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A China entra em ação

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De cada cinco artigos internacionais publicados hoje em dia, cálculo que, um é sobre a guerra comercial iniciada por Donald Trump. Os assuntos Cada um deles focam num aspecto, variando de acordo com o interesse especifico do analista: impacto no PIB, alta nos custos, regiões mais afetadas, e outros mais. Eu percebo não existir uma conclusão assertiva apenas simulações de cenários alternativos. Essas indefinições são fruto da incerteza sobre as consequências, bem como da possível extensão. Depois de 18 meses no poder, já se pode tirar algumas conclusões da sua forma de agir. Trump desfere um tiro forte e depois recua. Por traz dessa tática se aproveita da reação humana que, ao receber uma notícia ruim tende a achar que não é tão ruim, se algumas das condições retrocede. Por outro lado, as pessoas também percebem essa tática, e depois de um tempo, desconsideram o primeiro anuncio. Incialmente queria comentar um artigo publicado pelo FMI em preparo para a reunião do G-20 neste

A gordura está no fim

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Ontem o presidente do Fed, Jerome Powell, fez a sua apresentação semestral de política monetária, relatando as condições da economia americana. A mudança está no ar, ele deu uma grande pista de que não se pode mais contar com a política explícita de aumentos graduais de juros, por muito mais tempo. Isso não significa que os aumentos graduais da taxa terminarão, apenas que o Fed dependerá menos da orientação futura que tem explicitado ao mercado. Um ritmo mais lento ou mais rápido de altas de juros, uma pausa prolongada ou até mesmo um corte de taxa são todas as possibilidades neste momento. Powell, é bastante diferente de seu antecessor, a professora Yellen, como carinhosamente o Mosca a apelidou. Com colocações mais diretas e sem o mesmo conhecimento acadêmico, deixa seu recado de forma mais direta. Em seu depoimento na terça-feira, Powell acrescentou o qualificativo "por enquanto" ao reiterar o compromisso do Fed com a atual política de aumento gradual de juro

Quando tamanho é documento

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Um dos vários fatores que deixam os economistas sem resposta é a queda da produtividade nas principais economias. Com novas tecnologias surgindo por todos os lados, dos robôs ao uso intensivo da inteligência artificial, como é possível esse indicador ser negativo? Mas um estudo elaborado por alguns economistas, publicado no Wall Street Journal, podem ter desvendado a forma mais correta de analisar esse indicador. Desde a revolução industrial, grandes inovações trafegaram rapidamente de empresa para empresa e de indústria para indústria, num fenômeno impulsionador da economia chamado difusão. Hoje, há evidências crescentes de que esse mecanismo de crescimento parece estar falhando, um fenômeno que, segundo alguns economistas, ajuda a explicar a desaceleração do crescimento da produtividade nas economias desenvolvidas. A produtividade, geralmente medida como a produção por hora ou por trabalhador, refere-se à eficiência com que os bens e serviços são produzidos em u

Brasil o país do futebol

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A vitória da França na final de ontem é indiscutível, os franceses apresentaram tanto o melhor futebol com a melhor tática. O time da Croácia é mais batalhador que competente, alguns jogadores se destacam, mas nada muito mais que isso. Sem dúvida, a final seria mais disputada se fosse contra a Bélgica. Gostaria de compartilhar alguns pensamentos sobre esse assunto tão importante para nós brasileiros. Vou traçar uma visão mais estrutural sobre esse tema. Existe um dogma que todos acreditamos ser verdadeiro, a de que o Brasil é o país do futebol. Essa frase é fruto de um histórico invejável de vitorias ocorridas no passado, onde realmente a habilidade de nossos jogadores eram infinitas vezes superior aos dos nossos adversários. Garrincha, Pelé, Gilmar, Djalma Santos, Zico, Bebeto, Carlos Alberto, Romário, para citar alguns, eram diferenciados. Isso é tão enraizado aqui que, basta observar a porta de qualquer maternidade, quando o bebe é do sexo masculino. Uma mini camis

Deterioração oculta

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Mesmo uma inflação baixa que não é repassada aos salários, tem o seu efeito no poder de compra. Quanto menor essa diferença mais imperceptível é seu efeito, porem no decorrer do tempo traz as suas consequências. Isso está ocorrendo na economia americana na medida que a inflação vem subindo e os salários estão estagnados em bases reais. A inflação dos EUA atingiu seu índice mais alto em mais de seis anos, com os preços ao consumidor diminuindo os ganhos modestos de salário dos trabalhadores americanos e ressaltando questões sobre o quanto eles estão se beneficiando de uma economia que, em muitas outras medidas, está crescendo. O índice de preços ao consumidor, que mede o que os americanos pagam por tudo, subiu 0,1% em junho, em relação ao mês anterior, e 2,9% em bases anuais. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, os chamados preços básicos aumentaram 0,2% e 2,3% em 12 meses. Em junho, pelo segundo mês consecutivo, a inflação anual compensou tot

Recessão em 2019!

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Tenho notado diversos analistas alertarem para o risco de uma recessão com repercussão global em 2019. Esse é um tema (recessão) que até hoje os economistas não conseguiram encontrar um meio de prever com antecedência, assim se baseiam em alguns indicadores, e de seus modelos. A respeitada empresa de Consultoria Gavekal, adverte que entrou em território negativo, seu modelo de acompanhamento da base monetária mundial (*). No passado, a cada vez que isso ocorreu, uma recessão se sucedeu num espaço curto de tempo. (*) pelo fato do Fed controlar a reserva dominante o dólar, age como um banco central de facto do mundo. Sem entrar nos detalhes deste trabalho, o seu principal argumento é que a liquidez está contraindo, e esse efeito tende a criar problemas aos devedores em dólares. Sobre o aperto de liquidez, eu já ventilei algumas vezes, a retirada maciça dos helicópteros. O Fed já começou esse processo enquanto os outros BC’s ainda mantem a injeção de recursos, num está

O buraco é mais embaixo

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Mas uma vez, Trump resolveu conturbar o mundo. Hoje pela manhã anunciou que os EUA estariam prontos para taxar U$ 200 bilhões de produtos chineses importados. Como de costume, a China disse que iria tomar medidas no mesmo sentido. As bolsas que começavam uma trajetória de recuperação mergulharam no negativo ao redor do mundo. Mas será que se pode imaginar quando e onde tudo acaba? Com declarações bombásticas emanadas de ambos os lados, é fácil esquecer que as economias geralmente fazem os políticos - e políticas - e não o contrário. Nos EUA, dois desenvolvimentos recentes podem causar problemas para os belicosos comerciais de Washington. A medida de inflação preferencial do Federal Reserve acaba de atingir sua meta de 2% pela primeira vez desde 2011. Em segundo lugar, o diferencial dos títulos de longo prazo do Tesouro sobre os de curto prazo está nos níveis mais baixos de uma década. Quando esse spread se torna negativo, sinaliza que uma recessão está próxima, m