seus impactos. Como acreditar que a inflação não será afetada ou que o crescimento seguirá estável? Achar que se pode impor tarifas generaliz...