Merry Christmas
Como havia comentado, farei hoje uma breve atualização de
nossas posições, além de alguns dados que selecionei durante a semana.
Quando o assunto é EUA, Donald Trump ainda domina o noticiário. Está
ficando cada vez mais claro que o troglodita vai pelo caminho que orientou sua
campanha eleitoral. Nesta última semana se concentrou em assuntos referentes a
China, aonde tudo indica, tomará medidas para restringir as importações daquele
país através da elevação das tarifas de importação.
Por outro lado, a China de forma não oficial deixou vazar
em seus meios de comunicação, que permanece esperançosa que o novo governo manterá os acordos anteriores, porém alerta para os enormes prejuízos para ambos os
lados, caso ocorra aumento de tarifas por parte dos EUA. Diz também que, caso
isso ocorra, fará o mesmo com produtos importados desse país.
A recuperação de postos de trabalho é uma promessa de Trump
que tem pouca chance de sucesso. Como o Mosca
comentou diversas vezes, a produção de bens nos EUA e porque não, nos
países desenvolvidos, sofrem ameaças em duas frentes: a instalação de fábricas
fora de seus países para locais com mão de obra mais barata; e a substituição
por robôs.
Como se pode notar, é um processo estrutural e acredito que
Trump não terá como combater essa tendência. Já a próxima figura apresenta em
quais países o efeito da substituição por robôs está mais avançada.
O Titã do mercado de bonds, Jeffy Gundlach, em sua última
apresentação aos seus investidores, traçou um paralelo com o início do mandato de
Ronald Regan em 1982. O motivo da comparação são as semelhanças dos programas,
principalmente no que se refere a corte de impostos. A Tabela abaixo apresenta
as condições econômicas que prevaleciam naquele momento e as de hoje.
Eu grafei os índices que são muito diferentes e não acredito
que se possa extrapolar o que lá aconteceu, com o que deverá acontecer agora.
O próximo gráfico mostra o enorme fluxo de recursos que
saíram dos fundos de renda fixa e a consequente alta dos juros dos títulos de
10 anos.
E por último a evolução das moeda dos países emergentes em
comparação com os países desenvolvidos. A melhor performance do primeiro em
relação ao segundo é fortemente influenciada pela queda expressiva da moeda
japonesa, o yen, que caiu aproximadamente 15%.
O real está fechando muito próximo ao nível de stop loss que
estabeleci – R$ 3,26. No post não-arrisque-ficar-rico-pela-segunda-vez, fiz os seguintes comentários: ...“O objetivo será
entre R$ 3,60 – R$ 3,75 a ser definido melhor mais à frente. Caso o que estou
esperando aconteça, ficarei bastante confiante numa alta mais consistente do
dólar no longo prazo. Posso adiantar que o nível de R$ 4,25 será testado
novamente, seria uma alta expressiva superior a 25%! Mas, é fundamental que o
nível de R$ 3,26 não seja tocado; não que isso elimine completamente minha
expectativa” ...
Acontece que
o dólar não chegou a ultrapassar o nível de R$ 3,50. Ao contrário, hoje ficou na
linha do pênalti para eu ter que alterar minhas previsões de curto prazo. Ainda
vou aguardar, mas posso adiantar que a resolução dessa dúvida se dará nos próximos
dias.
No post real-quando-o-acerto-pode-gerar-uma, tracei objetivos de mais longo prazo e comentei sobre um
cenário alternativo: ... “Zen” –
Nesta situação o dólar ainda permaneceria “zen” por mais um tempo e poderia
atingir o nível de R$ 2,80, para em seguida iniciar seu movimento de alta para
níveis menores R$ 4,50 e R$ 5,50. Os percentuais de alta seriam muito semelhantes
aos anteriores”... Se por ventura, o dólar
romper abaixo do nível de R$ 3,10, esse cenário alternativo entra em ação.
Mas isso será discutido com mais detalhes caso aconteça.
Em relação a posição de euro não tenho
nada a comentar, nessa semana não houve muita oscilação em virtude das festas
de final de ano.
Como a charge de hoje mostra, os garotos
americanos estão pedindo para o Papai Noel - ações!
Feliz Natal!
O SP500 fehou a 2.262, sem variação; o USDBRL a R$ 3,2705, com queda de 0,49%; o EURUSD a 1,0448, com alta de 0,13%; e o ouro a US$ 1.132, com alta de 0,30%.
Fique ligado!
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