BCB deveria atacar

O mercado financeiro brasileiro foi surpreendido pela decisão do COPOM em manter os juros da SELIC em 6,5% a.a. Em sua maioria, esperava-se mais um corte de 0,25%. Ao analisar o conteúdo do comunicado, fica claro que a autoridade brasileira resolveu não implementar esse novo corte em função das altas nos juros americanos expressas principalmente nos títulos de 10 anos, que estão afetando os mercados emergentes, inclusive o Brasil. Em matéria publicada hoje no Valor, esse veículo elenca as opiniões de diversos analistas e corrobora seus argumentos mostrando a diferença dos juros de curto prazo entre os Brasil e os EUA. No gráfico a seguir, mostra a trajetória entre essas duas métricas, cuja diferença era de 13.5% em outubro de 2016 e agora se encontra em 4,75%. Na verdade, esse diferencial tende a diminuir ainda mais, as projeções para o final de 2019 do FED funds encontra-se em 3%, e caso seja mantido o mesmo juro da SELIC, a diferença passara à 3,5%. É bem verdade, ...