Desorganizando os mercados



A Copa do mundo está demais! Não tem mais jogo fácil. Vocês não acham várias partidas parecem ser a final? O jogo da Alemanha foi eletrizante; Portugal escapou por um triz; a Espanha empatou com o Marrocos. Não tem jogo sem graça. Amanhã temos o Brasil jogando, que precisa ganhar da Servia. Eu sei que o empate classifica o Brasil, mas para ganharmos confiança, e para enfrentar o México ou Alemanha, seria importante uma vitória. Vamos Brasssssssssssil!

Durante minha vida profissional não me recordo de um Presidente, de país desenvolvido, que criasse tanta confusão como Donald Trump. Com uma postura nacionalista extremada, vem tomando medidas cujo o efeito é questionável, vis a vis seus objetivos.

Ontem resolveu cutucar os europeus dizendo que iria implementar uma tarifa sobre os carros importados. Como contrapartida, esses disseram que fariam o mesmo. A americana Harley-Davidson, que será muito afetada, já se pronunciou informando que construirá uma fábrica na Europa, seu segundo maior mercado.

As mediadas tomadas pelo Presidente americano, tiveram no inicio um impacto limitado. Porém, a cada nova investida, um novo ativo é atingido. Ontem as bolsas internacionais apresentaram queda originada pela ameaça aos europeus. Alguns estudos estão surgindo levantando a hipótese que essas medidas levariam as economias para a recessão.

As commodities não escaparam. Vou apresentar a seguir o impacto em vários mercados. É importante frisar a importância dessa categoria para a economia brasileira, haja visto a nossa pauta de exportações.  O gráfico a seguir mostra a queda expressiva da soja.

Um mercado que tem poucas oscilações pela estabilidade de consumo e produção, também não passou impune. Notem como os preços do leite se comportaram a partir de maio.

Por último, o índice Industrial publicado pela Bloomberg, que por enquanto, teve um impacto limitado.

Essa desorganização gerada por essas medidas intempestivas vai seguramente gerar reações dos outros países, que poderão se juntar para enfrentar a fúria americana. Essa política adotada pelo Trump deve se voltar contra ele, pois não acredito que os EUA tenham sucesso atacando todos os países.

Imagino que a China buscará alternativas para a raiva americana, buscando novas parcerias com outros países, onde aí poderemos ser beneficiados. Em termos de investimento isso já está acontecendo aqui no Brasil, veja com evoluiu essa rubrica nos últimos anos. Esse resultado representa aproximadamente 15% de todo investimento direto no país.

No post Trump-um-elefante-na-loja-chinesa, fiz os seguintes comentários sobre o SP500: ...” O SP500 nesses 40 dias acabou subindo um pouco, mas seu movimento não é persuasivo de uma alta eminente. Tudo indica que está numa correção, onde o triângulo parece ser a hipótese mais razoável até agora. Na figura abaixo, traço duas possibilidades que imagino” ... ...” É importante notar que os indicadores de longo prazo são de alta para a bolsa americana e o que estou buscando e aproveitar de uma correção um pouco mais extensa” ...

Em fevereiro último 200.000, tracei duas alternativas possíveis para uma eventual queda do SP500. Passados aproximadamente quatro meses, a bolsa americana continua indefinida. Porém, um triângulo parece ser a hipótese mais provável, conforme apresentado a seguir.

Notem que, essa indefinição, ainda poderá perdurar por alguns meses. É importante frisar que, se o nível e 2.830 não for ultrapassado, onde um novo movimento de alta poderá estar se formando, o movimento é de queda.

Ainda continuo com meu cenário básico, onde o SP500 deveria negociar abaixo de 2.540, o que corresponde a um declínio das cotações atuais, próximo a 10%. Se estiver certo, Trump deverá ainda fazer muita c%&ada! Hahahaha ...

Mais uma final hoje, a Argentina consegue a duras penas passar para a próxima fase. Com jogadas que suscitariam muitas dúvidas, o arbitro tomou as decisões corretas, não prejudicando nenhum dos times. Um grande jogo, não pela qualidade do futebol, mas pela garra dos argentinos.

O SP500 fechou a 2.723, com alta de 0,22%; o USDBRL a R$ 3,7975, com alta de 0,59%, o euro a 1,1642, com queda de 0,51%; e o ouro a U$ 1.258, com queda de 0,49%.

Fique ligado!

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